Homeland 2x12: The Choice (Season Finale)
18.12.12
Quase felizes para sempre.
Quando In Memoriam
acabou, imaginei que o rumo a ser seguido por Homeland seria muito menos
grandioso em suas intenções. Muito mais focado em Carrie e Brody e a política dentro
da CIA. Até metade de The Choice,
parece que esse será o futuro da série até que um personagem age de uma forma
inesperada.
Quinn decide que não vai matar Brody. A mudança é
estranha, pois jamais se esperaria que a hesitação do episódio anterior se
tornasse uma relutância em cumprir uma ordem já que, embora Quinn tenha
demonstrado alguma personalidade, ele é descrito algumas vezes como um soldado
que esta ali para seguir ordens. Quando ele chega a conclusão que Brody não é
mais uma ameaça, a sensação deixada é clara: e a agora?
Toda a primeira metade do episódio é construída para
reforçar a idéia de que esta tudo bem. Brody e Carrie são mostrados felizes,
tomando decisões sobre o futuro, como um casal. Todos os momentos de
intimidades e conversas aparentemente bobas, Brody permitindo que Mike fique
com Jessica, a mudança de Quinn, tudo compõe habilmente a noção de segurança
que seria tão abruptamente destruída minutos mais tarde, e isso torna tudo muito mais impactante.
Em um instante, os roteiristas conseguiram trazer todos
os problemas de volta, potencializados. Se antes Brody era uma suspeita e
depois um aliado, agora é um terrorista confesso. Para Carrie, se no passado
poucos acreditavam nela quando dizia que deviam confiar no sargento, ainda
tinha esporadicamente algum apoio de alguém, agora apenas ela sabe (ou
acredita) da inocência de Brody, mas é quase impossível prová-la, além de ter
de lidar com o fim do breve relacionamento fracassado.
A bomba não só cria uma trama muito mais tensa para a
sequência da série com o também elimina algumas, como a de Estes e suas
tentativas de encobrir sua responsabilidade na morte das crianças, entre elas
Issa, num ataque com drones. Agora
temos uma figura muito mais interessante e complexa à frente da CIA, Saul. E Mandy
Patinkin, interprete do personagem, merece palmas por todo seu trabalho nesse
episódio. Ele consegue demonstrar todo sofrimento do personagem pelo o que
aconteceu e a preocupação dele com Carrie com uma incrível sutileza que, aliada
ao clima pesado construído pela direção, expressam todo impacto causado pelo
ataque final de Abu Nazir.
Talvez um quase final feliz seja o máximo que Homeland
possa oferecer, e isso torna a série ainda mais fascinante.
4 comentários
O episódio tava meio chato até a hora que a bomba explodiu, deu uma acordada na hora. Tava com a impressão que o episódio tava longo demais e só me liguei da duração do episódio quando acabou.
ResponderExcluirAdorei o episódio, fiquei muito surpreso quando a bomba explodiu.
ResponderExcluirMas uma coisa, eu sou o único que acha que foi o próprio Saul que armou td? Que ele é o espião dentro da CIA? É meio doido esse pensamento, mas como os roteristas de Homeland são os mesmos de 24horas...
concordo com você gustavo.....saul era na verdade o grande traidor, e eu pensando até a metade do episodio que era o quinn e por isso a razão de ter poupado o brody....agora fica a duvida se a propria carrie vai perceber isso, pois parece obvio que saul tentou elimina-la naquele cena que ele questiona se o corpo dela foi achado......ou ele a quer como aprendiz para substitui-lo seja lá o que ele faz.......o grande terrorista a frente da CIA vai ser divertido.....
ResponderExcluirEu acho que o óbvio é deixar o Saul como vilão. Mas Homeland não é uma série que entrega o óbvio. Aguardemos.
ResponderExcluirComenta, gente, é nosso sarálio!