True Blood 4x07: Cold Grey Light Of Dawn

14.8.11

O melhor até aqui.

Antonia veio para ficar, e sua presença perene trouxe o melhor episódio da temporada. Ela é ameaçadora — ao ponto dos vampiros a temerem, algo incomum — e determinada a cumprir seus objetivos, como Bill exemplifica claramente numa feliz comparação com qualquer outro fanático. Sua tenacidade beira a loucura.

Ainda assim a ‘vilã’ da temporada — entre aspas, pois não a considero de fato digna do titulo, mais sobre isso adiante — demonstra seu carisma e poder de argumentação, sendo capaz de rapidamente angariar seguidores para a sua causa. Todas essas características a tornam uma personagem fascinante, e muito bem interpretada por Fiona Shaw

O temor causado pela mera presença de Antonia é importantíssimo para o episódio. O clima de preocupação, a tensão entre os vampiros, trouxe uma dramaticidade considerável para o episódio. Da percepção da ameaça que Antonia representa passando pela aceitação do que terão que fazer para sobreviver ao dia, os vampiros enfrentam durante todo esse episódio algo extremamente incomum para eles: a sua mortalidade. A percepção de que talvez, a despeito de todas as suas capacidades sobrenaturais, não seja possível para eles sobreviver ao iminente feitiço é um golpe forte na aparente certeza de que os vampiros têm de que não há criatura que possa os ameaçar.

O melhor momento do episódio ocorre justamente por causa dessa ameaça. A conversa sincera entre Bill e Jessica enquanto os dois estão presos as suas camas, além de desenvolver ambos os personagens — Jessica revelando para Bill que não tem ressentimentos por ter sido transformada por ele, que por sua vez também se livra de qualquer culpa que pudesse sentir pelo que fez —, Bill faz questionamentos que muito se assemelham ao discurso de Godric na segunda temporada.

Antonia é o resultado de tudo que Bill se pergunta enquanto amarrado a sua cama. O simples argumento ‘Matar é nossa natureza’ tão utilizado pelos vampiros, a falta de qualquer tipo de restrição moral nas suas atitudes, criaram Antonia que, cansada dos abusos dos vampiros, resolve se vingar. Como ela pode ser chamada de vilã diante de tudo que aconteceu com ela? É impossível, há mais complexidade nas motivações de qualquer personagem em True Blood do que é possível enxergar através de uma ótica dicotômica, que divide todos apenas em vilões e mocinhos. Esses questionamentos e complexidade fazem com que True Blood vá muito além da mera aparência de um soft porn thash.

Outro bom momento surgido dessa ameaça representada por Antonia foi a maior aproximação — algo alem de simplesmente sexo como visto no fim do ultimo episódio — de Eric e Sookie. Ela cada vez mais vê nele a possibilidade de humanidade, principalmente após acompanhar o sofrimento dele durante o episódio. O que mais me deixa curioso nessa trama é como, no futuro, quando Eric recuperar suas lembranças, como ele conciliará o que ele viveu nesse curto período de tempo de amnésia com seus mais de mil anos de vida.

O que acontecerá daqui pra frente promete ser sensacional. Será que todas as vezes que os vampiros forem dormir durante o dia correram o risco de jamais verem novamente a noite ou serão eles capazes de reagir contra a inimiga? Qualquer que seja o caminho escolhido, duvido que o resultado seja menos que excepcional.

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2 comentários

  1. Esse episódio foi demais. Bill e Jessica num emocionante momento "Pai e Filha". Jason preocupado com a Jess, Antonio sendo Diva, Lafayette já mostrando que vai ser ele que vai enfrentar a Antonia, Alcide mostrando pra que serve todo aquele corpão, mtas emoções.

    Realmente, Antonia ta longe ainda de ser vilã, pelo contrário, ela é a mocinha, pois os vilões mesmo são os vampiros, que matam, torturam e estupram, seja a seculos atras com Antonia, ou hj em dia, com a Tara. Quero ver como vão conseguir transforma-la em vilã.

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  2. PS: Jurei que na hora do discurso dela, a Antonia iria comaçar a cantar:
    "Oh, antônia brilha
    Antônia sou eu
    Antônia é você."
    hehehe

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