Battlestar Galactica 1x02: Water
23.12.09Vida de Cylon adormecido não é fácil. Confesso que fiquei com pena da Boomer, lutando contra sua própria natureza. Ela é o centro desse episódio que - e sou obrigada a me repetir - é também muito bom.
Já começou com a japa toda molhadinha e não é naquele sentido bacana, não. Quando mostraram detonadores nos tanques de água, logo saquei que aquele papo de “Temos suprimento para nos mantermos por anos” iria, literalmente, por água abaixo.
Com água é essencial para a sobrevivência humana, fico feliz que esse tenha sido um dos primeiros assuntos abordados na série. Não sei vocês, mas já tive meus pensamentos bizarros sobre o fim do mundo e a fuga para o universo. O problema central, que sempre me afligia nessa possibilidade, era manter a vida sem água potável e comida suficiente.
Como já pude notar, os roteiristas de Battlestar Galactica não abusam da nossa inteligência e não acreditam que os suprimentos surgem do nada ou de mágicas ao longo da trama.
Assim, quando os tanques de água explodem a solução é começar o racionamento e buscar lugares próximos que possam servir de fonte para esses recursos. Como a tecnologia deles é bastante avançada, um radar faz a varredura das estrelas, satélites e planetas por área e detecta se existe água disponível.
Boomer, por ironia do destino, é a pessoa a encontrar uma fonte, mas, programada para ser uma arma contra os humanos, ela luta para conseguir dizer uma frase simples que indique sua descoberta. Ela realmente abre uma batalha dentro de si mesma e, se for esperta como penso que é, vai começar a juntar dois mais dois e ver que a soma dá Cylon. Chief, o namorado mecânico das naves, é outro que deve começar a perceber que ali tem um problema. Por mais apaixonado que esteja, não notar que tudo leva à Boomer seria de uma estupidez tremenda.
Em Caprica, a outra Boomer ajuda Helo a sobreviver. Não sei exatamente qual é a intenção dela com isso, mas não me soa bem. Confirmando minhas suspeitas de que um Xerox é sempre mais safado que o outro, a Boomer (reloaded) entra num clima meio romântico com Helo.
Number Sex (sim, resolvi que esse nome cai melhor com a personagem) continua invadindo a cabeça de Gaius, que parece cada vez mais louco perante o resto da tripulação. As conversas dos dois já são minha parte favorita, até porque, ainda estou tentando entender como os Cylons podem ser tão sensíveis, crentes e sentimentais em alguns aspectos. Starbuck, dessa vez, só apareceu mesmo para perder naquele poker ou seja lá qual for o jogo. É bom, de vez em quando, para manter o ego em níveis normais.
Achei meio babaca aquele lance do arrependimento do Apollo, por ter detonado a Olympic Carrier. Afinal de contas, durante o passeio dele para checar a nave civil, não havia nenhuma pessoa a bordo. Mais uma vez, o lance serviu para aproximá-lo da presidente, que dá uma dica de como lidar com isso e o pede para ser seu mais novo ASPONE. Parece que nem mesmo na Battlestar Galactica estaremos livres disso.
1 comentários
Se prepare para aprender a odiar o Adaminha.
ResponderExcluirComenta, gente, é nosso sarálio!