Tentando devolver a empolgação aos fãs, How I Met Your Mother voltou com dois episódios de uma só vez. E será que conseguiu? Vem comigo.

É praticamente consenso que How I Met Your Mother já é uma série, digamos, desgastada, que Ted já enrolou muito em contar esta história e o que antes era muito engraçado e divertido já não é mais tão legal assim. Porém, os produtores vêm se esforçando para dar um novo gás à sitcom, principalmente nos aproximando do momento mais definitivo em que o protagonista conhece logo sua mulher. Mesmo assim a mensagem da Premiere desta temporada foi bem clara: “Não estamos nem perto do fim”.

O eixo de “The Best Man” rodou em torno do ainda sobrevivente amor de Robin por Barney. Sim, pela milésima vez Robin ficou um episódio inteiro fingindo que não liga mais para ele e bem mal por isso. Tão mal quanto ela fingindo não estar feliz com a comeback das Spice Girls. Esta foi boa. Enquanto isso, Barney continuou a ser Barney pelo menos por grande parte do episódio, desta vez testando cantadas pouco promissoras num mercado menos interessante. Esta também foi boa. O que não foi bom foi ele recebendo um telefonema de Nora aos 48 do segundo tempo depois de uma legendary dança com Robin. Isto ficou ainda mais desnecessário com todo o flashback (ou é flashfoward? Acho que depende do referencial). Afinal de contas, alguém realmente tem dúvida que a “gravata” escolhida foi Robin?

Enquanto isto, Ted continuou sua depressão e, pensando bem, o episódio até que me convenceu que faz sentido ele ser tão mala, afinal o cara só se ferrou até aqui. O problema é que a repetição de fracassos já me cansou bastante, mas pelo menos gerou um funkzinho divertido no YouTube. Já Marshall e Lily, agora grávidos, tiveram que esconder este fato de seus amigos para não dar azar, o que rendeu alguns momentos engraçadinhos e um final de episódio bem fofinho.

O segundo episódio, “The Naked Truth”, conseguiu ser mais competente que o primeiro por usar de um humor muito do canalha e um cliffhanger bem interessante. Logo de cara, me identifiquei bastante com Marshall prometendo que nunca mais daria PT, eu já fiz isso e sei que você também. Mas a história dele tentando conquistar o emprego de seus sonhos ficou aquém do esperado, rendendo apenas a pior cena de cromaqui da história, a introdução do personagem de Matin Short (ótima escolha para participar da temporada) e um jogo bem legal chamado “Edward Mãos de Garrafa” (gostei mais do nome em português mesmo). Foi bem sacado também a narração do Ted interrompendo a explicação do jogo no meio, afinal qual pai ensinaria aquilo aos sues filhos? Uma coisa que me incomodou é a insistência em vídeos constrangedores no YouTube. Aí não roteiristas, assim vocês conseguem arruinar o que poderia ser uma boa piada.

A história de Barney com a Nora continuou desnecessária, mas foi interessante vê-lo tendo que ser honesto com ela e contando todas (na verdade nem a metade) de suas mentiras. A resolução da história até que foi bem bonitinha, mas eu não consigo enxergar o que a Nora tem demais. A personagem é bem antipática e fica tentando parecer durona e fodona.