The Good Wife 2x16: Great Firewall

4.3.11



Great Firewall foi o melhor episódio da temporada, graças a uma reunião harmônica dos vários elementos e tramas que constituem essa série, onde todos estiveram perfeitos.

O melhor desse episodio é que este reuniu o clímax de duas tramas excelentes que já duravam desde o inicio da segunda temporada. Numa das tramas, há o duelo de Glenn contra Peter e na outra, a briga entre os sócios da Lockhart/Gardner.

Esperava que o duelo entre Peter e Glenn durasse mais tempo, entretanto, mesmo que esse tenha recebido um final abrupto — muito foi aparentemente deixado para trás, como as insinuações de que Glenn tivesse envolvido com a prisão de Peter, por exemplo — as circunstancias que levaram a esse final foram bem construídas.

Desde a cena que abre o episódio, no debate, onde Glenn diz a frase que o levará a abandonar a candidatura, quando é descoberto que ele também empregou uma babá ilegal, até sua conversa final com Peter, o desenvolvimento é coerente, inclusive utilizando uma informação de episódios passados — as fotos do filho de Glenn —, que demonstra uma preocupação dos roteiristas em manter as história bem amarrada.

Mas nem só da briga pelo cargo de promotor vive The Good Wife. A disputa dentro da Lockhart/Gardner teve seu resultado mantido muito bem em segredo pelos roteiristas. Fazer com que Julius aparentemente traísse seus aliados contra Bond funcionou perfeitamente como um meio de segurar a tensão quanto ao resultado da votação dos sócios ao fim do episódio.

Essa enorme interrogação que pairou sobre qual seria o resultado da votação dos sócios criou um excelente clímax afinal, até o momento em que Julius não levanta a mão, enganando Bond, era difícil prever quem venceria. Por um momento, pensei como seria interessante caso os roteiristas decidissem que Bond venceria. Como seria o futuro da série se isso acontecesse — mas essa idéia não é relevante, já que não aconteceu, estou apenas divagando.

O caso da semana trouxe um paralelo óbvio com acontecimentos reais, e isso sempre enriquece um roteiro. Incluir esses elementos — política na China, protestos no Egito —, mesmo que eles sejam pequenos detalhes, mostram o interesse daqueles que comandam a série de que essa não seja alienada do mundo ao seu redor, incorporando um pouco de realidade a ficção. Melhor ainda, The Good Wife o faz sem ser piegas ou escolher um lado, já que de certo modo contrabalança o aparente ‘bom-mocismo’ de Will e Diane ao defender o pobre dissidente chinês torturado ao revelar que eles tinham outros interesses no caso.

Em meio a isso, gosto sempre de destacar como os roteiristas jamais deixam Alicia cair no clichê de ser a personagem que luta sempre pelo o que ela acredita correto. Mesmo que ela questione Will sobre seus motivos para defender o dissidente chinês, e que não fique feliz com a resposta que ouve — isso sempre fica claro, em grande parte, graças a interpretação da Julianna Marguiles — ela jamais deixa de cumprir seu trabalho, ainda que insatisfeita.

Duas tramas que estiveram presente desde o inicio da temporada se encerraram e nesse momento é difícil imaginar o que os próximos episódios trarão — exceto é claro, pela conclusão da corrida ao cargo de promotor entre Wendy e Peter —mas pelo que a segunda temporada mostrou até agora, é certo de que excelentes tramas novas virão.

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