House 8x07: Dead & Buried
24.11.11
Uma overdose de House como nos velhos tempos.
Para comentar sobre esse episódio, preciso fazer um pequeno retrocesso. Prometo que será rápido!
Desde que House e Cuddy deram sinais de que ficariam juntos,
apesar de achar o casal muito bonitinho e torcer por eles (quase morri do
coração na season finale da 6ª temporada!), sempre tive consciência de que isso
poderia prejudicar o personagem, e de certa forma prejudicou. House tornou-se
um tanto quanto melodramático, à sua maneira, claro, mas cheguei a ouvir
comentários de que ele estava se transformando numa espécie de Mary Poppins
logo que saiu do manicômio e, indignada, ser obrigada a concordar secretamente
(eu nunca assumiria isso em público sem ver algum sinal de mudança).
Ao longo do relacionamento House/Cuddy, vimos ele sofrer por
amor, fazer coisas fofas (mesmo à contragosto) e até cuidar de uma criança! E
gostar! Mesmo que tenha achado esse comportamento interessante, definitivamente
não combinava com o House que eu conhecia! Mas depois do episódio Dead & Buried, tive certeza que meu querido
detestável Dr. estava de volta!
FIM DO REVIVAL.
Pela primeira vez nessa temporada assisti um episódio de
House que gostei do começo ao fim! Estava sentindo falta de estabelecer uma empatia
com o caso e o paciente da semana além da empolgação com toda a dinâmica de
House e sua equipe em si.
Logo no começo, quando descobrimos que ele queria
diagnosticar um garoto que já estava morto, percebi que vinha coisa boa. E
veio. No começo ficou bem claro que o motivo do interesse era pura e
simplesmente pelo prazer de resolver mais um quebra cabeça e também para
afrontar Foreman, claro! Porém, quando House e o pai do garoto começaram a
interagir, fiquei com minhas dúvidas. Posso estar enganada, mas ao ouvir aquele
relato tristíssimo do pai sobre a falta que sentia do filho e como sua vida acabou
após sua morte, um lampejo de compaixão passa pelo rosto do médico. Também existe a possibilidade de Wilson estar
com a razão, e House estar tentando, de alguma forma, mesmo que
inconsciente, voltar para a cadeia para
que não perca o controle sobre si mesmo novamente, mas acho que só teremos a
resposta para essa dúvida no decorrer da temporada.
Em relação ao caso da garota com câncer e alter ego...
fiquei me debatendo e matutando algo para comentar, mas acho que não tem muito
a ser dito. Foi um caso legal que no final nos levou à uma reflexão
sobre culpa e eu simpatizei bastante com a menina (apesar de ter achado a mãe
dela uma bitch de primeira linha),
mas pelo fato do caso não se conectar muito diretamente com nenhum dos personagens
principais, a história se encerrou ali e cumpriu bem a função de deixar o
episódio ainda mais gostoso de assistir.
Interessante ver o Wilson dizer para Foreman que Cuddy
gerenciava House, ao invés de tentar controlá-lo a todo custo, pois sabia que ele,
como médico, era uma importante ferramenta. Na verdade, acho que a questão de
Foreman com House é exatamente essa: controle. O objetivo do novo diretor do
hospital (na minha humilde opinião, rs...) é demonstrar toda sua superioridade
e descontar os anos que ficou na sombra de House. Senti até que aquela história
de coloca-lo de volta na cadeia é um desejo que ele adoraria realizar. Nunca gostei
muito de Foreman, não como integrante da série, entendam bem, mas da PESSOA que
Foreman é. Acho meio covarde,
invejoso... sei lá. Pode ser apenas implicância, mas não muda o fato dele ser
um saco.
Em tempo: A-DO-REI ver House entrando no jazigo guiado pelo “Igor”
e levando um baita susto quando o celular toca. Eu dei um pulo! O “você me deve
um novo par de calças” foi bem engraçado.
PS1: Achei tão bonitinho o Taub falando “everybody lies”!
Ficou parecendo uma versão de bolso do House!
PS2: E não é que Parks está se revelando uma Housette muito
bem treinada! Aos poucos a personagem está me conquistando. Uma graça ela
analisando o Chase.
PS3: Por falar em Chase, o fato de ele aparecer na TV
daquela forma já foi vergonhoso, mas a roupinha à la Indiana Jones foi
vergonhoso ao cubo (fiquei me imaginando entrando em um consultório e
encontrando um médico vestido de Indiana Jones atrás da mesa, só faltou o
chicote).
PS4: A mãe que dá Diazepam pra filha disfarçado de vitamina
C, só para ela ser “mais normal e menos mau humorada” é um ótimo exemplar de “pais
que fodem com a vida dos filhos”, citados no episódio anterior.
3 comentários
Esse episodio me fez acreditar que House tem caldo pra mais temporadas sim... tava meio desanimada, achando q com a saida da cuddy e blablabla a serie tava chegando ao fim...
ResponderExcluirto gostando dessa temporada viu...
ResponderExcluirHouse sofre de tremendos altos e baixos em questão de episódios. E mesmo quando o episódio da semana é razoável, é possível se tirar algumas cenas que podem (ou não) acrescentar elementos à profundidade dos personagens ou ao estabelecimento do mote da temporada. O desta semana trouxe um lado que não se via há tempos: o medo de se perder o controle. Aliado a este, o insistente desejo de resolver os mistérios médicos que se apresentam para House, não se importando com questões éticas ou sentimentos alheios. Mas nada fará com que se volte ao clima da primeira temporada.
ResponderExcluirComenta, gente, é nosso sarálio!