Fringe 3x03: The Plateau

9.10.10


De volta ao lado B.

Mais uma semana e mais um bom episódio de Fringe. Estou começando a ficar mal acostumada com isso e para seguir a linha mental de Milo (como se eu fosse capaz), a previsão exata é de um imenso mimimi quando (e se) a qualidade cair. Como, de acordo com as estatísticas do próprio Milo, isso é impossível, continuo tranqüila e aproveitando ao máximo tudo o que essa temporada nos dá.
Para começar bem, o episódio apresenta uma seqüência inicial intrigante, que fez pensar justamente no que a maldita caneta poderia fazer ali. Cogitei até bombas sendo ativadas, mas era tudo questão de matemática. Um clássico e literal assassinato frio e calculista.
O caso dessa semana foi excepcional e acho que é preciso trabalhar a série justamente dessa maneira quando nos transportamos para essa outra realidade. A única personagem de grande destaque é mesmo Olívia e só ela não pode segurar todo um episódio. O caso de Milo foi brilhante. Instigou, trouxe ação e embora não esteja intimamente ligado à mitologia da série, teve uma utilidade muito específica, ajudando Olívia nesse processo de percepção da verdade.
Preciso dizer que só mesmo Milo se surpreendeu com Olivia escapando da morte, porque essa era previsível até demais, afinal, não iam matar a protagonista.
Eu estava enganada. Olívia não está fingindo. Realmente houve a transferência de consciência e seu “eu” real luta para não ser completamente suprimido. O mais engraçado é ver que o inconsciente de Olívia vem representado na forma de Peter, que a faz criar questionamentos maiores por meio de um beijo. Não se gosto disso, mas vá lá, é o que tem para hoje.  Ela também deve começar a fazer mais links, como aquele em que vê Walter, só porque o ambiente hospitalar ativa alguma lembrança escondida.
O mais interessante é que Charlie está desconfiado, o que prova que talvez ele saiba mais sobre Olívia/Bolívia do que o próprio Peter. Tudo bem que Charlie tem alguma pista, mas se até nós percebemos na hora que as duas iam trocar de lugar naquela Season Finale, acho que é obrigação de Peter deduzir o mesmo. Aliás, noto que isso é algo que tem incomodado muito os fãs da série e não tiro a razão de ninguém. Até faço coro. Continuo desconfiada que Olivia vá acabar aumentando seu “exército” de amigos e Bolívia vai sair perdendo essa, mas vamos esperar para ver.
Mudando completamente de assunto, um dos questionamentos que ficam martelando na minha cabeça agora é essa coisa do oxigênio. Quer dizer que, do nada, acaba o ar ou ar fica impuro e todo mundo tem que usar aquela bombinha? Não saquei muito bem como o ar pode acabar ou mudar de composição (ficando sem oxigênio) num ambiente aberto. Deixarei para lá.
Falando em ciência, tivemos a menção daquela técnica do banheirão (eu sei que o nome não é esse). Lembram de quando Olívia mergulhava naquela solução salina episódio após episódio, lá na 1ª temporada? Parece que Walternativo também curte esse estilo de ativação de memória.
E como percepção da realidade é o tema desse episódio, o Glyph Code dessa semana é a palavra “Breach”, na tradução, brecha. Acredito que isso pode ser interpretado de duas maneiras. A primeira diz respeito a essas rachaduras existentes na transferência de memória, permitindo que pedaços da Olívia real tentem acordá-la para o que está acontecendo e para sua identidade real. Outra interpretação está no fato que Walternativo tem a intenção de usar Olivia para abrir caminho para o lado A. Ele sabe que ela pode viajar entre os mundos sem sofrer qualquer dano e estudá-la melhor, tê-la por perto abre essa brecha, essa possibilidade para que ele e outros do lado B possam fazer o mesmo.
Outros detalhes legais estão mesmo na questão da caneta esferográfica, super comum por aqui e praticamente extinta do lado de lá e no abacate, que parece ser algum tipo de iguaria caríssima e super difícil de conseguir.
Para quem achou que eu ia esquecer ou está esperando para saber onde estava o Observador, basta olhar com atenção na cena em que Milo atira a bicicleta do entregador de comida chinesa do alto daquela ponte/viaduto. O homem de preto está lá, paradinho, perto de um dos transeuntes, vendo Olívia ser feita de boba em questão de segundos.

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1 comentários

  1. Quando eu vi esse Milo no final olhando pro computador como um zumbi, fazendo calculos d cabeça e falando sozinho, por acaso me veio na mente a híbrida de Bsg... com certeza não há nenhuma relação, mas por acaso me lembrei da híbrida... pra minha surpresa logo em seguida Olivia da uma de Gaius Baltar, isso sim foi muito parecido... sei lá ... alguém percebeu alguma semelhança?

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