House 7x05: Unplanned Parenthood

21.10.10


E não é que só melhora?


Assim que a 7º temporada começou, eu fiz questão de deixar claro que tinha fé no caminho que a série havia decidido seguir, e que apostar no relacionamento de House e Cuddy era talvez a última grande chance de achar um oásis em meio ao deserto criativo das últimas temporadas. É mais que óbvio, pelo menos pra mim, que a temporada começou a seguir uma cronologia com base nesse relacionamento, ou seja, quanto mais maduro o relacionamento fica, mais a temporada se torna consistente. E Unplanned Parenthood é isso, a definição da deliciosa consistência dessa temporada que a partir de agora já não promete mais nada, simplesmente cumpre.

Fazia tempo que o Princeton-Plainsboro não via um caso tão bom e complexo quanto o caso dessa semana. Foi inegavelmente inesperado e surpreendente. Primeiro, porque são raras as vezes em que House aceita tratar de um bebê, ainda mais um bebê de apenas oito horas de vida. Segundo, porque poderíamos suspeitar de tudo e de todos, desde o comportamento estranho da irmã mais velha, até quem diria, do comportamento da própria mãe (Jennifer Grey de Dirty Dancing). Cheguei inacreditavelmente a suspeitar de lúpus (e nunca é lúpus, nunca), mais com certeza em nenhum momento suspeitei que seriam não um, e sim dois tipos de cânceres diferentes. E essa foi apenas a parte inesperada do caso, a parte surpreendente foi o fato de que justamente a combinação entre esses cânceres era o que mantinha tanto mãe, quanto filha vivas. Se tratar o bebê com o sangue contaminado foi um mero tiro às cegas que acabou por acertar em cheio o alvo, a morte da mãe por embolia pulmonar, apesar das escolhas por ela tomadas, pode ser considerada apenas como um toque do destino. Sem mais, faço minhas as palavras de Taub ao dizer: ''Caso incrível''.

E se um caso desses já me deixa sorrindo, a mais que esperada volta da parceria House e Wilson me deixa simplesmente em estado de graça. Com a temporada focada no relacionamento entre House e Cuddy, já era esperado que Wilson perdesse um pouco da atenção do doutor, e justamente por isso, momentos como o desse episódio devem ser muito bem apreciados. Apesar dos sempre geniais e recorrentes diálogos entre os dois, e de algumas cenas inevitavelmente hilárias aqui e ali, o que realmente sempre me fez feliz nessa história toda é a equação: House + Wilson + plano doentio = riso garantido. E quando um aterrorizado House liga para Wilson, após sofrer um choque de realidade que o fez entender as responsabilidades que implicariam cuidar da filha de Cuddy, a única certeza que tive era que essa equação estava prestes a ser testada novamente. Bom, pelo menos a certeza de que o resultado dessa equação é mais que correto nós já temos, pois qual outra dupla consegue começar uma insana odisseia por um motivo tão louco quanto uma moeda desaparecida, e acabar utilizando imãs de geladeira e ''monitoramento de cocô'' como métodos para encontrá-la? Eu acho muito engraçado ver House, em meio a tudo isso, mudar dissimuladamente sua personalidade conforme a pessoa com quem lida, pois ao mesmo tempo que consegue ser todo amável e compreensivo com Cuddy, com Wilson ele simplesmente se reserva ao direito de ser ele mesmo, o médico insano e egoísta de sempre. É, e quem diria que o toque de gênio dessa história toda ficaria por conta de quem menos esperávamos: Rachel. Que após muito laxante, nenhuma moeda e alguns cálculos, fez com que os doutores respirassem aliviados pensando que tudo não havia passado de um engano, e então em meio a madrugada simplesmente revelou a sua mãe não somente uma moeda em sua fralda, como o nome do culpado por ela estar ali: House. Foi uma volta em grande estilo, eu ri e muito.

Pra não dizer que não falei das flores... Foreman e Taub tiveram suas chances para escolher uma nova médica e o processo foi basicamente o mesmo da semana passada: as garotas entram, são insultadas e vão embora. A escolhida por Taub, que aliás durou infinitamente mais que a escolhida por Foreman, era Keiko Agena (Lane de Gilmore Girls). Que só não ficou pra ser mais insultada, humilhada e posteriormente demitida, porque na verdade nem chegou a aceitar o cargo. Mais tudo bem, porque algo me diz (a Fox) que semana que vem alguém (Amber Tamblyn) finalmente ocupará esse posto.

É visível em meus textos, minha empolgação com House. Até porque, verdade seja dita, a série por enquanto está cumprindo o que prometeu. Claro que toda série tem seus altos e baixos, e com House não é diferente. Eu não sei o que David Shore & Cia planejam para o futuro, se eles planejam manter esse relacionamento de House e Cuddy, ou se planejam trazer o Vicodim de volta a vida do doutor... eu sei lá, só eles sabem. Agora, se eu acho que episódios ruins virão nessa temporada? Eu não acho, eu tenho certeza. Só que enquanto House continuar apresentando os bons, eu continuarei rasgando elogios. Ou seja, House continua sensacional.

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1 comentários

  1. Luan, concordo com vc!
    amo a série e sempre tenho minhas apostas sobre o q vem a seguir.
    acho inevitável mesmo q o relacionamento não seja interrompido. mesmo q momentaneamente.
    enfim, é esperar pra ver.
    e aproveitar a qualidade da série.
    beijos e continue o bom trabalho =)

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