True Blood 6x06: Don’t You Feel Me

26.7.13





A cada cena passada no complexo de “pesquisa” mantido por Sarah — sim, pois ela afinal é a grande vilã da temporada —, sou forçado a me questionar por que essa não é a única trama da série. Todos os aspectos dela são tão claramente superiores a todo o resto da série.

A ascensão de Sarah como a verdadeira vilã da temporada, por exemplo, é bem construída. No inicio ela sequer aparecia, depois vai se revelando cada vez mais manipuladora, fazendo Burrell prender a filha quando claramente estava incerto ou tentado engravidar de Jason apenas para dizer que o filho é do governador. Com ela assumindo o papel de principal antagonista dos vampiros, a morte do governador surge no momento certo, sendo suficiente para causar algum impacto, já que ele ainda era um personagem importante, mas que não deixará um vácuo na posição de vilão dessa temporada.

Outra parte importante dessa trama é o constante envilecimento das pessoas naquele complexo. E por pessoas, me refiro apenas aos humanos. Eles são apresentados sempre como criaturas vis, desprezíveis, chegando até ao caricato as vezes — a cena onde o médico injeta hep V em Nora —, enquanto os vampiros são cada vez mais as vitimas que, embora não indefesas, se vêem em uma situação cada vez mais degradante.

Apesar do exagero e do gore, em certos momentos, quase que como uma lembrança de que existe um drama real acontecendo ali, a série se permite ter sutileza, como na conversa entre Burrell e a filha, na qual ele se revela tão profundamente perdido em seu preconceito que sequer é capaz de tocá-la, ou no momento em que um vampiro se recusa a fazer sexo com Jessica apenas por perceber como ela esta assustada naquele lugar. Enquanto os humanos são cada vez mais desumanizados, os vampiros são mostrados cada vez menos como animais ferozes e cruéis e mais como pessoas capazes de sentir e, nesse caso especifico ter medo, como qualquer outro ser.

Tudo mais na série não compromete, mas tampouco ajuda. Warlow precisar de Sookie para fechar o circulo que ele descreve é interessante, mas a velocidade com que ela se entrega a ele faz tudo parecer fácil demais. Se considerarmos os eventos da série pela perspectiva de tempo dela, tudo visto até aqui em True Blood aconteceu em menos de seis meses, o que faz pensar como ela se apaixona e passa a odiar alguém tão facilmente. É difícil que qualquer relacionamento no qual ela se envolva seja percebido como algo que pode ser duradouro quando é claro que em breve ela pode estar com outro.

Terry morreu no momento em que começava a acreditar que ele podia ter algum futuro como personagem. Seria interessante ver os problemas que a solução encontrada por Arlene para salvar o marido do suicídio poderiam trazer para o casal. Será que em algum momento ela poderia se sentir culpada por apagar a memória dele? Infelizmente nunca saberemos.

Esse foi o melhor episódio dessa temporada. Se os futuros capítulos desse sexto ano continuarem investindo nas tramas certas e em melhorar aquelas que não eram tão boas, essa temporada que começou tão ruim pode encontrar um bom final.

PS: Continuo sem entender o motivo da existência da trama de Alcide e Sam. Enquanto apenas vemos sugestões do poder corrompendo Alcide, não descobrimos nada de novo sobre Sam.

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1 comentários

  1. Na verdade acho que Terry morreu na hora certa, não aguentava mais esse lenga-lenga de arrependido por ter matado o amigo desde a temporada passada, confesso que quando o vampiro apagou a memória dele e pensei que ele iria voltar a ser um bom personagem, lembrei que o atirador estava na ativa esperando para matar Terry, mas foi bom ele ter morrido agora do que a série ficar amarrando a trama de bom homem pra depois ele morrer. Quanto ao resto amei a morte do governador, a cena foi bem feita e contou com atuações realmente boas, consegui senti muita pena de Nora e apesar de acreditar na sua morte, torço pra que Eric consiga salvá-la de alguma forma. Além disso fiquei muito apreensivo com as cenas do campo, seja a de Jéssica ao mesmo tempo assustada e pronta para fazer o que eles quiserem e encontrando um vampiro mais virgem que ela, que respeitosamente se recusa a acatar as ordens de Sarah, não sei se defendo Jason e Jessica juntos, mas estou gostando dessa tentativa de salvação que todos sabem bem onde vai dar. Já Sookie, já lavei minhas mãos há muito quanto a ela, ela dá pra metade do elenco, se apaixona e desapaixona mais fácil que uma adolescente e o pior de tudo é saber que essa traminha com o Warlow vai dar onde? Em nada. Sabemos que ela não vai ficar com ele batatinha nenhuma.

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