Fringe 3x12: Concentrate And Ask Again

6.2.11


Ninguém deveria saber o que os outros estão pensando. Ou será o contrário?
Eu não sei como é para vocês, mas para mim, assistir cada episódio de Fringe tem sido uma experiência incrível. Como eu não fui tratada com cortexiphan e não desenvolvi a habilidade de ler pensamentos, peço que vocês compartilhem suas ideias aí nos comentários, até porque, essa semana ganhamos mais coisas para discutir.
Parecia um episódio filler – e eu teria ficado completamente satisfeita se fosse só isso – mas eis que sempre encontramos algo maior, nem que seja naquele minuto final. Aliás, o minuto final foi só mais uma prova de que esse não foi um episódio filler, embora todo o caso envolvendo Simon já fosse suficiente para isso. Quando Walter mencionou que havia uma criança retirada propositalmente dos testes por desenvolver uma habilidade inesperada eu soube que esse caso teria importância na trama central da série.
Lógico que eu já tinha adorado o pó que desfaz ossos e tudo envolvendo o Projeto Jellyfish, mas tudo isso só serviu de pano de fundo para a verdadeira história do episódio e para plantar dentro de nós aquela sementinha da dúvida. Quem será que Peter vai escolher, afinal de contas?
No começo eu repudiei um pouco a ideia de que o destino da humanidade, ou melhor, de duas humanidades, estão simplesmente relacionadas à escolha amorosa de uma única pessoa. Depois da explicação de nosso saudoso Sam Weiss, compreendi melhor, mas fiquei repleta de perguntas sobre o assunto. Por exemplo: E se Peter não escolher nenhuma delas? Nem Olivia, nem Bolivia. Sei lá. Ele pode preferir ter um caso com a vaca Gene. O que acontece? Todos morrem? Todos vivem? O Corinthians ganha uma Libertadores? (ooops... não resisti). Simplesmente não dá para saber e isso é o melhor em Fringe. Todas as nossas descobertas são guiadas lentamente e nos levam, sempre, a coisas maravilhosas e bem construídas.
Por isso mesmo, eu confio na série e no andamento dessa história. Não é só bobagem romântica e não é tudo preto no branco, digo, azul no vermelho ou vice-versa. Falando nessas cores, gostaria de comentar uma sutileza incrível na cena em que Sam Weiss conversa com Nina Sharp. Repararam que as bolas de boliche que se chocam eram exatamente nessas cores? Mais uma vez a produção se revela atenta a pequenas coisas.
Além disso, a dúvida que Weiss deixa no ar, sobre a escolha de Peter, mais uma vez me levou a ideia da gravidez de Bolivia. Sei que muita gente acha que isso é uma baita viagem minha, mas se colocarmos a situação atual em perspectiva, esse seria um fator que complicaria (e muito) a futura e inevitável escolha de Peter.
Muita gente deve ter achado meio bobo o fato de Nina só descobrir agora sobre o anagrama que escondia o nome de Sam como “escritor” de cada uma das versões de The First People. Nós sabíamos disso há algum tempo, mas na série, entre os personagens, esse detalhe nunca tinha sido mencionado. Resta saber se Weiss é realmente o autor dos livros ou se ele é, de fato, uma dessas primeiras pessoas de quem tanto ouvimos falar. Na hora lembrei de algumas coisas. Primeiro do anagrama que aparece na lousa de Walternativo em ‘Over There (Part 2)’. “Don’t Trust Sam Weiss”. Isso nunca me sai da cabeça e agora é que não vou mais conseguir me livrar da ideia. 
Depois, tivemos outro diálogo, dessa vez no episódio ‘Olivia. In The Lab. With The Revolver’, em que Sam diz para Olivia que ele é mais velho e mais alto do que aparenta ser, na realidade. Seriam indícios de que ele é, de fato, uma das primeiras pessoas? Acho que minha cabeça vai explodir com tantos questionamentos.
E as referências não param. Como eu já disse, os produtores e roteiristas amam nos encher de detalhes e não economizaram nesse quesito, alimentando ainda mais nossas mentes doentias. Para se ter ideia, até mesmo o segredo do cofre de William Bell tem um significado. Nina Sharp digita a seguinte seqüência: 052010#. A tradução é simples e diz respeito a uma data. Vinte de maio de 2010, quando o mesmíssimo ‘Over There (Part 2)’ foi ao ar, com a suposta morte de William Bell e um Glyph Code sugestivo. WEISS. Tudo isso nos leva a pensar que o envolvimento de Sam é muito maior do que imaginamos e que o cara do boliche ainda vai nos revelar muitas facetas interessantes.

O Observador estava a passeio na festa de arrecadação de fundos do Congressista Thorp. Se você ficou de olho em Olivia pela primeira vez num vestido, deve ter perdido mesmo. Quem quiser ter certeza da aparição, deve prestar atenção nas cenas em que Olivia está prestes a derrubar o segundo assassino do pó azul.
O Glyph Code da semana é o mais enigmático até o momento. HATCH. Na mesma hora lembrei da escotilha de Lost, mas a palavra também pode ser um verbo e nesse caso, significaria nascer, chocar, sair do ovo,incubar. Confesso que fiquei na mesma e nem vou me arriscar numa teoria. Nessa hora eu adoraria mesmo ter sido uma das crianças tratadas com cortexiphan, com a incrível habilidade de descobrir tudo o que Fringe realmente quer dizer.

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5 comentários

  1. uma coisa que não me sai da cabeça, os gliphs code da primeira parte dessa temporada diziam o que seria determinante para a travessia da Olivia pro mundo de cá. São 7 codigos que completam a ideia que fecha determina a ação final. E sempre fico tentado a analiza-los dessa mesma forma. Se for assim, sua teoria de haver um baby vindo ai é bem valida.

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  2. Adorei a review, vc escreve sobre Fringe como ninguém!

    E quer dizer que o Peter vibra? Oh my god, este homem cada dia fica mais perfeito hahahahahahaha <3

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  3. Falando sério agora. Eu nao me preocupo com a resolução mais "melosa" que foi lançada nesse episódio.

    O principal mistério de fringe, se analisado friamente foi bem noveleiro: uma criança sequestrada que descobre a verdade.

    Porém como Fringe aborda um tema tão corriqueiro e leva isso a um nivel incrível, cheio de reviravoltas, emoção e ficção científica é algo que eu nunca tinha visto antes.

    Por isso eu confio, que por mais romântica que possa ser a direção apontada de que a série vai seguir, eles vão nos surpreender e fazer com que seja algo crível e bem amarrado, além claro, de explodir nosso miolos como sempre.

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  4. Confesso que eu estava esperando um episodio filler sem poucos envolvimentos com a mitologia da serie, mas só foi eu ouvir a palavra "cortexiphan" para começar a mudar de ideia.
    Adorei eles terem mostrado mais uma pessoa que participou dos experimentos do Walter, já fazia um tempo que não víamos isso.
    Pra mim o ponto alto do episodio foi a conversa da Nina com Sam Weiss. Além da explicação sobre o destino dos universos, descobrimos que ele não é uma invenção da mente de Olivia (como muitos disseram).
    Não posso deixar de comentar as cenas do Walter. A pergunta inocente de “o que um cientista faz para alguém querer matá-lo” e a alegria dele em ver um fusca azul foram o suficiente para alegrar o episodio.
    Só um detalhe sem muita importância, mas que eu achei muito legal: Quando a Nina esta olhando os certificados das universidades, mostra escrito num livro “Dr. Spock’s” em letras vermelhas. Isso poderia ser uma homenagem ao personagem mais famoso do Leonard Nimoy?

    Parabéns, mais uma vez, pela review. :]

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  5. uma coisa que não me sai da cabeça, os gliphs code da primeira parte dessa temporada diziam o que seria determinante para a travessia da Olivia pro mundo de cá. São 7 codigos que completam a ideia que fecha determina a ação final. E sempre fico tentado a analiza-los dessa mesma forma. Se for assim, sua teoria de haver um baby vindo ai é bem valida.

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