The Big C 2x02: Musical Chairs

7.7.11


Uma verdadeira dança das cadeiras.

Essa semana, “The Big C” tocou num ponto complicado sobre o câncer: a morte. Por mais que essa seja a única certeza que nós temos na vida, para quem tem câncer ela é ainda mais certa e imediata. De fato, é difícil para Cathy ter que lidar com a morte, principalmente quando as pessoas ao seu redor não a deixam esquecer disso.

A sequência inicial, com Cathy voltando para a escola e sendo recebida por olhares piedosos e alunos vendendo bolinhos para arrecadar fundos para ela, exemplificou bem isso. Pelo menos ela lidou com a situação com o humor ácido e a língua afiada de sempre, e que são alguns dos motivos pelos quais eu gosto tanto da personagem. E por falar em personagens que eu gosto, vale mencionar o retorno da sempre sincera Andrea (Gabourey Sidibe), cuja química com Cathy salta aos olhos.

Adam também teve uma recepção parecida com a da mãe, e, por mais que eu não goste do personagem, sei que ele está passando por uma barra. Se bem que ele não parecia muito sofrido ao receber o bolagato no porão, mas tudo bem...

Quem não está fazendo muito para ajudar Cathy é Rebecca, que parece só estar esperando pela morte dela, e deixou isso claro quando decidiu dar o chá de bebê adiantado, enquanto Cathy ainda está viva, mas principalmente ao anunciar que quer colocar o nome da amiga na filha. Por mais que tenha sido uma homenagem, para Cathy foi como se ela estivesse sendo substituída, assim como Adam se sentiu substituído quando a mãe quis dar seu brinquedo para o futuro bebê de Rebecca.

E foi aí que eu percebi o real tema desse episódio: ser substituído. Cathy conseguiu o tão desejado lugar no tratamento do Dr. Sherman, mas a que preço? Substituindo uma pessoa morta. Na verdade, assim que a mulher entregou a moeda para Cathy, eu já imaginei que ela fosse morrer. É compreensível que Cathy tenha ficado arrependida, afinal ela meio que “desejou” a morte da mulher. Mas é como o médico disse: as pessoas morrem, e alguém vem para ocupar seu lugar. A vida é assim, uma verdadeira dança das cadeiras – e Cathy descobriu isso de uma forma bem difícil.

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