Big Love 5x09: Exorcism

22.3.11


No seu penúltimo episódio, “Big Love” já apresenta o início de um final que poderá surpreender a todos. Surpresa que pode causar polêmica, mas que iria de acordo com os novos meandros do casamento da família Henrickson.

O fato de Barb estar frequentando a Igreja de Jesus Cristo de Todos os Santos dos Últimos Dias (ufa) demonstra que ela precisa enfrentar um grande dilema moral e religioso. Como ela poderia estar confortável em meio a uma doutrina que recrimina o seu próprio molde familiar? Porque afinal, eles não aceitam a poligamia entre as práticas cristãs. Isso pode parecer apenas mais uma curiosidade solta na série, mas colocado em uma lupa, esse fato pode dar a entender que Barb não se sinta mais unida a Bill e suas outras duas esposas e terminaria, portanto, fora do casamento. Não duvido do amor de Barb por sua família e nem me sinto seguro em dizer que essa possibilidade é real. Mas que seria um interessante desfecho, isso é inegável.

Nicky sempre foi a esposa mais interessante, mas ultimamente ela tem alcançado um nível de chatice absurdo. Tudo no bom sentido, pois enquanto ficamos nessa raiva pela personagem, ela cresce e se torna ainda mais complexa. Só o fato dela se dar conta de que não foi o pai dela, nem o irmão, muito menos J.J., e sim ela mesma que plantou a vergonha em sua filha, já é suficiente para concluirmos duas coisas: 1) Nicky pode ser egoísta e por isso detestável, mas quando cai em si, ela sempre tira as melhores leituras; e 2) o incrível desempenho de Chloë Sevigny, uma merecedora de novos prêmios pelo seu papel (caso “Big Love” finalmente se destaque em premiações, nem que seja por reparações).

Cara Lynn falou o que eu já esperava que ela dissesse desde o momento em que ela se envolveu com Greg. Ao ser questionada pela diferença de idade entre ela e seu tutor-amante, ela lança: “Se ele me seduziu, Bill também seduziu Marge”. A frase já era esperada, mas Cara Lynn parece não levar em consideração de que os contextos são bem diferentes, e mesmo assim, a hipocrisia ainda reina, principalmente por parte de Margene, que nesse episódio só apareceu tendo sua fragilidade sendo ainda mais exposta. Ben achou que poderia se livrar do envolvimento com Rhonda sem ser prejudicado. Mas ela pelo visto quer se casar a todo custo, viúva então... Se desculpar com Heather dizendo que ele é capaz de “cuidar das duas” é de uma ingenuidade imperdoável. Justamente Heather sabe que ter um namorado disposto a ter duas mulheres pode ser um grande problema, levando em consideração que ele é um Henrickson.

E o grande confronto entre Bill e Alby finalmente aconteceu. Aos pedaços, como esperado. Primeiro a prisão de Adaleen, depois a traição da própria mãe. Mas convenhamos. Aparecer no Senado planejando dar um banho de sangue é muita burrice. Mas, como a própria mãe dele disse, ele não é bem uma pessoa inteligente ou corajosa, sempre deixando o serviço sujo para os outros. E no confronto final (justo na hora em que Bill e as três esposas estão vulneráveis), Bill leva a melhor. Óbvio. E ver que ele prefere não atirar na cabeça de seu inimigo de longa data é saber que prefere ver a humilhação do falso profeta decaindo do que vê-lo morto.

A única coisa que ainda parece um tanto quanto difícil de aceitar é a atual situação de Louis com Frank. Mesmo não sabendo a razão de quererem viver juntos depois de tanta violência, acredito que o final deles pode ser trágico, e não por isso, o mais poético de “Big Love”. É esperar a próxima semana para o último episódio da série que já me faz ficar com saudades.

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1 comentários

  1. Puxa, essa série foi excelente! Aguardo seu review do último episódio!
    Abraço!

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