Hawaii Five-0 3x15: Hookman
7.2.13
Marcados para morrer.
Literalmente.
Não sei se foi o recesso que fez
bem ao cast, ou se a ausência de algumas personagens das quais não faço muita
questão (a saber: Catherine Rollins, Doris McGarrett , Grace Williams e sua
mamãe Rachel), mas aos meus olhos H50 tem trazido ótimos episódios desde o
início do ano. Essa semana os caras resolveram caprichar no “remake feito pelo
remake”. Isto é, reproduziram – fielmente, acredito – o episódio Hookman, de 1973. O bacana é que de
cara foi possível perceber que se tratava de um episódio especial. Havia uma
aura diferente já nos minutos iniciais, além de a trilha sonora ter chamado a
atenção também nessas primeiras cenas. Outro detalhe que não escapou foi a
fonte diferenciada utilizada para listar o cast e o fato de o nome do episódio
aparecer antes da abertura – bem no estilo de séries antigas.
Fãs relapsos que, assim como eu,
não viram a Hawaii Five-O original (ainda) e não conheciam a trama do episódio
provavelmente também pensaram que o atirador de elite, ao mirar sua primeira
vítima demonstrando ser pro, tinha
como alvo algum dos familiares que seguiam em procissão para um velório,
escoltados por Bem Keoki (Grant Patrick Moniz). Quando o policial foi morto,
pensei que fosse só um aleatório e que algo mais fosse acontecer com aquela
fila de carros. Grande surpresa saber que o “praticamente tio” de Steve tinha
sido escolhido a dedo – com uma bala marcada sentenciando a morte.
Desse início em diante, o
episódio seguiu um ritmo rápido, daqueles que te faz conferir se não diminuíram
o tempo da série. Pois é, foram os 40 e poucos minutos de sempre, mas cheios de
ação e nada que desse sono.
Dentre as cenas mais paradas
(poucas), vale destacar o flerte de Kono e Charlie, com o mocinho do
laboratório perguntando se a musa queria roubar o lugar dele – após Kalakaua
demonstrar todo um conhecimento técnico. Com as atitudes duvidosas de Adam
Noshimuri em sua última aparição, fica aberta a possibilidade de shippar
Charlie/Kono.
A investigação estava correndo
sem que soubessem o porquê de terem deliberadamente matado um policial comum e
querido por todos os colegas de profissão. Enquanto isso, o “Homem Gancho”
gravava outro nome em mais uma bala e preparava os trâmites para o próximo
crime de uma série. Sem Kamekona e com um Max mais centrado, a graça do
episódio ficou na cena do atirador vendendo a arma de alto calibre para um
bandido de baixa patente (Don McKinney), que só queria se defender. As caras de
espanto de McKinney vendo a demonstração do “produto” foram ótimas. Melhor que
isso, só 90% das cenas de Danny surtando.
Com passos friamente calculados,
o atirador de braços peculiares – duas próteses, bem mais sofisticadas no
remake do que na versão de ’73, por razões óbvias – fez com que os policiais da
HPD, Steve e Danny fossem atrás de McKinney e aproveitou o tiroteio e o diálogo
de maluco de Steve e Don para acertar sua segunda vítima: o antigo parceiro de
Keoki, Troy Ookala (Norman Compton). A partir daí ficou claro que se tratava de
uma vingança. E uma cena que adorei ver e que poderia acontecer mais vezes foi
a em que Charlie e Max analisaram juntos a cena do crime para identificar a
origem do disparo. Ver o nerd Fong fora do laboratório mostrando seus
conhecimentos foi um deleite.
Com dois policiais mortos, o caso
se tornou um problema maior. Outra coisa digna de se ver foi Steve – mais uma
vez – botando moral pra cima do governador Denning, que sabe intimidar. A
tensão entre forças de ambos é tão grande que dá pra vê-los saindo na porrada.
Logo, algo previsível no
capítulo: que a terceira bala teria o nome McGarrett. Apesar de ficar na
dúvida, pela idade do atirador e das vítimas, era de se desconfiar que o caso
tivesse algo a ver com o McGarrett-pai. Se Hookman
já estava eletrizante, ficou mais. Steve e Danny foram ludibriados e
acabaram numa loja de armas – o que dizer daquele vendedor e da interação
simpática (só que não) entre ele e Danno? – e bem na mira do Homem Gancho. Claro
que providencialmente o cara das próteses foi interrompido por um aleatório que
estava no lugar errado na hora certa e o sagaz Steve conseguiu perceber a tempo
que estava em risco.
Perseguição policial se seguiu,
com Danny pagando por todos os pecados cometidos nessa vida e nas próximas – e
quase se borrando no próprio carro – e o assassino caiu no mar e deixou para a
Five-0 Task Force uma dica importante sobre sua identidade. Assim, matou-se a
charada: ele era um assaltante de banco que havia perdido os braços graças ao
pai de Steve, já que na ocorrência sangrenta com tiroteio entre os policiais
(Keoki, Ookala, McGarrett, entre outros) e os assaltantes, John McG atirou num
dispositivo de segurança que explodiu bem próximo às mãos do bandido. Com experiência
militar no Vietnã, mãos novas em folha e liberdade, o cara das próteses queria
acertar as contas com todos os policiais envolvidos no caso. Já que John estava
morto, sobrou para Steve “pagar pelos pecados do pai”.
O desfecho foi só desespero:
depois de Steve fazer a alegria de Danny infringindo a lei e acessando as
correspondências do atirador sem um mandado, McGarrett ficou novamente na mira
do Homem Gancho – e de novo e de novo. Quando Danny já estava quase tendo um
filho para fazer companhia a Gracie, a Mulher Maravilha Kono Kalakaua deu o
tiro fatal no ex-assaltante e livrou a cara de McGarrett (e dos outros
policiais que estavam na lista negra).
Depois de tanta agonia, tensão e
correria, veio o alívio e os momentos emocionantes. Primeiro, um Danny Williams
que se recusou a admitir que estava morrendo de preocupação por seu parceiro
(mesmo depois de tê-lo chamado de “babe” umas duas ou três vezes ao longo do
episódio) e a visão de Steve de Keoki, Ookala e seu pai agradecendo-o, com John
pegando em sua mão e dizendo ter orgulho do filho. Um final bonito!
Apesar de não ter visto o
episódio original, percebi pelas imagens que a semelhança foi grande. A
preocupação com detalhes que remetessem ao episódio de 1973 foram o ponto alto.
E a trama interessante de Hookman
veio no momento certo. Com três semanas muito boas, é provável que o ritmo se
mantenha nas próximas e a temporada feche ainda melhor do que o esperado.
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