Palmas para Shonda Rhimes. E palmas para Ellen Pompeo.

Que Premiere boa esta de Grey’s Anatomy, hein? Eu faço parte do grupo de pessoas que gostou do que viu na última temporada e em sua finale, mas acredito que Shonda tenha acertado ainda mais a mão no início desta oitava temporada com uma nova tormenta para os médicos do Seatle Grace-Mercy West Hospital. Depois de 7 anos, a série vem mostrando que consegue se reinventar, fazer episódios diferentes e nos entregar novas dinâmicas.

A minha empolgação é grande principalmente porque Meredith finalmente voltou a ser protagonista. Depois de um tempinho, deitada, lendo, madura e sensata, a personagem parece ter conflitos interessantes de novo, sem que sua evolução e amadurecimento sejam descartados. Isto tudo somada a uma competente performance de Ellen Pompeo rendeu um ótimo e emocionante episódio capaz de levar uma pessoa sem coração como eu às lágrimas. Um dos méritos desta Premiere foi orquestrar muito 3 tramas, a demissão de Meredith, o aborto de Christina e a rejeição de todos ao Karev, sendo que tudo se encaixou no final de forma perfeita.

Muita coisa aconteceu neste episódio, a começar por Meredith ser demitida. Ao perceber que sua atual situação, sem emprego e sem marido, poderia fazê-la perder Zolla (fofinha), ela resolveu fazer uma loucura, bancando a Nazaré e “roubando” a menininha. Sempre fui um simpatizante de Meredith mas Derek é um personagem que não me desce em muitos momentos. Ele até é legal de vez em quando, mas costuma julgar demais as atitudes das pessoas e ser radical demais ao puni-las. Sua insensibilidade durante a maioria do episódio me deixou bem puto e com dó de Meredith.

Não teve como não se emocionar com a personagem apelando ao Hunt e explicando para ele o quão Christina é parecida com o que sua mãe foi no passado e como seria injusto cobrar um amor tão grande dela que só tem olhos para a cirurgia. É impressionante a capacidade de Shonda de intrincar as tramas e deixar tudo redondinho e coerente mesmo depois de tanto tempo de série.

Outro momento especial foi a realização do Gunther. Não, não estou falando do cara loiro que servia café em Friends não. Estou falando do procedimento em que apenas os residentes deveriam operar um paciente com o objetivo de estimular o trabalho em equipe e a liderança. Foi bem divertido ver Christina e Karev brigando feito loucos e depois ela quase matando o literalmente para depois salvá-lo.

A conclusão de tudo foi bem sentimental, primeiro o Chief resolveu levar a culpa por Meredith com o objetivo de não fazê-la perder Zolla, depois a assistente social levou a menina embora mesmo assim, deixando Meredith arrasada e sendo consolada por Karev. Ainda tivemos Hunt finalmente aceitando Christina da maneira que ela sempre foi e a apoiando no aborto e o Chief ligando para a sua esquecida amada.

Outro destaque com certeza foi o caótico primeiro dia de Kepner como Residente Chefe e a Bailey, que me pareceu irritada demais me fazendo recordar os momentos em ela era conhecida como The Nazi. Já a implicância de Sloan por Avery é algo completamente repetitivo e desnecessário. E olha que neste episódio nem a Arizona me irritou, muito pelo contrário, achei bem bonito ela mandando o Karev se cuidar porque quando ninguém importa com ele ela é obrigada a se importar. Mas que foi brega aquela cena dela, do Sloan e da Callie saindo para ir ver a filhinha ninguém pode negar.

Que episódio bom, que me deixa empolgado para a temporada e que me faz manter a confiança na titia Shonda.