Six Feet Under: 5ª temporada

1.9.08

Todo mundo morre um dia. E é essa a verdade inevitável em cada capítulo da excelente Six Feet Under, série que de certa forma também morreu pra mim ontem, quando vi o último episódio.



Entretanto, o essencial é que pela série a gente pode ressucitar. E essa realmente vale a pena, não só pela história intrigante, mas pelo humor negro, os momentos de ternura e pela realidade nua e crua que expõem em cada episódio.


Não existe ninguém bonzinho, nem mauzinho, nem perfeito, nem imperfeito na totalidade. É tudo muito humano, muito verdade. Gente que a gente encontra por aí, com problemas, qualidades, defeitos, manias.
A última temporada de Six Feet Under é intensa. Quero dizer, a série toda é. Se você não tem estômago pra ver corpos mutilados e todos os tipos de mortes a qualquer instante, nem comece. Se você é muito puritano e não sabe apreciar as ironias da vida (e da morte), nem chegue perto de um episódio.


Mas, como eu ia dizendo, os 12 últimos episódios são de matar, se me permitem o trocadilho boçal. Nos 3 últimos eu chorei. E quem me conhece sabe que pouca coisa me leva a isso. Especialmente por que muitas vezes eu gargalhei com com o jeito como as pessoas morriam. E era mesmo engraçado, sem mais nem menos. Tão estúpido e tão provável que eu precisava rir.




Só que no final mesmo eu chorei. Chorei pela morte do Nate, que só fez cagada a série toda. E no fundo eu não queria que ele morresse. E tudo que envolveu essa morte foi tão intenso que não deu para segurar.

Six Feet Under não é série de final feliz. Mas também, infeliz, não foi. Se engana quem pensa que eu estraguei o final contando o que acontece. Por que o que acontece é o óbvio: todo mundo morre.

A primeira é Ruth, que conseguiu se livrar do maluco George e foi viver a vida entre as amigas, fazendo aquilo que bem entendia e livre daqueles homens bizarros que ela arrumava.



Depois é a vez de Keith, que finalmente forma uma família com David, adotando dois garotos, e acaba morto durante o trabalho num carro forte.

Em seguida é a vez de David, que consegue superar seus medos, traumas e leva em frente, sozinho a funerária Fisher.

Vem então a vez de Federico, que depois de muita luta monta sua própria funerária, junto com a mulher, Vanessa.





E assim vem a hora de Brenda, que se tornou terapeuta, casou com Nate, engravidou dele, virou mãe da filha de Lisa, foi traída grávida, abandonada e por fim, descobriu que compartilhava dos desejos incestuosos de Billy, embora nunca fosse concretizar nada do tipo.



E eis que chega vez de Claire, que ficou perdida, em depressão, largou faculdade, o Billy e se encontrou com o advogado Ted, o primeiro homem normal da vida dela, com quem ela só se casa mais de 20 anos depois de ter deixado a casa dos Fisher para ser fotógrafa em NY.

Então, nesse clima de ciclo da vida, deixo a abertura e a sequência final. O nascimento e a morte de Six Feet Under.





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PS**Com tanta coisa acabei esquecendo de comentar que nunca vi tanta gente drogada na vida. Todo mundo fumando maconha, tendo acesso a ecstasy, cocaína e afins....verdadeiro narcóticos anônimos. Ah, e também queria saber por que em todas as festas tocava bossa nova e música brasileira cool, estilo Seu Jorge e Bebel Gilberto. Não sei como todos não morreram muito antes de overdose ou tédio. Exatamente nessa ordem. Perguntas sem respostas.





















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4 comentários

  1. Final Muito Perfeito!

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  2. não se conta o final de uma série assim. ¬¬

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  3. Quero primeiro parabenizar você Camis pelos 5 reviews, é muito difícil, pra não dizer impossível, encontrar reviews de seriados já finalizados.
    Na maioria das vezes tenho de traduzir comentários do Tv.com
    Então te peço para tentar fazer reviews de outras séries que já tiveram seu fim.

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  4. não se conta o final de uma série assim. ¬¬

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