Divertido mesmo sem ser brilhante, esse episódio conseguiu ser para mim algo que Lie To Me não conseguia ser há tempos: um bom passatempo.

Quando comecei a escrever as reviews de Lie To Me, eu conseguia achar a série divertida mesmo não sendo nem de longe a melhor série que eu via. Com a queda de qualidade, isso acabou. Entretanto, esse episódio, graças a um caso diferente que apresentou uma estranha e interessante dinâmica entre dois irmãos, levou embora essa sensação de gastei inutilmente quarenta minutos da minha vida com um episódio ruim, como acontecera nos últimos episódios.

O relacionamento disfuncional entre a irmã paramédica e o irmão que provoca acidentes de transito apenas como uma forma de puni-la, e que finalmente encontra, na sua própria morte, o maior castigo ao qual poderia submeter a irmã é bom o bastante para sustentar o episódio. Infelizmente, como habitual na série, apesar da revelação interessante no fim, o resto do episódio é desperdiçado no jogo de gato e rato entre Cal e Clarke, a paramédica.

Isolado como sempre, sem nenhuma conexão com qualquer outro episódio ou desenvolvimento de um arco narrativo que possa durar vários episódios, a série, mesmo com um episódio que divertido, segue sua melancólica rotina de ser uma série feita de fillers que não preenchem o espaço entre nada, na verdade, pois não há nenhuma trama a ser atrasada por alguns episódios.