No inicio, esse episódio muito me lembrou ‘Hi’, décimo quarto episódio da primeira temporada. Muito do que disse sobre aquele episódio se aplica aqui: cenas iniciais que deixam o espectador um tanto perdido, construindo um mistério em torno de algo que não se sabe exatamente o que é, um prazo pequeno para que consigam impedir a execução de um homem no corredor da morte. Caracteristicas que poderiam ter proporcionado um excelente episódio, mas falharam.

Se a premissa da corrida contra o tempo para impedir a execução de um condenado é boa, sua excução deixa bastante a desejar. A história ficou subdesenvolvida, perdida em meio a outras pequenas tramas igualmente mal-acabadas, como o debate de Peter ou o repentino envolvimento de Cary no caso sem muita explicação, servindo apenas aos propósitos do roteiro, para que a trama avançasse.

Ao colocarem essas tramas paralelas, os roteiristas parecem ter ‘estrangulado’ a trama principal, dando a ela uma atenção menor que deveria para um desenvolvimento adequado. Não há oportunidade para que, por exemplo, o drama do condenado seja mostrado com eficiencia. Se ele morresse, ninguém se importaria uma vez que ele ganha pouquissimo destaque, o que faz com que a subtrama envolvendo a chegada da filha a cadeia se torne ainda mais artificial afinal, nenhum tempo foi gasto em desenvolver a relação dos dois.

Se na primeira temporada ‘Hi’ foi o episódio que abriu meus olhos para a potencial qualidade de The Good Wife, ‘Nine Hours’ apenas me lembrou dos irregularidade do primeiro ano da série, que pouco se assemelha com a realidade atual da série que, até esse episódio, tinha uma temporada irretocavel.