O trágico final feliz dos Harmon.

Três meses atrás (uau, quanto tempo hein?) estreou American Horror Story, muitas pessoas apostavam nele como o hit da temporada, outras achavam que a série não daria certo de maneira alguma, muito pessoas criticaram ao fato dela ser criada por Ryan Murphy, co-criador de Glee, sem sequer saberem que a mente doentia do mesmo havia criado Nip/Tuck (série onde serial killers bissexuais maníaco-depressivos com complexo de Deus não era algo incomum), mas no fim, pelo menos a mim foi uma grande decepção, o piloto foi fraco, não me assustei ou minimamente me importei com seus personagens. Felizmente, eu decidi voltar e me surpreendi com a gradual melhora que a série sofria, com alguns tropeços no caminho, sem duvidas AHS fez uma temporada incrível, com personagens marcantes e fortes, além de uma trama densa e intrigante.

Em minha opinião, penso que Titia Murphy não queria nos dar uma série cheia de sustos baratos (mesmo tendo alguns pelo caminho), mas sim algo que ficássemos remoendo várias e várias vezes em nossa cabeça e pelo menos nisso ele foi bem sucedido, gosto de pensar em American Horror Story como uma lenda urbana moderna e divertida. Algo que gostaríamos de rever novamente e contar para os amigos sem se tornar cansativo, e nisso ele se deu bem. Novamente vou reforçar a ideia de que, durante o caminho levei absolutamente nenhum. Repito. Nenhum susto da série, ou sequer fiquei com medo, como vi algumas pessoas comentando, nem sequer penso que este fora o propósito da série.

Durante estes três meses vimos uma grande evolução em alguns personagens (Violet) e outros que somente foram fazer alguma diferença lá pelo final (Vivien), mas antes de começar a falar sobre o episódio em si e as transformações que os personagens sofreram ao passar da série, devo dizer que: AHAM! AHAM! QUEM ACERTOU? EU!! EU!! E EU!! YEEEEP!! SÓ CACHORRINHO TA VIVO!! BOOM!!!! Pronto, passado momento delusional, vamos voltar ao importante... E me desculpem, mas não consigo mais me concentrar aqui então vou começar outro paragrafo.

Confesso que não achei que Ben estaria morto antes dos primeiros dez minutos de episódio. E fiquei chocado com a morte super bobinha do personagem, mas por outro lado adorei a cena onde o mesmo prestes a se suicidar recebe a visita de Violet e Vivien. Bem sem duvidas foi o personagem pior trabalhado na série, entendo o que queriam fazer dele, um cético que ia começando aos poucos a ver os perigos que a casa representava, mas de alguma forma isso não funcionou, e mesmo com aquele corporal de dar inveja a qualquer um em seus 50 anos, Dylan McDermott não deu sequer uma atuação memorável.

Por outro lado menina Violeta ahazoucasamigas!! Se no começo ela era apenas mais uma personagem adolescente, chata, clichê, cheia de angustia, isso foi mudando conforme seu relacionamento com Tate ia florescendo e sem duvidas a garota fez muito bem seu trabalho em todos os últimos episódios. Tate foi outro que rapidamente já estava adorando, infelizmente ele não teve tanto destaque assim na season finale, mas mesmo assim teve bons momentos.

Simplesmente adorei a família nova chegando e mostrando que cachorrinha sobreviveu, aquela linda maravilhosa! Adorei os Harmon virando fantasminhas camaradas que assustam os novos moradores até eles saírem correndo da casa, achei genial toda a atuação e ri muito com tudo aquilo. Ia adorar ver várias temporadas deles expulsando o pessoal da casa até não poder mais.

E no fim Constance acabou ficando com seu neto. Um pequeno psicopata anticristo que com três anos tem o tamanho de uma criança de seis. Mesmo achando que essa trama foi mal aproveitada, gostei do final de Constance, a cena da mesma no cabeleireiro foi ótima e Jessica Lange estava magnifica com seu lindo corte de cabelo que lembra uma bola de sorvete de creme.