Fringe 3x11: Reciprocity

2.2.11


Todo relacionamento é recíproco.
Impressionante. Joshua Jackson está cada vez melhor como Peter Bishop e o episódio dessa semana (brilhante, mais uma vez), deixa isso ainda mais explicito. No começo da série a falta de utilidade do personagem me incomodava. Eu simplesmente não entendia porque um cara que é só filho de um cientista, sem qualquer outro mérito ou especialidade no ramo, teria um emprego como consultor do FBI. Aos poucos, isso foi mudando. Peter mostrou-se essencial na trama. Ele é a grande peça desse quebra-cabeças.
O que vimos nesse episódio foi uma mudança radical. É preciso reparar nas nuances da interpretação, os olhares, os gestos, o modo como Peter se movimenta. Tudo mudou. E essa mudança, que veio após o contato dele com o Dispositivo do Apocalipse (decidi que esse é um bom nome para a máquina que deve destruir dois universos), o tornou sombrio e distante, embora ele ainda represente seu papel de bom moço para uma platéia que quer enxergá-lo assim.
Agora Peter é uma arma. E não dá para saber o que isso significa, exatamente.  Ele se transformou numa pessoa imprevisível e os resultados de sua obsessão com o DA (Dispositivo do Apocalipse) podem acabar agindo contra ele mesmo, especialmente porque parece que Peter é o novo rei da mentira.
Com Walter essa encenação durou pouco. Se existe um homem que conhece seu filho, é esse aqui. Mesmo que ele não soubesse exatamente o que havia de errado, uma pequena investigação lhe deu todas as respostas. Talvez DNA de chimpanzé misturado em seu cérebro não seja algo tão ruim assim.
Aliás, belíssima tirada. Adoro esse humor em Fringe e como eles utilizam a ciência para balancear momentos de tensão com outros em que simplesmente podemos soltar a respiração e rir de Walter desejando bananas e marcando território em seu laboratório, mostrando para Astrid que ali, o primata que manda é ele.
Infelizmente para Walter, aqui nessa review quem manda sou eu e essa história de FOlivia (a Fake Olivia) não vai colar. Aqui Bolivia comanda, porque a coitada não é fake, ela só é parte integrante do Lado B. Falando nisso, não sei se sou apenas eu, mas já sinto saudade da abertura vermelha e do outro universo. Gostaria que a troca de lados nos episódios não parasse completamente. Seria interessante ver o que está rolando com Walternativo e o retorno de Bolivia ao lar. Com certeza ela não imagina o impacto que causou durante suas “férias” no Lado A.
Como já estamos na metade do caminho, imagino que agora as coisas comecem a se encaixar. Estou alucinada para descobrir sobre o conteúdo de “The First People”. Será que tem versão em português? Se não tiver, me contento com a edição em espanhol, muito bem produzida por sinal, parecendo realmente um livro antigo com conteúdo assustador.
Se dessa vez você não viu o Observador, lá vai a dica: Ele está atrás de um carro policial, naquela cena de crime onde encontram o primeiro shapeshifter.
O Glyph Code da vez é bastante significativo. A palavra ALTER, significa mudar, alterar. E se colocarmos em perspectiva tudo o que aconteceu com Peter, fica bem óbvio que essa é a expressão perfeita para descrever o que está acontecendo. Peter não é mais o mesmo, mas vale lembrar que o Dispositivo do Apocalipse também foi tocado por ele e, portanto, também mudou.

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2 comentários

  1. Fiquei me perguntando enquanto assistia se a reciprocidade não seria quanto a Bolivia, pq ela gostou dele de verdade. Quando ele descobrio o segredo pra identificar os Shapeshifts ele tinha acessado os arquivos da Bolivia. Se caso ele já sabia q ele gostava dele de verdade, ele pode ter descoberto em si uma reciprocidade a esse sentimento, logo ele é o novo agente duplo desse universo. Adorei o Epi!

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  2. adoro seus comentários, e concordo com praticamente tudo que você fala, mas acho seus posts seriam bem melhores esses "apelidos" que você coloca em tudo, mencionar de vez em quando tudo bem, é engraçado e tal mas toda vez em todo texto, chega a ficar um pouco cafona...mas enfim, é só um detalhe.
    bjos

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