The Cape 1x01x02: Pilot/ Tarot

12.1.11


Uma história em quadrinhos. Um circo. Um policial acusado injustamente. Um circo. Uma capa mágica. Um circo. Um guaxinim ladrão. Um circo. Um anão. Um circo. Acho que é só.

Não sou entusiasta de séries de heróis, exceto por Misfits, e quem assisti a produção inglesa entende perfeitamente meus motivos. Por isso mesmo, não tinha grandes expectativas em relação à The Cape, criada por Tom Wheeler para ocupar uma vaguinha na grade e quem sabe, arrecadar alguma audiência para a NBC, mas confesso que me diverti assistindo.
Antes que vocês se animem muito, quero deixar claro que minha diversão geralmente se dá através da miséria alheia. The Cape tem uma história pra lá de ridícula, efeitos toscos e até um circo inteiro para completar a palhaçada, então, eu ri muito, é claro.
Se isso é bom ou ruim, vai depender inteiramente de você e do seu bom humor em encarar a trama de Vince Faraday (David Lyons), um policial todo certinho, que tem adoração pelo filho, mas acaba acusado de ser o grande vilão da cidade. Pois é. A coisa já está estranha aqui e nem fui em frente, por isso apertem os cintos que vem muito mais por aí.
Vince vira alvo de Peter Fleming (James Frain), o verdadeiro malfeitor que está tomando conta das forças policiais e aterrorizando a população, enquanto banca o empresário preocupado com a sociedade local. Para nos mostrarem que Fleming é muito, muito mau, colocaram nele uma máscara de couro e lentes de contato bizarras, que o deixam com um olhar de cobra cascavel, prestes a dar o bote. Como Faraday descobre as super armas super secretas que as empresas de Fleming produzem, ele vira o bode expiatório do vilão, sendo perseguido pela polícia e morrendo numa explosão que sua família assiste ao vivo na TV.
MORRENDO? Claro que não. Faraday escapa da explosão com vida e acaba aprisionado no tal circo e a essa altura do campeonato você já desencana completamente e começa a rir de tudo mesmo, porque afinal, o que um circo tem a ver com isso? Por lá, Faraday enfrenta a fúria de Rollo (Martin Kleba), o anão mais foda ever, que faz valer o episódio junto com o guaxinim ladrão de bancos. É no circo que Faraday encontra a capa mágica e tem a brilhante ideia de se transformar no herói dos quadrinhos que o filho tanto adora: The Cape.
É aqui que começa a verdadeira comédia. Para se transformar em super herói, Faraday aprende mágicas mil (oi?), hipnose e até como servir vinho com a tal capa, sem usar as mãos. É sensacional. Aposto que além de combater o crime a capa pode ser usada de várias outras maneiras: para cozinhar, trocar lâmpadas, abrir vidros de azeitona e quem sabe até para que nosso herói possa se satisfizer sexualmente, afinal ele perdeu a mulher e está no atraso.
A capa é tão boa que os fãs da série V podem reconhecê-la facilmente como aquele pedaço do Chroma Key que foi jogado na lixeira e a NBC resolveu reaproveitar. Também não posso esquecer de que no segundo episódio, exibido em seguida ao Piloto, a capa serve ainda como pára-quedas, dando verdadeiro significado à palavra multiuso. Ou seja... Impossível não amar a série, não é mesmo?
Ainda no Piloto, Faraday conhece Orwell (Summer Glau), que é um tipo de vigilante ou coisa assim. Embora eu ache que Faraday deveria chamar o anão para ser sua dupla dinâmica, somos obrigados a ver Summer Glau fazendo absolutamente nada de útil, em ambos os episódios.
De forma geral, o elenco é sofrível e não posso deixar de citar o filho de Faraday, Trip (Ryan Wynott) que tem a expressividade de uma caixa de sabão em pó, mas não serve nem para lavar mais branco.
Entre os vilões, além de Chess (o nome de guerra de Fleming), tivemos o estranho Scales (Vinny Jones), que toma um pau homérico do anão, e Cain, um chef de cozinha francês que mata as pessoas com venenos retirados de animais, não me perguntem o motivo desse plot absurdo.
Depois de ver essa estréia de duas horas, o panorama geral é que The Cape talvez seja a nova comédia da NBC. Se você leva histórias de heróis a sério, melhor nem se aproximar e se não leva, aceite meu conselho, mantenha distância ou 2 horas de sua vida estarão perdidas para todo o sempre.

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1 comentários

  1. Eu acho que sou uma das poucas pessoas que gostaram. É clichê, e muito. Mas a maioria das histórias de super-heróis é assim. A única coisa que me incomodou foi a Summer Glau, realmente preferiria o anão como ajudante.
    Espero pelos próximos episódios.

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