The Voice AU 2x23: Grand Final (Season Finale)
25.7.14
A voz! E seu incrível treinador!
Um brinde a mais inconstante e surpreendente temporada do The Voice Austrália. Se alguém ainda tinha a petulância de reclamar da previsibilidade do programa, depois desse ano todos fomos convencidos de que o formato ainda te muita lenha para queimar e ainda pode nos surpreender bastante. Apesar da visível inferioridade dos candidatos em relação ao ano passado, o entretenimento manteve-se lá em cima, nos divertimos, cantamos junto, torcemos, nos emocionamos com as apresentações, e a sensação de que tudo poderia acontecer, nos manteve presos até o último episódio sedentos para saber quem seria a grande voz.
Anja Nissen sempre esteve em nossas apostas, mas nem de longe foi franca favorita como seus dois antecessores. Apesar de sua grande voz, por dois episódios a moça esteve atrás de seus adversários, e por muitos momentos nos fez duvidar se ela conseguiria chegar até o final. Podemos questionar algumas decisões do público quanto aos finalistas, mas não podemos negar que dentre os cinco finalistas, a cantora era a mais preparada. É ai que entra o fator #TEAMWILL, que teve uma grande dificuldade durante a temporada para achar qual era o real espaço dela no mercado. Depois de apresentar "Wild", alguma coisa clicou, e a partir dali percebi que a cantora estava de volta na briga, e que finalmente tinha se encontrado. Mérito de Will.I.Am. (pode me chamar de pela saco, ele é ótimo nisso) que pela segunda vez esse ano colheu os frutos de ser um ótimo treinador, e transformar uma grande voz em uma voz estrelar!
A noite começou com o dueto mais fraco de todos. Não é novidade para ninguém que Johnny Rollins foi o candidato que fez as escolhas mais seguras durante a temporada, mais ainda que ZK, e nessa final a coisa não foi muito diferente. A música de Kylie Minogue era uma escolha segura tanto para a cantora quanto para o seu pupilo, e ficou mais sem graça ainda devido ao arranjo e por ele não ter atingido nenhuma nota mais alta durante a canção. Outra coisa decepcionante é o fato de Kylie não ser nem metade da artista performática que ela era, e ter passado a temporada toda se apresentando com essas roupas de senhorinha. Triste.
A segunda apresentação de times da noite não foi nem um dueto nem um trio, mas sim um quarteto! #TEAMWILL se destacou durante toda a temporada por ser diferente e inovador em todos os aspectos, foi o time com as escolhas musicais mais ousadas, com os perfis artísticos mais diversificados e aonde a individualidade de cada um aflorou. A apresentação do grupo na final, não só teve todo o significado citado por Will.I.Am., que o remetia ao inicio de sua carreira, mas também fechou um ciclo, mostrando o quão excepcionais são seus artistas. Infelizmente ZK deu aquele belo tiro no pé semana passada com "Don't Stop Believing" e deixou o caminho aberto para que Anja Nissen pudesse correr em direção ao título.
Antes de continuarem as apresentações por times tivemos o contagiante som da Sheppard com a chiclete "Geronimo". Achei muito bacana em plena final, o The Voice Australia estar dando a oportunidade para um artista local, em ascensão se apresentar. Espero que a banda consiga atingir a projeção mundial que merecem, o som deles é realmente muito bacana. Foi muito legal também o vocalista dedicando a música ao Isaac McGovern. Tirando a apresentação inicial dos treinadores, que achei terrível, todos os outros atos extras da noite, deixaram a mesma super agradável. "Say Geronimo!" Viciante!
Fiquei com muitas dúvidas sobre o dueto de Rick Martin com Jackson Thomas. Ao mesmo tempo que a música caiu como uma luva para o personagem de Jackson e para o seu tom de voz, Rick Martin tem o poder de deixar qualquer coisa que canta brega. Não sei porque, ele apenas é assim, datado. Enquanto Jackson Thomas investia em todo o seu personagem cool e fazia ótima acréscimos a música, o treinador deixava a apresentação super constrangedora com sua coreografia "intensa". Isso por um lado foi bom, porque os holofotes ficaram voltados para Jackson, e por outro nem tanto, a apresentação poderia ter sido bem melhor.
A melhor apresentação novamente ficou para o final! Pela segunda semana consecutiva #TEAMJOEL fez um ótimo trabalho, e adivinhem?! Joel Madden cantou bem dessa vez. Parece que depois do fiasco do ano passado ao lado de Danny Ross, o treinador resolveu fazer o dever de casa e nos entregou uma ótima performance ao lado de Frank Lakoudis. Por todos esses motivos, e por Frank ser um dos melhores finalistas, que eu fiquei com a mesma cara de Joel quando descobri que novamente o seu candidato não figuraria no Top3. Está certo que critiquei o time a temporada inteira e disse que iria ficar em último lugar, mas dado aos últimos eventos, o samba em que o programa se tornou, cheguei a final com esperanças de que o #TEAMJOEL pudesse ir mais à frente! #LAKOUDISFOREVER! Esse deixará história no programa.
Antes de começar a falar sobre as apresentações individuais do Top3, apenas queria perguntar o que foi essa apresentação do Will.I.Am.? Sério, estou confuso até agora! Muito Mindfuck! Que o cara não canta nada agente sabe, agora que esse tipo de produção é trabalho de um gênio, isso também não podemos negar. Alguém por favor me explica quem era o verdadeiro Will? Esse Cody Wise é bem bonzinho viu, e essa música tem um refrão bem grudento como qualquer coisa que Will.I.Am. produz... Vejo futuro!
Johnny Rollins ficou com o terceiro lugar e nos levou de volta para antes dos Live Shows, que para mim foi sua melhor fase no programa, ao som de "Beneath Your Beautiful". Ficou perfeito, se sua blind já tinha sido boa, essa apresentação ficou melhor ainda. Acontece que no caso de Johnny não tem muito o que errar, afinal, o cantor não se arriscou uma única vez durante toda a competição. Semana passada, pela maioria dos candidatos não ter ido tão bem, eu realmente achei que Johnny tinha grandes chances de abocanhar o título, mas a justiça foi feita. Quem não arrisca não petisca, e #TEAMKYLIE ficou com a medalha de bronze.
Se a temporada foi repleta de surpresas, a maior delas sem dúvida alguma foi Jackson Thomas. Contra todas as apostas e expectativas, o cantor perdeu sua batalha, estabeleceu seu lugar em um time novo, e destronou uma equipe de monstros da competição. Dos quatro candidatos do #TEAMRICK que chegaram aos Live Shows Jackson foi o único que eu não esperava, muito menos ser um dos finalista, que dirá segundo lugar. Realmente tiro o meu chapéu, o que esse rapaz fez essa temporada, provou mais do que nunca que não existem francos favoritos, existem grandes momentos na competição! E sempre existe o samba!
E por fim ela, de franca favorita à último lugar da equipe, de wild card à campeã! A trajetória de Anja Nissen não a das mais estáveis no programa, mas desde o começo nós sabíamos claramente que ela era um dos artistas que poderia abocanhar o caneco. Em uma temporada de tantos desentendimentos e segundas opiniões, Anja Nissen veio para encerrar a discussão e ser a campeã mais unânime que poderíamos ter a essa altura do campeonato. Apesar de passar a maior parte dos Live Shows ofuscada por ZK, Anja retornou a sua fase mais forte na competição ao som de "When Love Takes Over", e provou porque apesar de tudo ainda merecia ser a campeã da terceira temporada do The Voice Austrália! Parabéns Anja Nissen!
No mais é isso meus caros, a terceira temporada do The Voice Austrália chega ao final com gosto de imperfeição. O que de forma alguma é ruim, estamos sendo reeducados a aceitar candidatos diferentes, ousados, diversificados. Aquele molde de finalista classudos que o programa consolidou ano passado já não existe mais, e é hora de reeducarmos nosso paladar musical, a propósito, eu compraria muito mais álbuns de artistas desse ano, que do ano passado. Ganhou não quem fez a campanha mais estável, mas sim quem soube agir sob pressão e surpreender nas horas em que mais precisava. Apesar de ter apenas 18 anos, Anja Nissen mostrou de toda a força que é feita e levou o troféu para casa.
À todos que acompanharam durante esses três anos todas as minhas reviews de The Voice aqui no seriadores, ou até mesmo de outras séries, me despeço sendo essa a minha última review nesse espaço sambístico. Obrigado por todos os comentários, todos os feedbacks, escrever para o Seriadores Anônimos foi uma das melhores coisas da minha vida, e escrever sobre os The Voice US, UK e AU me completou como Blogger e fã de televisão. Um grande abraço à todos que aqui acompanham e até a próxima. #TEAMWILL!!
1 comentários
Como assim você não vai mais fazer reviews? D: Assistir The Voice sem ler seus textos logo depois ñ tem graça =/
ResponderExcluirComenta, gente, é nosso sarálio!