The Good Wife 4x09: A Defense of Marriage
28.11.12
Peter, agora eu vou te usar.
Na review passada eu escrevi
sobre a minha insatisfação com The Good Wife. Porém um aspecto que eu não
percebi é que por causa da falta de tramas descentes a série está tentando se
segurar nos seus personagens mais atraentes, investindo nos relacionamentos e
em paralelo a isso, histórias com certo impacto na sociedade. Esse foi o caso
de “A Defense of Marriage” que como o próprio nome diz, fala sobre a defesa do
casamento, e nesse caso, a dos homossexuais.
Muita gente fala que o casamento
gay é tão batido, que está tão na mídia, que não cabe mais falar dele como tema
polêmico e nem investir em histórias que tratam sobre o assunto. Eu discordo, porque a maioria da população
ainda não aceita os direitos dos gays e até hoje, pleno século XXI, os heterossexuais
e os homossexuais não têm os mesmos direitos. Assim sendo, se existe uma coisa
que The Good Wife nunca pecou, foi tratar de assuntos que refletem a hipocrisia
da sociedade e dessa vez não foi diferente.
O caso jurídico da semana foi sobre
dois homens que estavam sendo processados pela promotoria porque fizeram um
esquema de sonegação de impostos na Receita Federal. É interessante acrescentar
que a promotoria queria mostrar gravações na corte entre um dos acusados e o
seu conjugue, o que é proibido por lei. Porém, em âmbito nacional (observando que
os Estados Unidos são uma nação federalista), o casamento gay não é
reconhecido. Logo, a lei que proíbe que gravações entre conjugues sejam usadas
no tribunal só se aplica a casais heterossexuais.
É aí que entra o advogado da
Suprema Corte, Jeremy Breslow. Se apresentando como um homem honesto que somente
quer ajudar Diane e Alicia a ganhar o caso, ele entra no processo em favor da
defesa. No decorrer do episódio vimos que na verdade ele não queria “ganhar” o
caso, e sim levá-lo para a Suprema Corte. Para que se os Juízes decidissem que
a “Lei de Proteção ao Conjugue” é válida para casais do mesmo sexo, e assim a mesma
sirva de precedente para tribunais em todo o país. Eu faço questão de falar que
não gostei da arrogância do homem, muito menos quando ele ousa cortar Alicia
Florrick em pleno julgamento.
Um personagem surpresa que eu não
estava esperando era à mãe da Alicia. Ela se chama Veronica, e não parece ter
uma boa relação com a filha. Eu já comecei gostando dela, já que por culpa de
sua chegada na série puderam trazer novamente o sempre maravilhoso David Lee. Destemida e "livre", ela é uma mulher que faz o que quer quando bem entender. Achei
esse caso todo da herança um pouco artificial e avulso, mas pago em notas de
100 mais cenas de David fazendo barraco na sala de reuniões. Sala essa que
tinha sido alugada pelo Gestor de Contas, por onde anda Clarcke Hayden?
Mas se por um lado a introdução
de novos personagens como Veronica traz outros ares para a série, alguns estão
enchendo o saco. Como eu daria tudo para ver mais Davids vestidos de palhaço e
menos Nicks sendo Nick. O que são os diálogos entre Cary e Nick? Acho
totalmente dispensável e não acrescenta nada na série. Se fossem engraçados como
os da Alicia e Veronica; Mas não, são 5 minutos semanais de pura vergonha
alheia.
E agora finalmente está na hora
de comentar do ponto alto do episódio, que foi Peter sendo usado que nem boneco
de pano por Alicia. Eu não vejo muito problema nisso, só que eu realmente
preciso que tenha um desenvolvimento nessa história toda e não fique no "Amigos
com benefícios". Talvez foi um pouco exagerado se você observar que ela só fez
isso para provar que estava acima das opiniões de mãe e, detalhe, esse não foi o
primeiro episódio que acaba com Peter e Alicia transando.
Observações:
- Preciso agora de cena bônus de
Veronica falando sobre esse maravilhoso livro, Vagina, para Jackie. Simplesmente
amei a cena da mãe da Alicia falando que a Jackie contratou um menino de
programa pra cuidar dela. Acho que ela não conhece todo o veneno que
Jackiezinha tem!
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