Grey's Anatomy 7x22 (Season Finale): Unaccompanied Minor

23.5.11


A Season Finale mais calma de toda Grey’s Anatomy.
Grandes tragédias e fortes emoções. É sempre assim que eu descrevo os finais de temporada em Grey’s Anatomy, mas agora isso mudou. Pela primeira vez enfrentamos um estilo diferente, menos atribulado e, portanto, irreconhecível, diante de cada lágrima que já derrubamos ao longo de sete anos.
Estamos acostumados a outro tipo de coisa. Estamos acostumados ao arrebatamento, ao choque, àquela vontade louca de ver os meses voando para que a nova temporada comece. Dessa vez, não me sinto assim. Não sei é bom ou ruim, mas é muito estranho não estar desesperada para ver como as coisas vão ficar. Certamente eu não esperava por isso e mesmo que eu tenha achado o episódio bom, não sou capaz de dizer que ele tenha sido bom para fechar a temporada.
Não sei exatamente o que esperar, mas continuo firmemente apegada à Grey’s Anatomy. O ano foi bom no geral, mas nada próximo da excelência que já vimos antigamente. Tivemos momentos marcantes, polêmicas, musicais. Shonda Rhimes continua fazendo de tudo e mexendo com nossas emoções, mesmo que seja só para despertar nossa raiva.
Quando analiso mais friamente tudo o que aconteceu, eu vejo um episódio cabível no andamento da trama, mas nos finais, eu quero mais. Muito mais. De qualquer forma, esse é o final que temos e ele traz muitas possibilidades para o oitavo ano da série.
Para começar, temos toda a situação de Meredith, no meio de uma crise profissional, com o casamento em risco e um bebê recém adotado. É para testar os limites de qualquer um. O interessante é que podemos ver aqui aquela volta da personagem, que tanto temos comentado. Meredith perdeu o título de protagonista há algum tempo e mesmo que as atenções se dividam, ela voltou a estar sob os holofotes. Para mim, é um bom sinal. Eu vejo aí algo de que reclamamos: o amadurecimento. Era sempre aquele drama super depressivo envolvendo a personagem, tanto que chegamos (muitos de nós, acredito) a odiá-la. Agora ela está diferente pela bem da nossa sanidade mental. Derek continua estacionado. Sem grandes plots ou destaques, mas vamos esperar. Quem sabe no ano que vem?
Sobre a denúncia de Karev, não sou capaz de condená-lo. Sim, ele falou o que sabia pelos motivos errados, mas continuo acreditando que eticamente, ele precisa se posicionar. A cena em que Lucy quer que Karev lhe implore para ficar foi nada além de patética e desnecessária. Não entendi muito bem a atitude do Chief, que se sentiu responsável por pressionar Meredith, mas tudo bem. Foi uma boa saída para evitar que ela fosse demitida do Seattle Grace Mercy Death.
Depois de todo esse imbróglio, estava óbvio que a chefia dos residentes acabaria nas mãos de Kepner, mas confesso não estar interessada nos problemas e dramas que isso pode gerar no futuro, porque honestamente? Eu não sou muito fã da personagem. Nunca serei. Coloco a Drª Teddy no mesmo patamar. Eu adoro Scott Foley, mas por causa dele a médica mais inútil de todo o elenco não vai embora nunca mais. SOCORRO. Alguém precisa tirar a Teddy de Grey’s Anatomy para ontem.
O que me deixa louca da vida é a enrolação Lexie- Sloan. Eu sempre quis vê-los juntos, mas não aguento mais essa coisa “não fode e não sai de cima”. Fiquei meio perplexa com Sloan “dando” Lexie para Avery. Como assim? No lugar dela eu ficaria louca da vida, ainda mais porque Sloan abriu mão, mas é incapaz de se afastar, apoiando sua decisão na esperança de que ela se mantenha distante por si só. Muito bizarro.
O que mais impressionou, no entanto, foi Cristina. As performances de Sandra Oh são sempre pontuais e ela, mais uma vez, mostrou porque é a mais querida pelos fãs da série. Cristina passou um ano e tanto. Deus nos livre daquela fase mela-cueca pós traumática novamente, porém, tenho notado que seu egoísmo voltou com tudo. Na verdade, no caso da gravidez, lidamos com dois egoístas. Tanto ela quanto Owen não são capazes de abrir mão, de ceder em nome do outro. Nessas horas o casamento só pode ficar em xeque mesmo e o fim do relacionamento é a consequência mais provável. Cá entre nós, digo desde já, aposto que Cristina terá o primeiro bebê asiático ruivo. Mas é claro, essa é apenas uma impressão minha.
Devo ainda dizer que se fiquei feliz com toda a atenção que tivemos para Callie e Arizona (elas sumiram nessa Finale, mas tudo bem), o escanteio em que Baley foi colocada é algo que me incomoda demais. Uma atriz como Chandra Wilson deixada de lado e subordinada a cenas bobas e sem importância é um crime. Gostaria de ver essa mudança no próximo ano.
Para terminar, quero apenas comentar a história da queda do avião que deixou a desejar e foi um tanto frustrante. Creio que todos – e não apenas eu- esperávamos que o episódio se movimentasse intensamente a partir daí. A intenção de emocionar justamente pela falta de ação, já que todos os “pacientes” morreram antes de poder ser assim chamados, falhou completamente. No entanto, é preciso elogiar o trabalho dos figurantes, dos parentes das vítimas do acidente, que estavam muito bem e conseguiram passar a dor da perda numa situação dessas. O único momento em que senti um nó na garganta foi aquele em que todos decidem ficar para dar apóia à menininha sobrevivente. Foi um momento com a marca registrada de Shondaland, mas a falta de apega a todo o resto estragou o resultado geral. No final da oitava temporada quero, mais uma vez, poder descrever o episódio com fortes emoções e grandes tragédias. Vejo vocês por lá!

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