O fim do legado de Tom Welling na The CW.

Não. Essa não é uma review sobre Smallville, mas eu não poderia perder a oportunidade fazer minha última piada com a renomada ‘Tom Welling Productions’, responsável pelo incrível sucesso de Hellcats, ao longo desses vinte e dois episódios.

Verdade seja dita, eu não esperava absolutamente nada da série, me surpreendi com seu começo, me animei e aí... Vocês já sabem. O tom filler dos episódios logo na primeira temporada era uma amostra clara de que Hellcats era insustentável. Não havia material sequer para começar a série, quem dirá para ir além do que já vimos. Por isso, não lamento que a tenham cancelado. Me diverti em muitos momentos, é claro. Hellcats teve bons momentos em seu inicio e creio que a série tenha caminhado a contento pelo menos até a metade. Depois degringolou e atribuo esse problema ao fato de que a produção inicialmente deveria ser de apenas 13 episódios.

Como era de se esperar, Hellcats terminou deixando ganchos, mas cá entre nós, nenhum deles interessante o suficiente para me fazer sentir o cancelamento. Nunca me interessei pela história de Marti em busca do pai e como pudemos até ver a cara do dito cujo nos momentos finais, me dou por satisfeita. O engraçado é que depois de todo aquele drama com Deirdre, Marti sai alucinada em sua bicicleta e eu era capaz de jurar que a cena final seria a de Marti atropelada. Acho que seria lindo. Um jeito forte de encerrar a série com a suposta morte da protagonista. A versão sangrenta teria sido remotamente interessante.

Fiquei um pouco incomodada com o fato de que mais de vinte minutos do episódio não serviram para nada. Foi apenas enrolação e mais enrolação até a competição nacional e a coisa só começou a ficar interessante quando Nasty Katy prende Lewis no banheiro. Ri feito louca ao ver um homem daquele tamanho tentando usar métodos bobos para escapar do banheiro. Qualquer um (homem ou mulher) tentaria derrubar aquela porta na base da bordoada, mas não Lewis. Sempre racional e educado, ele desmonta um vaso sanitário e usa um pedacinho de metal para abrir janelas lacradas. Patético.

Tentei ainda me compadecer do drama das cheerleaders, mas só tive pena mesmo de Verdurinha, que foi a personagem mais marcante de toda a série e estava ali, sem poder dar suas piruetas por causa de um vírus de gripe suína ou doença da vaca louca.

O parto de Charlotte foi tão emocionante quanto zumbido de pernilongo, mas pelo menos Savannah passaria a bola de capitã para nossa amada Verdurinha, que faria loucuras mil, se Hellcats fossem em frente.

Ainda estou aqui “muito chocada” com a situação de Vanessa. Uma linda lição de moral sobre adultério, que pode sim, te deixar sem emprego. Melhor não arriscar. Depois, toda aquela coisa de união, amizade, esporte e integração não colou. Ficaram tentando mostrar que o importante não é competir, mas estar entre amigos e amar o que se faz, mas sei lá. Eu esperava mais, com certeza.

A completa falta de reviravoltas românticas nessa Series Finale também é uma amostra de que os roteiristas da série nunca souberam lidar com o material que tinham em mãos. Série para público jovem sem um casal forte ou algo potencial nesse sentido, não sobrevive mesmo. Dan e Savannah (PsicoTisdale vai deixar saudade?) se resolveram cedo demais. A tensão entre Dan e Marti desapareceu e nunca tivemos figuras masculinas fortes na trama.

Além disso, o objetivo de mostrar o submundo dos esportes na faculdade se perdeu quando encerraram um dos arcos principais logo antes do hiato. Desde então temos esperado pacientemente que Hellcats nos mostre algo além de meninas de minissaia, pulando e fazendo coreografias, porque afinal, nós aceitamos muito bem a premissa da série e a assistimos até aqui nos divertindo (ou pelo menos tentando) com tudo isso. Talvez, se Hellcats tivesse cumprido seu planejamento inicial, seria possível partir para uma temporada completa. Infelizmente (ou felizmente), não foi o caso. Não deu.

Obrigada a todos pela companhia ao longo dessa temporada, nos vemos por aí, porque a Família CW, continua!