Carnivàle: 1ª Temporada

28.7.08


Assisti, assisti e assisti Canivàle e juro que não entendia sobre o que ela tratava. Estava eu já lá pelo episódio 10 (a temporada tem 12), quando finalmente minha ficha caiu.
Não. Não sou eu que tenho dificuldades de entendimento. Não sou retardada(há controvérsias, assumo!), nem nada. A coisa é bem complicadinha mesmo. E assustadora.

Já começa pela abertura. É uma música meio cigana, meio indiana, e tem uns resmungos no meio, bem quando mostram imagens da Ku Klux Kan. E Stálin, Mussolini e refugiados de guerra ajudam a rechear essa abertura, em conjunto com cartas de tarô e imagens maléficas.Sem falar que, já no piloto eu me deparei com ele: Michael J.Anderson, que vem a ser o anão de Twin Peaks, uma figura que sempre me meteu medo.

E em Carnivàle não fica por menos. Tudo é muito misterioso, místico. Tão misterioso e tão místico que demorei 10 episódios de quase uma hora cada pra entender o tema central: A boa e velha luta entre o bem e o mal.

E tudo começa com a entrada de Ben Hawkins para a trupe - apesar de Carnivàle não ser exatamente um circo nos padrões clássicos - um rapaz estranho, que fala pouco e esconde alguma coisa. E a Gerência ou Manegement sabe disso e avisa a Samsom (o anão): Hawkins não está ali por acaso. Ele era esperado.
Nada acontece por acaso. Sonhos, mortes, alucinações. As pessoas tem poderes. Lêem mentes, adivinham, seduzem e curam, trazem os mortos de volta. E aos poucos cada um revela seu dom.
Hawkins pode curar a si mesmo e outros. Ele é quase um imortal, creio. Nad pode lhe fazer mal. E se ele quiser pode ressucitar os mortos. E ele passa 12 episódios tentando fugir disso. E de suas visões e pesadelos, que revelam que sua luta vai além de tentar evitar um poder que ele considera um fardo. Ele descobre que, na verdade, sua vida, sua origem começou ali, naquele mesmo circo, cercado por aquelas pessoas. O maior desafio é saber mais sobre seu pai, um homem que teve destino incerto, mas que tinha exatamente os mesmos poderes que ele.
Hawkins está destinado a lutar contra o mal. O demônio.
E o demônio não tem chifres, nem rabo, nem cospe fogo. Mas é um padre. Brother Justin.
Esse esconde mais do que todos, em conjunto com a irmã, Iris.


Brother Justin é o Damien. E eu odeio o Damien. Ele também me dá medo. Por sorte o padre não é o capeta em forma de guri e já está bem crescidinho. E tem aquela voz gutural de Lúcifer mesmo. Seu objetivo é formar um rebanho de enganados. Crentes em Deus, mas agindo pelo Diabo.
Mas tudo isso demora pra gente perceber. E eu fui assistindo só pra entender o que é que eu estava assistindo. E valeu a pena. Cada pequeno mistério desvendado vale.
No meio das descobertas de Ben, vamos convivendo com figuras interessantes. Tem mulher barbada de verdade, tem o LODZ, que tem o poder de ler as mentes das pessoas, tem as gêmeas siamêsas, as mulheres do show de dança...tem até o Predador.


E de quebra tem a leitura de cartas, feita pela Sophie, que na verdade apenas tem a capacidade ouvir a voz da mãe, uma catatônica que move objetos e vê passado, presente e futuro.
Enquanto isso Samson controla o paradeiro do crico. Ele fala com uma Gerência invisível e inaudível. Que só se faz ver e ouvir para quem ele bem entender. Depois de descobrir que veremos a luta do bem e do mal na próxima temporada a pergunta que fica é: Quem está no comando de Carnivàle afinal?


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