Friday Night Lights 5x13: Always (Series Finale)

11.2.11


Se você nunca viu, pelo amor de Deus, dê uma chance a Friday Night Lights. Clear Eyes, Full Hearts, Can’t Lose.

Estou prestes a escrever a review mais difícil de toda a minha vida. Tenho medo de não conseguir me expressar, me enrolar ou até mesmo esquecer de dizer tudo que preciso sobre Friday Night Lights. Esta é a minha última oportunidade de dizer o quanto eu amo esta serie e o porquê. Demorei muito tempo para me levar a serei a sério, lia muitos elogios mas não conseguia entender como uma serie adolescente sobre futebol americano poderia ser tudo isso. Mas era. Logo que vi o piloto, algo me chamou a atenção, nada em Friday Night Lights é como em uma serie comum. A narrativa quase documental me deixou de boca aberta, confuso e já apaixonado. E olha que tudo estava só começando, ainda nem sabia o quanto iria amar Tami, Eric, Matt, Tim, Tyra e até mesmo Julie. Mas o que mais me faz adorar a serie é o clima de realidade que ela passa pelo estilo da narrativa, atores maravilhosos (pouco reconhecidos) e pela sutileza e verossimilhança dos acontecimentos. Sem cliffhangers, reviravoltas mirabolantes ou grandes truques de roteiro, FNL me conquistou naturalmente. Definitivamente esta não é uma serie adolescente ou sobre futebol americano. Esta sim é uma serie sobre pessoas.

A primeira temporada sozinha já é sensacional. Na segunda alguns escorregões aconteceram pelo iminente cancelamento e por idéias que simplesmente não funcionaram. Com o renascimento proporcionado pela Direct TV, a serie conseguiu deslanchar nos proporcionando talvez a melhor de suas temporadas, a terceira, capaz de encerrar um ciclo e começar outro de forma magistral. Sim, o momento em que Coach Taylor foi demitido dos Panthers e resolveu treinar os Lions é o meu momento favorito da serie. Aquele final de temporada me deixou maluco querendo ver logo o que iria acontecer. Apesar da mudança parcial do elenco, Friday Night Lights não deixou a peteca cair e continuou me fazendo feliz principalmente pela presença do casal Taylor, indiscutivelmente o que há de melhor na serie. Texas Forerver? Que nada. Aqui é Tami Taylor Forever, Baby.

A quinta e derradeira temporada teve um ou outro episódio chatinho mas de forma geral conseguiu ser consistente e encerrar tudo, me fazendo chorar e ficar feliz com o rumo dos personagens. Tami merecia assumir o papel de protagonista em sua vida e foi o que aconteceu. O episódio final prolongou a discussão entre ela e seu marido mas Coach Taylor já sabia o que era certo fazer e, assim, mais cedo ou mais tarde ele iria valorizar sua esposa por todo o apoio que ela sempre lhe deu. Sem dizer que os novos desafios de Tami fizeram com que ele também tivesse novos desafios, treinando um novo time e tendo novos adolescentes problemas para lidar. Para variar tanto Kyle Chandler quanto Conie Britton deram show nesta finale, o que me fará mais uma vez torcer frustradamente por eles no Emmy.

Julie e Matt resolveram casar. Em qualquer outra situação eu diria: “Isto é ridículo”, mas não consigo dizer isto para o casal. Afinal eles foram feitos um para o outro, Matt é bem responsável e capaz de aturar Julie pro resto de sua vida. O melhor é ver a felicidade de Vovó Saracen ao ver seu neto finalmente formando uma família. Já que estamos na última review, preciso dizer o quão poderosa foi a morte do pai do garoto e como tudo aconteceu de forma a fazer o personagem crescer ainda mais.

O destino de Tim não poderia ser diferente, construir com a ajuda de seu irmão uma casa em sua terra. Texas Forever. Ele não poderia mesmo ir para o Alasca ou ter um relacionamento definitivo pois essa não é a essência do personagem. Apesar disto, Tim e Tyra proporcionaram a melhor cena da finale, brindando as suas conquistas e pensando em o que talvez o destino reserva para eles. Só fiquei um pouco triste de Tyra nem ter visto o Landry. Não que eu esperasse que eles ficassem juntos, mas era bom que a amizade, que sempre foi a marca entre o casal, fosse lembrada na despedida.

Billy e Mindy foram os personagens que mais cresceram e conquistaram a todos pouco a pouco. Billy com seu jeito estabanado e emotivo conseguiu seguir sua carreira como treinador, agora na comissão técnica dos Panthers. Já Mindy continuou sendo striper e além de Stevie e os gêmeos ganhou uma nova irmã, Becky. Por falar na garota, foi muito coerente ver ela se despedindo de Luke, que acabou indo para a guerra. Não sei como se conseguirá sobreviver a uma guerra, afinal ele foi sempre meio tontinho assim como a sua namorada.

Como já previa Jesse continuará, aonde quer que seja, determinada a alcançar seu sonho, enquanto Vince se torna uma estrela. Bonito ver que a serie não é maniqueísta e que julgou importante ressaltar a importância da presença do pai de Vince na grande final.

A última partida teve pouco destaque justamente para provar que o futebol é apenas o elemento que dá união a todos, já que o foco da serie são as conquistas, frustrações e relações dos personagens. Mesmo assim tudo foi muito emocionante. Parabéns para a direção do episódio que me emocionou, não por me preocupar com o resultado do jogo mas por tudo que o esporte é capaz de mobilizar.

Para falar de pontos fracos da temporada, preciso falar da trama de Epyck que pouco fez diferença e do mal aproveitamento de alguns personagens, Hastings e Buddy Junior, que acabaram sendo figurantes na serie enquanto poderiam ter marcado a última temporada.

É difícil se despedir, por isto peço que comentem, contem suas impressões sobre a serie, sobre a finale e quem sabe algumas dicas de series que possam diminuir o vazio no meu coração.

Detalhe que eu quase esqueci de mensionar: é óbvio que as lágrimas correram.

Abraços. Pela última vez: Clear Eyes, Full Hearts, Can’t Lose!


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1 comentários

  1. Definitivamente, Friday Night Lights não pode ser vista como uma simples série teen ou que tenha seu enfoque nas agruras do futebol americano colegial. Como você mencionou na review, este senso de realidade que começa desde a forma documental como é filmada ao respeito pela integridade de seus personagens marcam esta série como uma das melhores da década, embora muitos de seus talentos não sejam devidamente reconhecidos (pelo menos, ano passado, Kyle Chandler e Connie Britton foram indicados ao Emmy, com a vitória do Coach Taylor para coroar este final de série).
    Acho que o series finale cumpriu a necessidade de fechar certas histórias e colocar uma espécie de epílogo para muitos personagens, não deixando espaço para que Smash Williams e Lyla Garrity retornassem, já que ficaria muito difícil ter de preencher 42 minutos com tnatos personagens relevantes para a história da série.
    Em tempos de vacas magras após o final de séries como Lost, 24 entre outras, é sempre bom encontrar uma série que começa despretensiosa e cresce exponencialmente à medida que as tramas se aprofundam em torno dos personagens.
    Parabéns pelas reviews e que uma outra série estrelada por adolescentes que possam ou não participar de uma atividade desportiva venha abrilhantar as telas em um futuro breve.

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