Dexter 5x12 (Season Finale): The Big One

14.12.10


Não foi dessa vez, Dexter.
Chegamos ao final de mais uma temporada de Dexter. Alguns gostaram, outros não, mas não dá para negar que estamos diante de uma série consistente. Desde o inicio, há cinco anos, a trama central se mantém a mesma. Não estou falando de um Serial Killer que mata outros assassinos, mas dessa busca de Dexter pela humanidade. Até hoje isso continua presente e mesmo que muita gente odeia a humanização do personagem, repito mais uma vez, ela é exatamente o elemento que fez um público fiel.
Ainda não sei bem o que dizer dessa Season Finale. Honestamente, acho que gostei mais da temporada como um todo do que desse episódio especificamente. Havia uma grande tensão e expectativa em relação a como seria a série sem Rita e acho que ficou provado que a produção sobrevive bem sem ela e ficou até mais interessante.
O que é indiscutível é que Trinity Killer elevou tanto os padrões de Dexter que será muito difícil superá-lo. De qualquer forma, o caso de Lumen e Jordan Chase conseguiu manter a temporada num ritmo interessante, embora no final tenha sido apenas o óbvio.
Eu nunca duvidei de que Dexter mataria Jordan, mas eu não tinha certeza de que Lumen sobreviveria. Eu esperava, portanto, um elemento surpresa em algum dos dois finais, mas nada disso aconteceu. A morte de Jordan foi um pouco fácil demais. Já vimos momentos muito mais dramáticos e mais emocionantes do que aquele.
Talvez o problema seja que eu ainda espere algo tão forte e ousado como a morte de Rita e isso estrague as coisas para mim. Mas então, eu penso que até mesmo a atitude de Deb, deixando os Vigilantes escaparem, não foi uma grande surpresa para mim e me parece que o problema está mesmo na falta de ousadia.
Imaginem Deb flagrando o irmão, descobrindo quem ele realmente é e precisando lidar com tudo isso. Um turbilhão de possibilidades viria daí e certamente todos ficariam boquiabertos com os resultados.
O caso do Robocop Liddy também acabou de forma previsível. Dexter pode até odiar Quinn, mas a felicidade de Deb falou mais alto ali. Se não foi isso, foi a consciência de que um homem inocente iria para a cadeia por um crime que não cometeu. Além disso, foi uma ótima oportunidade para fazer Quinn parar de perseguí-lo e é só por isso que eu respeito essa decisão.
A partida de Lumen, aposto, também não deixou ninguém pasmo. Esperar que os dois casassem e tivessem lindos filhinhos vigilantes era um pouco demais e como Lumen não é uma psicopata e suas atitudes eram movidas apenas pelo instinto de vingança e auto-preservação, era mais do que justo que ela fosse embora após o fim dessa jornada.
Gostei muito das possibilidades deixadas pela personagem. Agora, Dexter sabe que nada é impossível. Alguém o viu como ele é e mesmo que ele continue apenas em companhia de seu dark passenger, ele percebe que talvez haja algo além. A dificuldade de se conectar com outras pessoas continua. Não é fácil fingir o tempo todo, afinal de contas e com Lumen ele podia ser apenas natural, sem medo e sem pudores.
Ainda não sei dizer se Dexter é ou não é capaz de amar. Acho que não. Eu o vejo mais como um cara que, embora precise seguir esse lado negro e saciar sua vontade de matar, tem algum resquício de consciência, de moral ou coisa assim.
Para terminar, quero falar que o drama marital de Batista e LaGuerta começou sem pé e terminou sem cabeça. Trama boba, dispensável e aleatória, que nem serve como alívio cômico, porque isso, só Masuka e sua namorada popozuda sensualizando na festa infantil conseguem fazer. Nos encontramos para falar de Dexter novamente em 2011. Até a próxima temporada!


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