Spartacus - Blood and Sand: Season 1

21.7.11

 
"Spartacus: Blood and Sand" é um apelo à sua luxúria por sede de sangue e a outra luxúria mais comum: sexo. Qualquer um que tenha um problema com a violência, nudez, sexo, palavrões ou qualquer outra coisa digna de Rated-R, deve parar agora. Criado por Steven S. DeKnight, estreiou em janeiro de 2010 em um pequeno canal por assinatura dos EUA, Starz.

A série é vagamente baseada no pouco que se sabe sobre o guerreiro Spartacus antes de seu papel na Guerra do Gladiador contra a República Romana. É uma história de origem de um super-herói definido na Roma Antiga, se você achar melhor. Spartacus (Andy Whitfield) é um homem livre que cruza com um líder de um exército romano errado, é separado de sua esposa Sura (Erin Cummings) e condenado a morrer pela mão de gladiadores. Quando ele venceu todos os quatro de seus adversários, no entanto, um dono de um ambicioso ludus (escola de gladiadores) decide comprá-lo na esperança de transformar Spartacus em um bem-sucedido e lucrativo lutador.

A série inicialmente se sente como uma homenagem e uma tentativa de superar "300". Além de usar tecnologia de tela verde, "Spartacus" abraça os mais primórdios comportamentos: violência e sexo. O primeiro episódio se mantém em um ritmo acelerado: Abre com uma luta de gladiadores, move-se para uma cena de sexo em seis minutos, segue com uma grande batalha, uma luta do punho, cenas de sexo e mais dois ...bem, você sabe como é. Se lutas fossem orgias, "Spartacus" é o lugar para todas elas. Tudo nas lutas é exagerado ao extremo, dando total veracidade ao que é proposto. Aquela tecnologia super moderna usada em "300", aqui, é pré-Jurrasic Park.

Algumas cenas são tão fortes que me fizeram revirar o estômago algumas vezes e vomitar mais cedo do que o normal. De certa forma, isso ajuda os telespectadores se identificarem mais com os romanos que afluíram para as arenas para assistir as lutas desumanas dos gladiadores. Os guerreiros são tonificados, andando com cara de machão, com o menor figurino da TV além das strippers de "Las Vegas", pedaços talentosos e gostosos de carne andando por aí, preparados para mandar tudo para um açougue. Você sabe, entretenimento.
 
Whitfield tem todos os bens para fazer um Spartacus admirável. Fisicamente, ele é crível como um lutador sexy, corajoso e ágil. A humildade e humor em sua atuação dá à Spartacus a dose de humanidade que precisamos para nos identificarmos com ele, um herói. Ele possui uma força bastante tranquila.

Os personagens foram bem construídos, até os coadjuvantes, que às vezes aparecem só para exibirem o físico. Praticamente todos naquela série são duas caras, e sinceramente, até três caras. A história começa forte nos dois primeiros episódios mas se perde um pouco a partir do terceiro e volta no seu rumo no sétimo. Nada para se preocupar... a qualidade da série continua altíssima, porém, o roteiro se torna escasso e as vezes, desnecessário. Haverá sexo, e como! Em um só episódio de 56 minutos, provavelmente 20 são só de cenas de sexo. E não são cenas de sexo normais, como geralmente acontecem em outros programas bastante quentes: aqui, a nudez frontal acontece, tanto nas mulheres.. como nos homens.

Eventualmente, a série abre caminho para o enredo apenas o suficiente para dar aos nossos pobres olhos um breve descanso. Há um pouco de manobras políticas, rivalidades ferozes, o exame da escravidão versus livre arbítrio, ludus, trotes e até mesmo romance. Na verdade, o coração da série é que Spartacus deseja recuperar sua esposa, e por isso ele deve se tornar um gladiador lendário para ganhar vantagens com seu dono. Mas todo mundo já sabe como acaba.


Alguns pontos devem ser destacados: Foi necessária a transformação de Spartacus para um guerreiro frio e calculista, algo que ele não era no começo. Antes, ele se importava somente com uma coisa, e não aceitava de forma alguma, ser um 'escravo'. O seu dono percebeu o tanto de potencial que ele possuía, mas quem duvidava que  Sura apareceria já a quase sete palmos da terra? Crixus é outro que possui um orgulho idiota e por isso eu o coloquei como pior personagem. A atuação não foi convincente o suficente para me fazer importar quando ele levava chicotadas, e sinceramente? Podia ter matado ele logo. Achei engraçado também, a eterna Xena (Lucretia) não ter pensado direito em toda a situação e, além de tudo, achar que seu marido era tão burro a ponto de não perceber que o motivo pelo qual ela ficava com bom humor pela manhã era porque na noite anterior, sempre havia um enorme coito com seu escravo.
Essa história de escravo se apaixonando por pessoas proibidas é totalmente clichê, mas aqui, deu bastante certo. Eu gostaria muito que o Spartacus, ainda nessa temporada, tivesse finalmente aceitado o corpo de Mira e aproveitado o momento naquela celinha dele. Não posso deixar de comentar como foi triste a saída de Varro da série: morto pelo melhor amigo, ou melhor, seu próprio irmão. E tudo por causa de uma criança que gostou de ter sido deflorado pela loira-piranha, que ainda ficou pulando pra lá e pra cá, trepando com Spartacus (Ela gostou daquilo, eu tenho certeza). Mas aquela cena após o coito interrompido foi bastante tensa e mostrou que piranha, ela só é na cama.
Eu possuia bastante simpatia por Lucreia no começo, e no final, quando ela percebeu o tanto que o seu marido era vingativo e velho. Ela possui muito tesão dentro dela e duvido que aquele escravo ia aguenta-la por mais uma temporada. Eu percebi que a mulher de Varro era bonita, mas precisava colocar ela lá dentro da villa para fazer nada? Só serviu para usar uma roupa bonita no final enquanto matava uma criança de 15 anos.
Pelo fato de que o primeiro episódio se passar em vários cenários o resto da temporada sempre era em um lugar só, fez a série ficar meio monótona em relação ao cenário. Porém, eles conseguiram diminuir o meu sono, com muita violência e bastante sexo.
Enfim, o canal Starz apostou bastante nessa nova série: as filmagens foram na Nova Zelândia, com orçamento multimilionário. Durante os 13 episódios, não dá para perceber que, na verdade, a maioria das cenas foram feitas em tela verde. Infelizmente, não aconteceu uma segunda temporada, pelo estado de saúde do protagonista. Dessa forma, foi feito um pre-quel de Spartacus, intitulado "Spartacus: Gods Of The Arena". Agora, foi confirmado que haverá uma segunda temporada, com um novo Spartacus. Espero que esse novo consiga chegar a altura do antigo. A série é a melhor série histórica da atualidade. Eu me apaixonei pela série e acho que você vai também.

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1 comentários

  1. Orçamento multimilionário?!?!?!
    Kct!!!! Gastaram em que???? Os 2 unicos cenarios usados eram o "ludus" e a arena?!?!?huahuahau...tb não podem por a culpa de gastos com o figurino....
    Deve ter tido algum politico brasileiro na produção superfaturanndo...

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