Nashville 1x02/03: I Can't Help It (If I'm Still in Love with You)/Someday You'll Call My Name

30.10.12


Quando as crianças superam os mais velhos.


E não é que Nashville realmente manteve a qualidade que mostrou no piloto nesses dois episódios? Estava esperando que a qualidade iria cair, mas fiquei bem surpreso. As histórias continuam sendo bem desenvolvidas e todo o elenco continua fazendo um ótimo trabalho.

Nestes dois episódios nos aprofundamos um pouco nos dramas pessoais dos personagens e ficamos sabendo um pouco mais da história deles e de seus relacionamentos. A dúvida que havia ficado no piloto era de como o relacionamento de Rayna e Deacon acabou e tivemos a resposta. Os dois tinham um bom relacionamento até que Deacon foi internado em um clínica de reabilitação, o que, de certa forma, explica o relacionamento mal acabado entre os dois. Isso também fica bem claro quando Rayna e Deacon cantam juntos no Bluebird e a química é inquestionável.

A apresentação dos dois também mostra a personalidade possessiva de Juliette, que quer a todo custo ter Deacon em sua banda. Todos os problemas que ela teve com a mãe deixaram várias sequelas na personalidade dela e isso fica claro no episódio. Ela não tem esse jeito superior simplesmente por ser uma estrela, mas sim para esconder todo esse seu lado mais frágil. O desespero de Juliette por Deacon também tem ligação com o fato dela querer ter uma carreira um pouco mais séria e não tendo apenas adolescentes correndo atrás dela. A impressão que fica é que ela quer ser Rayna.

Os roteiristas estão sabendo muito bem dividir o desenvolvimento da história das duas, não dando mais que o tempo necessário para cada uma, o que deixa o episódio mais dinâmico, principalmente agora que os personagens já estão apresentados e a preocupação é apenas de desenvolver a história, é claro que os coadjuvantes também estão ganhando seu espaço. A ideia dos roteiristas de mostrar a artista no fim de sua carreira, outra no auge e uma dupla em seu início é bem legal e está funcionando bem na tela.

Esse núcleo de coadjuvantes é bem trabalhado no terceiro episódio, a dupla do Blueblird, Scarlett e Gunnar, finalmente chega aos estúdios de gravação, mas o desempenho da garota não é muito bom, já que ela não consegue tirar o namorado da cabeça. Scarlett é uma cantora incrível e merecia estar ali no estúdio de gravação, o problema era que o fato de o namorado, que está na estrada a mais tempo que ela, não ter chego lá alinda e ela com apenas uma apresentação conseguiu entrar no estúdio de gravação a deixou  com a consciência pesada. Mesmo com o namorado aceitando e inclusive a tendo levado para o estúdio de gravação ainda acho que ele não engoliu muito bem o fato de ela estar fazendo sucesso, principalmente com Gunnar, por isso essa história ainda tem muito chão.

No terceiro episódio também tivemos um pouco mais do desenvolvimento do relacionamento entre Rayna/Deacon/Juliette. Os dois primeiros passam grande parte do episódio evitando um ao outro, adiando o inevitável. Será que é possível continuar trabalhando juntos mesmo com todos esses sentimentos? É a deixa para que Juliette traga Deacon um pouco mais para seu lado.

É aí que vemos a vontade de Juliette de ser uma artista mais séria, mesmo contra vontade de sua e onde temos comprovação de que sua mãe realmente mexe com seus sentimentos. Aqui também vemos que Juliette realmente quer ser Rayna, mas ao mesmo tempo não tem simpatia pela cantora por sua mãe ter sido tão fã da cantora.

Inclusive essa história da mãe de Juliette vivendo novamente em sua casa deve trazer vários conflitos e lágrimas para os próximos. Ainda no campo parental o pai de Rayna ganha cada vez mais meu ódio com sua chantagens, esquemas e por tratar a filha como um nada, só se importante por seu próprio nariz.

Deacon no final do episódio, com mais uma daquelas cenas maravilhosas com Scarlett e Gunnar cantando ao fundo (bem parecida com a do piloto), finalmente escolheu continuar fiel a Rayna. Estou bastante curioso para saber as consequencias disso no relacionamento de Rayna com o marido e, claro, a resposta de Juliette a isso.


Nashville continuou muito bom, acho até que melhor que o piloto, desenvolvendo muito bem suas tramas e dividindo muito bem o tempo de tela de todos os personagens da série, inclusive os de menor destaque.
Acredito que a série vai continuar boa, todas as histórias da série ainda tem muita lenha para queimar e a disputa de Rayna e Juliette pelo holofote está apenas começando.

ps¹ - Sensacional as filhas de Rayna cantando. Fizeram muito melhor que Connie e Haydenzinha.

ps² -Precisamos torcer para a audiência da série se estabilizar, ou teremos grandes preocupações.

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1 comentários

  1. Curioso que todas as reviews que eu li do 1x03 de Nashville, não foi mencionad a cena da Juliette roubando um batom e sendo filmada. Aquilo não vai ser tão irrelevante como pareceu.

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