Big Love 5x02: A Seat at the Table

31.1.11


Após estréia nebulosa, Big Love volta a centrar-se no que sempre trouxe de melhor: conflitos familiares.


Bill Henrickson continua tentando lidar com as conseqüências de trazer suas três mulheres à público. Por conta do seu egoísmo, Bill se vê afundando em revoltas por parte até mesmo de outras famílias polígamas. Mas de tanto fracassar nos diálogos, ele acaba levando todos juntos a uma inesperada crise. Agora a poligamia pode ser tratada como um crime de segundo grau, deixando sua proposta de uma reforma ainda mais improvável, mesmo que ele tente acordos políticos no Senado. Como suas decisões políticas estão fora de seu controle, ele tenta ter esse controle em casa. Mas tudo está ainda mais sombrio quando se trata de sua família.

Barb agora está cada vez mais isolada de si mesma. Ela mesma assume isso à sua mãe (Ellen Burstyn, em feliz retorno). Ambas lutaram por causa políticas dentro da própria igreja, mas Barb, mesmo crente nos preceitos mórmons, sabe que sua excomunhão não foi só injusta, como retrocede as discussões sobre o livre-arbítrio quando se trata de cada pessoa saber o que é melhor para si. Além disso, ela procura seu centro espiritual em reuniões da Sunstone e aulas de dança.

Margene é certamente a mais histérica. Não sabendo exatamente nada sobre como lidar com a situação, ela chega até Bill pra dizer que tudo o que ela tinha terminou de maneira trágica. Em pouco tempo, ela perdeu sua mãe, seus negócios, seu direito de andar de cabeça erguida na rua, e seu marido insiste em não apoiá-la abrindo mão até mesmo do seu filho que Ana – anteriormente a quarta esposa – espera. Perdidos na trama, Ana e seu marido Goran, enfim, são mandados para Sérvia.

A mais relutante é mesmo Nicki. O que ela sempre tentou foi expurgar todos os traços de uma alma assustada por ter crescido em Juniper Creek, um lugar marcado por tratar garotas ainda em puberdade como mercadoria para homens que querem somar sua família. Sua filha, Cara Lynn, se mostrou genial em matemática, mas mesmo assim ela não pretende se submeter à educação tradicional americana, querendo manter-se no aprendizado que ela aprendeu numa comunidade. Isso para Nicki é uma afronta. Ela mesma assume, em uma cena tocante, que o que ela menos quer para a filha é uma alma como a dela, ou seja, atormentada. E que ela vê em Barb o modelo que mulher ideal para Cara Lynn.

Em meio a tantas coisas sendo contornadas, eu nem lembrava que Adaleen, mãe de Nicki, está grávida do pai de Cara Lynn. Ela também foi responsável por uma das cenas mais tristes de “A Seat at the Table”.

As discussões das esposas continuam dolorosas. Nicki, principalmente, sabe como ir ao âmago das pessoas. Doa a quem doer. E não só. Margie finalmente constatou que a situação para ela está cada vez mais sufocante, até Bill diz que, caso sinta vontade, ela pode ir embora. E a mãe de Barb finalmente reconhece que foi covarde em suas visões políticas e por ter abandonado sua própria filha em momentos tão delicados.

São nesses momentos de grandes tensões emocionais que Big Love cresce e quer, timidamente, mostrar a que veio nessa temporada.

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