“Alphas” continua legal. Mas a sensação é de que ainda falta alguma coisa.

“Alphas” está seguindo direitinho a cartilha dos super-heróis. Depois de o primeiro episódio mencionar uma organização que quer acabar com os Alphas, agora o segundo fala sobre um complexo onde Alphas perigosos ficam presos. Mas por mais que sejam dois elementos pouco originais, creio que se bem trabalhados eles podem render bons plots para a série.

Deus sabe como eu odeio usar essa palavra, mas, na verdade, tudo nesse episódio foi bem clichê: o cara que se rebela contra os cientistas que realizaram experiências nele, o poder da super inteligência, a ligação sentimental com o doutor, e tudo o mais. Todo mundo já viu isso milhares de vezes em produções do gênero, mas o fato é que essa mistura de clichês funcionou, e eu gostei do episódio.

Minha única birrinha com “Alphas” continua sendo os personagens apáticos. Apesar do esforço do roteiro em torná-los humanos e próximos do público, ainda não consegui simpatizar com nenhum deles, e o formato procedural da série também não ajuda em nada. E como se não bastasse o autismo irritante do Gary e o mal-humor do Bill, agora nós vamos ter que aturar Nathan (o afrodescendente de “The 4400” cujo nome é um palavrão gigantesco), o típico policial chato que se acha o tal. Só um toque pros roteiristas: os personagens não precisam ser tão humanos assim, ok?

E já tá bem claro que o Marcus vai voltar né? Apesar de este ter sido o gancho do final do episódio, o que me deixou realmente curioso para continuar vendo a série foi quando ele diz que “vê o que está por vir”, e chega a citar a palavra “guerra”. Não sei o que ele quis dizer com isso (na verdade, tenho várias teorias mirabolantes em mente), mas creio que algo bom está por vir. Só não me perguntem o porquê. Vai ver eu sou um Alpha e consigo prever o futuro. XD