Glee 2x22 (Season Finale): New York

27.5.11


Morno, morno. Quase frio.
Assim que acabei de assistir a essa Season Finale de Glee não pude deixar de notar que estava faltando alguma coisa. Como eu não conseguia explicar muito bem o motivo da minha frustração, mergulhei nas lembranças do encerramento da 1ª temporada porque minha impressão foi justamente ao contrário. Eu estava louca por Glee, queria mais e imaginava os longos meses até ter novos episódios. Sem querer, encontrei minha explicação, que serve, na verdade, para qualquer episódio da série, em qualquer ocasião. Eis o que escrevi sobre “Journey”:

“Para mim foi super emocionante. As músicas me atingiram com força e gostei muito das soluções do roteiro”.

Pronto. Naquele episódio os roteiristas usaram a criatividade (e teve Bohemian Rhapsody, até hoje minha música favorita em Glee, no meio do parto da Quinn), mas, acima de tudo, as canções foram fator determinante para que eu gostasse do episódio, aliás, de toda temporada. Tenho essa teoria de que quando as músicas significam algo para você ou fazem parte do seu conhecimento cultural, há fortes indicativos de que você gostará do que viu. Há exceções, é claro, mas no geral, creio que é assim que a coisa funciona.
Justamente por esse fator, as palavras que abrem esse texto descrevem a experiência que tive ao ver essa Finale. Eu sabia que o tema central seria esse romance de Rachel e Finn, no entanto, eu esperava ser arrebatada pelas canções sobre a Big Apple. São tantos clássicos, tantas possibilidades, tanta coisa bacana para explorar e aí, Glee embarca mais uma vez nas tais “canções originais” e minha busca por conexão fracassou. Digo desde já, não gosto das músicas originais de Glee. Já não havia gostado muito quando foram usadas da primeira vez e agora, tenho certeza absoluta de elas são um tiro no pé.
Glee é uma comédia musical e geralmente cumpre muito bem seu papel, não acho que seja errado arriscar e tentar coisas novas, pelo contrário, só que se sua série se apóia mais em música do que em roteiro para sobreviver, é preciso que músicas exclusivas e criadas especialmente para ela sejam de total empatia com os fãs. Infelizmente, até agora, isso não aconteceu. Aposto que a maioria prefere ouvir as versões de grandes hits do que colocar “Pretending” para tocar.
Não tivemos apenas músicas originais, sejamos justos, mas as versões foram tão sem graça que chega a me chocar. Outro problema é essa obsessão em tocar clássicos dramáticos da Broadway. Ficam tentando nos mostrar com Lea Michelle é boa nisso, como Chris Colfer é bom nisso também, como Matthew Morrison combina com o palco e... E a gente fica de saco bem cheio no final das contas, essa é a grande verdade.
Porém, devo dar mérito à única música boa do episódio, cantada pela nossa diva mor, Brittany, ao lado de Artie. Uma ode a uma xícara. Momento bem humorado e genial, em que “My Cup” imortalizou-se ao lado de “My Headband”. Quando quer, Glee sabe fazer coisa legal.
Sobre o andamento do episódio em si, não tenho do que reclamar. Eu imaginava que o New Directions não venceria o campeonato Nacional, porque afinal, eles são ‘losers’ e essa será a grande motivação da 3ª temporada, provavelmente a última dessa geração. Aí sim, creio que veremos o grupo vencer.
O romance reatado entre Rachel e Finn era previsível, foi bonitinho até, mas acho que não empolga ninguém. Além do mais, aquele beijo durante a apresentação vai nos custar muito caro no próximo ano. Anotem aí. Muito mais interessante é o amor de Britanny e Santana ou os olhares carinhosos entre Blaine e Kurt, sem deixar de lado o novo casal “Bocão”, com Mercedes e Sam.
Também não fiquei surpresa com a decisão de Mr.Schue em ficar ao lado do New Directions, deixando seu sonho de estrelar musicais. Nem mesmo as cenas em pontos turísticos conhecidos ou aquele clima de possibilidades que tentaram criar me pegou. Honestamente, nada (nada mesmo) foi capaz de surpreender e criar aquela vontade louca de ver a 3ª temporada começar ontem e eu gostaria muito que isso tivesse sido diferente.
Essa Season Finale deixa ainda algumas dicas dos conflitos que veremos no ano que vem. Rachel perseguindo seu sonho e provavelmente deixando Finn para trás, Will e Emma como casal, Quinn aprendendo a viver sem ser sempre a vencedora e claro, devemos voltar a velhos conhecidos que poderiam (e deveriam) ficar no passado, como a questão do bullying e dos homossexuais.
Não tenho como escapar da comparação. Para mim, a primeira temporada é imensamente superior a essa segunda, que foi divertida sim e teve ótimos momentos, mas nem de longe conseguiu me cativar da mesma maneira, pelo alto nível de irregularidade. É lógico que seguirei vendo. A série não deixa de ser bacana de se acompanhar por causa de seus tropeços, contudo, eu espero mais. Gosto de Glee e quero que a série seja um dos pontos altos da minha semana novamente.

Músicas no Episódio:

“Bella Notte” - ‘The Lady and The Tramp': Puck (Mark Salling), Artie (Kevin McHale), Sam (Chord Overstreet) and Mike (Harry Shum Jr.)
“For Good” - Wicked: Kurt Hummel (Chris Colfer) and Rachel Berry (Lea Michele)
"Yeah!” - Usher: ft.Lil Jon & Ludacris An Unnamed Girl Choir Group
"As Long As You're There" - Canção Original: Charice (Sunshine) e Vocal Adrenaline
"Pretending” - Canção Original: Rachel (Lea Michele), Finn (Cory Monteith) E New Directions
"Light Up the World"- Canção Original: New Directions
"New York, New York / I Love New York” - Frank Sinatra / Madonna: New Directions
"Still Got Tonight” - Matthew Morrison: Will (Matthew Morrison)
"My Cup” - Canção Original: Brittany (Heather Morris) and Artie (Kevin McHale)

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