Fringe 3x21: The Last Sam Weiss

2.5.11


Só falta um episódio para podermos dizer, de boca cheia, que Fringe fez uma temporada perfeita.

Macacos me mordam! (Sempre quis usar essa frase e não sabia como). Fringe está conseguindo me deixar em cólicas para essa Season Finale, estou contando os dias, as horas, os minutos. Vai ser bom. Tem que ser bom. Só pode ser bom. Para estragar essa história toda que conseguiram criar, só fazendo muita bobagem, por isso estou confiante, embora ainda tente domar meu novo bichinho de estimação, o monstro da expectativa.

Toda essa confiança que tenho não é sem fundamento e se deve a duas pessoas, especificamente: J.H.Wyman e Jeff Pinkner, produtores que assumiram o controle criativo da série e a colocaram nos eixos de forma espetacular, costurando mínimos detalhes entre as temporadas. Claro que há uma longa lista de nomes na equipe de produção e todos merecem créditos, mas esses caras são especiais.

Prova disso está quantidade de ligações que podemos fazer com episódios passados e fatos que provavelmente estavam arquivados no fundo de nossas memórias. Exemplo perfeito disso é o lance da moeda. Lembram de “There's more than one of everything”, o episódio 1x20? Nele, Walter tem uma conversa com o Observador na praia, para ajudá-lo a lembrar onde guardara a chave capaz de fechar o portal entre os universos. Dentro da caixa onde estava a chave há também uma moeda – igual a que Peter compra na loja de penhores de NY- porém, na ocasião, Peter não se lembra da moeda ou de sua amada coleção, mesmo que ambos os Peters gostassem disso. Walter, então, deposita a moeda sob a lápide de seu filho e aí que confirmamos o seqüestro.

A perfeita ligação dos detalhes está no fato de que, ao acordar depois do acidente, Peter começa a recuperar as memórias perdidas ao atravessar para o lado A. Tanto é que ele sai em busca de seu pai -  o Secretário de Defesa -  e se comporta estranhamente com Walter e até Olivia. Toda essa mudança deve sim, ser explicada, porque ainda não dá para entender muito bem o que se passa na cabeça de Peter depois da queda. Vale notar que ao se ligar ao Dispositivo do Apocalipse ele tem diversas visões, flashs de coisas que viveu, mas também coisas que ele não viu, que me parecem ser as impressões de outras pessoas sobre ele. Talvez a máquina permita que ele perceba as sensações alheias também, do mesmo modo que o transportou para o futuro.

O mais curioso dessa nossa curta viagem no tempo é que sabemos sim, que há destruição e que um grande evento catastrófico ocorreu em 11 de setembro de 2021, contudo, não há como definir o lado em que Peter está, porque nossa única evidência – o logo da Fringe Division – tem o design do Lado B, mas as cores estão diferentes nas letras, que já não são vermelhas, mas pretas. Outra coisa curiosa e que pode não ter significado algum está nas mãos de Peter, que agora usa uma aliança de casamento. Impossível saber com que ele casou ou até SE (grande condicional) casou.

“Vários futuros possíveis estão acontecendo simultaneamente. Eu posso te falar sobre todos eles, mas não posso dizer qual deles se realizará”.

Frase do Observador, também dita para Walter mais recentemente, em 'The Firefly'. Aqui, vale a teoria de que Peter esteja visualizando uma das dezenas de variações de futuro, nada concreto ainda, apenas um vislumbre das conseqüências de seus atos com o Dispositivo do Apocalipse, o que me leva a pensar que nós também estamos na mesma situação, visualizando um dos possíveis desfechos da temporada. Para descobrir alguma coisa concreta teremos de esperar, infelizmente.

Até agora estou completamente focada em Peter, mas não dá para deixar de lado o que descobrimos sobre Sam Weiss, que não é eterno, mas sim mais um, dentro de diversas gerações de homens da mesma família, com mesmo nome e mesma função. Ainda o enxergo como descendente das Primeiras Pessoas, mas aquele ar de poder que ele tinha se perdeu um pouco, já que seus conhecimentos foram úteis, porém limitados. Confesso que ri com o boliche no museu. Momento piadinha bem sacada do episódio.

Incrível a sequência sobre a tempestade de raios. Fiquei arrepiada ao ver tudo aquilo. Cenas muito bem feitas, com efeitos de qualidade e que continuam mostrando as consequências terríveis que nos aguardam, aumentando exponencialmente a culpa de Walter. Sim, ele é culpado, mas sua busca por perdão nunca acaba. Nas horas em que ele quase desiste, temos a importante figura de Astrid, sempre pronta para fazer qualquer loucura para ajudá-lo, até mesmo repetir o clássico experimento de Benjamin Franklin, comprovando que quando dois raios caem no mesmo lugar é preciso olhar para a dualidade das coisas.

Não consigo não admirar o modo didático (e criativo) com que nos explicaram o caso dos dois Dispositivos do Apocalipse, que deveriam estar no mesmo lugar para atrasar a destruição. Fiquei imaginando Broyles ali parado, fazendo o papel de ‘público de Fringe’ e foi isso mesmo.

Sobre a descoberta de que Olivia era a escolhida para desligar o campo magnético da máquina, confesso que tive um momento “Alias”. Na série, também criada por J.J. Abrams acontece algo similar com Sidney Bristow, mas aguardo uma explicação plausível  para Peter e Olivia estarem nesses esboços antes mesmo de nascerem.

Já aviso aqui que DESTINO não é uma desculpa aceitável e que farei mimimis homéricos caso isso aconteça, mas duvido muito que apostem em algo tão imbecil para explicar o porquê das coisas. Nessa hora em que questiono as possibilidades não posso deixar de citar outra ótima costura na colcha de detalhes, porque trouxeram de volta aquele caso da primeira temporada, em que Olivia desarma a bomba com a força do pensamento.


Como na maioria das vezes, o Observador se esconde em meio à multidão, mas é possível encontrá-lo sem grande dificuldade, no momento em que Peter anda pelas ruas de NY pedindo informações sobre a Loja de Penhores.


Glyph Code da vez é Multi, o que significa múltiplos. A aposta é de que a segunda parte da palavra venha na semana que vem, mesmo que ela possa se conectar facilmente à teoria dos múltiplos futuros possíveis. No entanto, não será surpresa se o último código da temporada for “VERSE”, o que formaria “MULTIVERSE”. Será que é uma dica do tema central da 4ª temporada? Não dois ou três, mas múltiplos universos? Que as horas passem velozes e os dias desapareçam no calendário, por que eu preciso saber.


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2 comentários

  1. Melhor serie atual!!
    Comecei a ver a serie só pelo fato da Anna Torv ser linda, mas a cada episódio eu ficava mais viciada.
    Hoje esta no top 1 de series.

    Acho que terei um treco no eps final. ain!

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  2. Melhor serie atual!!
    Comecei a ver a serie só pelo fato da Anna Torv ser linda, mas a cada episódio eu ficava mais viciada.
    Hoje esta no top 1 de series.

    Acho que terei um treco no eps final. ain!

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