Fringe 3x10: The Firefly

25.1.11

Fringe mudou de dia, subiu em audiência e continua com episódios muito bons. Só falta mesmo a renovação.
Nós, fãs de Fringe, terminamos o ano em desespero. Todo mundo sabe que as sextas-feiras na Fox são a morte anunciada das séries e com a audiência precisando melhorar, tínhamos motivos para pensar no pior. Para nossa alegria os números de Fringe, as sextas, subiram um pouco e com a competição menos acirrada, quem sabe, seja mesmo bom que isso tenha acontecido, mas meu medo continua. Tenho a impressão de que se a série não conseguir manter pelo menos o público que tinha antes da mudança, a coisa pode ficar feia e não me sentirei segura até que anunciem oficialmente uma nova temporada, mesmo que ela seja a última.
Acabado o desabafo, quero só dizer que estou muito feliz com o fim do hiatus. Não agüentava mais de expectativa para ver esse episódio e ainda por cima, tive de esperar mais do que o normal até conseguir assistir. Por isso, acabei vítima das impressões alheias. Uns dizendo que estava ótimo como sempre, outros decepcionados com a participação de nosso eterno Dr. Emmett Brown, Christopher Lloyd. Como sempre, tentei ignorar tudo isso e decidir sozinha. No fim, gostei bastante do episódio, embora eu não deixe de admitir que a metade inicial foi um pouco mais lenta do que eu gostaria. Nada que, no geral, tenha comprometido o andamento do episódio, que ganhou fôlego e corrigiu esse pequeno probleminha de ritmo.
Na verdade, nem sei se era um problema ou algo proposital. Uma história que precisava ser contada lentamente, em detalhes, jogando as pecinhas do quebra cabeça fora da ordem para que, finalmente, pudéssemos compreender a mensagem final. Em termos de mitologia da série esse foi um episódio rico. Resgatou a importantíssima figura do Observador (ou Observadores) e mostrou um pouco mais sobre quem são eles e como agem, embora exista ainda aquela aura de mistérios e incompreensão sobre essas criaturas.
Gostei muito de toda a situação envolvendo Walter e Roscoe Joyce, ilustrando perfeitamente bem o Efeito Borboleta (que não é aquele filme do Ashton Kutcher, mas sim, uma parte da Teoria do Caos). Todo mundo já deve ter ouvido falar que o bater de asas de uma simples borboleta poderia influenciar o curso natural das coisas e, assim, talvez provocar um tufão do outro lado do mundo, até porque, essa frase já foi usada até mesmo para falar dos dinossauros em Jurassic Park.
No caso de Fringe, ganhamos o Efeito Vaga-Lume, que de forma poética e trágica, ilustrou como Walter desencadeou uma série de eventos caóticos por causa de seu amor por Peter. O negócio é que Walter não o sequestrou, simplesmente. Os dois Peters deveriam ter morrido daquela doença. Depois, Walter e Peter deveriam ter morrido no gelo, mas o Observador interferiu e assim, ganhamos a guerra entre Lado A e Lado B. Como sempre, Walter me emocionou ao falar de Peter e de seu medo em perdê-lo, assim como Roscoe. Não foi fácil para Walter admitir que suas ações tiraram o filho de outro homem.
Mas, o que Walter não entendeu é que toda essa série de acontecimentos estranhos não era para salvar a vida dele, mas sim, para provar que quando for o momento, ele será capaz de deixar as coisas acontecerem como devem ser e sabendo da qualidade da atuação de John Noble, espero grandes emoções vindo por aí.
A relação entre Peter e Olívia continua abalada, é claro, e deve ficar ainda mais. Livros preferidos serão detalhes mínimos quando a verdade aparecer. O Observador já deu a dica: “Deve ser díficil ser um pai”. Para mim, não precisam dizer mais nada. Bolívia está grávida e essa criança pode significar o fim da guerra entre os lados ou apenas mais um motivo para aumentar a rivalidade. O tempo nos dirá.
Como não poderia faltar, vamos às referências. A primeira delas é sobre o óculos (3D?) de Walter. O objeto é uma alusão a Twin Peaks, série clássica do começo da década de 1990, onde também havia um cientista: Dr Jacoby. Aliás, Walter afirma ter recebido seu par de óculos de um amigo de Washington com esse mesmo nome.

Já que dessa vez não teve quem não tenha visto o Observador, só nos resta o Glyph Code da semana: Unites. A palavra vem do verbo unir e ainda não consegui desenvolver uma teoria muito clara sobre seu significado dentro do episódio. Será que diz respeito ao bebê que vem aí e pode acabar unindo os Walters, as Olívias e afins? Ou será sobre a união entre pais e filhos, no caso, colocando o reencontro de Roscoe com Bobby em perspectiva? Por favor, compartilhem suas teorias.

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