Mesmo sendo um pouco melhor que o episódio anterior, ‘Petty In Pink’ me deixou com um enorme ‘Por que’ na cabeça: por que Gossip Girl foi renovada para uma quinta temporada?

A resposta para a pergunta é óbvia: Gossip Girl certamente ainda esta dando lucro a CW. Existem milhões de fãs cegos, incapazes de perceber o quão ruim a série ficou nas duas ultimas temporadas. Meu questionamento sobre o porquê da renovação esta muito mais ligado ao aspecto criativo da série.

Não faz tempo que notei — tardiamente — que GG é atualmente uma série incapaz de viver de seus personagens principais. Parece que o único recurso conhecido pelos roteiristas para inserir algum conflito na série é enchê-la de novos personagens, que logo se tornaram figuras idênticas a outras que já passaram pela série.

Uma previsão — não muito difícil de ser feita — que fiz no meu ultimo post sobre a série dizia que logo Charlie seria corrompida pelo estilo de vida do Upper East Side. Não levou um episódio e lá estava ela, como a sidekick de Serena em seus planos infantis. Felizmente, antes de ir para o lado superficial da Força, Charlie mostrou, em apenas uma fala, o quão fraco é o roteiro de Gossip Girl.

‘How is that better than just asking them?’, Charlie pergunta a Serena enquanto ela descreve um plano para descobrir se Dan e Blair estão tendo um caso, apenas para receber uma justificativa mal-dada para o plano absurdo. Essa única fala demonstra facilmente que o roteiro de GG é um emaranhado de mal-entendidos ou problemas que poderia ser resolvidos com uma simples conversa. Todas as armações dos personagens deixaram de ser uma característica da série para ser tornarem algo que enche espaço nos episódios.

Enquanto os roteiristas da série acreditarem que planos mirabolantes — aqui não me refiro a Blair e Dan, que ainda conseguem criar alguns bons momentos juntos, embora o plano deles nesse episodio seja inútil — e traições desnecessárias são melhores que o confronto direto entre os personagens, Gossip Girl continuará sendo essa produção débil que se tornou, incapaz de divertir. Incapaz sequer de causar riso involuntário.