Castle 5x18: The Wild Rover
31.3.13
Eu sou Fenton O’Connell.
Prosseguindo uma sequência de
episódios com extrema qualidade, durante a última segunda-feira o seriado
Castle trouxe ao ar mais um roteiro muito bem elaborado e estruturado sobre uma
diferenciada perspectiva, investir em seus personagens coadjuvantes.
The Wild Rover enfoca-se exclusivamente em Kevin Ryan, buscando por
uma segunda vez contextualizar maior complexidade a seu personagem. E com um
ótimo enredo, a investida foi bem sucedida, não apenas por apresentar
considerável dinâmica, mas também por trazer um cenário diferenciado, a perspectiva
de policiais infiltrados para combater o crime organizado.
Mais do que criativo, uma
oportunidade na expansão do roteiro e evolução de uma série é impor
complexidade aos personagens coadjuvantes ao decorrer das temporadas. A
apresentação de cenários e concepções onde o telespectador se envolve a estes
intérpretes permite abrir inúmeras possibilidades onde não há o desgaste das
histórias dos protagonistas e ao mesmo tempo evoluímos estes atores a um nível
de importância que concretiza o seriado com maior contexto.
Não há dúvidas de que Ryan, com
duas oportunidades oferecidas, tornou-se foco do telespectador a ponto de
dominar o plot de um episódio e
garantir tamanha qualidade quanto Castle e Beckett. O ator apresenta uma nova
face, onde ele mergulha no perfil de um bad
boy atuante e significativo na máfia, além de ter auxiliado o FBI em uma
missão memorável, o que demonstrou pela primeira vez a razão de seu personagem
fazer parceria com um ex-agente das forças especiais.
Gradativamente, Ryan torna-se um personagem
instigante e envolvente, pois além de expor racionalidade nos momentos onde
esta característica demonstra-se extremamente necessária, (Always), Kevin é a expressão do caráter idôneo, o homem que se
responsabiliza por representar as ações corretas, não apenas para si, mas para
todos que o cercam. Ryan assume as consequências de seus atos e é por esta
razão que ele se compadece com a morte de uma garota assassinada com sua arma,
(Kick the Ballistics), e reconhece a
necessidade de retomar um antigo disfarce para salvar a vida de um antigo amor.
The Wild Rover apresenta um enredo onde a culpa é o foco de conexão entre o plot principal e o plot
secundário: Ryan carrega consigo a culpa de ter abandonado uma história
inacabada com Siobhan. E ainda que seu disfarce tenha sido o exemplo do sucesso
perante as autoridades, Siobhan é o lado negativo das consequências de seu
disfarce, além de ser deixada para trás, a mulher que Ryan um dia amou,
encontrou-se sozinha para lutar contra o crime organizado e sem qualquer consciência
real, do universo no qual ela estava envolvida. Por outro lado tínhamos Castle,
o escritor que carrega o fardo de ter o reconhecimento sobre um trabalho que
não realizou.
Eu sei que é um argumento
repetido o que venho a abordar neste parágrafo, mas a verdade é que não me
canso de admirar estes conceitos de moralidade que a série constantemente
aborda. Se por um lado pode ser visto como uma conceituação antiga, em minha
percepção é necessária e extremamente válida na atual sociedade que
vivenciamos. Tanto Ryan quanto Castle representam o caráter psicológico da
reavaliação de seu ego para agir da maneira correta e tentar corrigir aquilo
que ambos acreditam que deveriam ter sido.
Kevin busca compensar o seu erro
do passado, continuando o trabalho que um dia ele iniciou, para assim oferecer
a oportunidade de recomeçar para Siobhan. Enquanto Castle tem o fardo de não
poder corrigir seu erro, mas busca constantemente fazer jus ao reconhecimento de
seu trabalho que um dia ele não mereceu.
Ambos representam o valor da não
violação da consciência moral. E este é um conceito absurdamente admirável em
uma sociedade que constantemente demonstra estabelecer o benefício próprio
acima do bem estar alheio. É uma valorização que deve ser proclamada no caráter
de um individuo, e não podemos negar que The
Wild Rover compreende este conceito e o estabelece com primor em seu
roteiro.
Observações Finais:
Durante todo o episódio, Beckett
provoca Castle para que o mesmo esclareça quem, ou o quê, é Jordan. Porém, em
nenhum momento ela se demonstra chateada ou insegura quanto àquela
circunstância, ela acredita que seja algo marcante para Castle, mas que não tem
qualquer conexão como relacionamento dos dois. Um ponto interessante e
evolutivo para o personagem de Beckett, pois no decorrer da temporada ela
transitou entre a insegurança sobre estabelecer este relacionamento, para
alguém que agora busca concretizar este romance de forma significativa.
...
Na cena onde Esposito esforça-se
para aprender como pronunciar o nome de Siobhan, Castle aproxima-se do detetive
e tenta ajudá-lo. Quando ele lê o nome de forma correta foi possível observar certa
satisfação orgulhosa de Beckett com o namorado... Muito cute.
...
Ryan com roupa e corte de cabelo mais
despojado. Este lado bad boy do rapaz
é bem sexy.
...
A manobra de Ryan para ligar o
telefone de Liam em seu bolso e deixar a linha aberta, armando uma emboscada
para Bobby S, foi uma trama muito bem elaborada. Eu confesso que não esperava
por aquele desfecho. Definitivamente, Martin
Scorsese repassou sua cartilha aos roteiristas.
...
O diálogo final entre Castle e Beckett... Bem, não tenho muito que dizer a não ser que foi muito belo vendo
este lado de Rick sendo exposto, após inúmeros episódios durante estas cinco temporadas
onde fomos apresentados à várias histórias que exprimiam os sentimentos de
Beckett. Definitivamente, é muito bom perceber a mudança desta perspectiva,
onde a detetive é a nova observadora que admira as revelações de Castle.
OBS: No dia 01 de abril a ABC exibirá o episódio 100 de Castle.
Diante da significância e de nossa ansiedade, buscarei apresentar a
review deste episódio o mais breve possível, e acredito muito que “The Lives of
Others” será memorável.
Então, contagem regressiva!
5 comentários
Solange, cada dia melhor os seu reviews !
ResponderExcluirRyam e um dos meus personagens preferidos entre o elenco de apoio. Ele representa o cara correto, o bom marido e agora com certeza o bom pai, resumindo o cara de família.
Cada personagem representa uma um grupo de pessoas bem distinto e por isso Castle tende a se tornar um exemplo para muitas pessoas.
Em Castle não existe disputa entre os personagens, não existe aquela rivalidade onde tem sempre alguém querendo derrubar alguém, mas sim um grupo de pessoas que tem o objetivo comum de fazer um bom trabalho, e além de tudo são amigo, são uma família onde cada integrante não medirá esforços para ajudar e fazer o outro feliz. É por isso que eu vejo Castle
Eu achei o o episódio excelente! Gosto muito de ver os personagens secundários sendo trabalhados... Já tivemos montgomery, esposito e agora o Ryan. Será que a próxima é Lanie? kkkkk
ResponderExcluirDe qualquer fora foi um episódio muito bom, diferente do caso semanal. Castle volto com tudo depois do episódio duplo, eu achei que a serie tava meio parada antes...
Ótima Review, btw
como já disseram, Sol, ótima review!
ResponderExcluirEu to in love com esse episódio. Um dos meus favoritos da temporada. Ryan é um personagem que eu adoro pq tá sempre inclinado a acreditar nas teorias loucas de Castle e não faz o tipo herói. Ver esse lado dele foi bem interessante e minha expressão ao ver a cena em que o carinha do FBI fala sobre como ele (Ryan) é foda foi bem parecida com a do Esposito. #orgulho.
Também gostei de ver a relação caskett amadurecendo, a Kate deixando de lado suas inseguranças pra chegar mais perto do namorado, o Rick se abrindo...digno d+
Enfim, episódio gostosíssimo de se assistir, com cenas hilárias apesar de todo o drama. Pra mim diálogo destaque do episódio foi:
Esposito: Infiltrado? pq ele não me contou?
K-Becks: Espo, ele nem contou a Jenny.
Esposito: Mas eu sou o melhor amigo, ela é só a esposa.
K-Becks: Isso prova pq não há uma srª Esposito
Esposito: Hei. É difícil achar uma mulher pra todo esse homem.
auhhuahuauhauhauhuha ok.
Excelente review, concordo com tudo.
ResponderExcluirEu até soube do plot do episódio antes de ver e estava com muito medo dessa trama porque achei que não ia gostar de ver o Ryan infiltrado porque ele não tinha muito perfil para isso. Mas ainda bem que estava totalmente enganada, ele realmente se transformou e conseguiu fazer isso funcionar na perfeição sem soar nada forçado.. fiquei a gostar ainda mais do personagem :) e acho que dosearam muito bem este lado mais sério e investigativo com a parte pessoal da Beckett e do Castle, muito fofos eles os dois. É impressionante como mesmo sendo um plot lateral e com um plot principal tão bom, as cenas deles conseguem só por si fazer valer um episódio inteiro..
Uma observação à parte. No final, quando o Ryan diz que é policia e que o Bobby S. iria preso, tive muito a sensação que tinha naquele momento nascido o "arqui-inimigo" do Ryan na série! Afinal a Kate já tem o senador, o Castle o 3XK e o Ryan deu um golpe muito pessoal nesse mafioso, não só incriminou muita gente dele na altura, como voltou para acabar com todos, como fez isso se fazendo passar por amigo e enganando todos eles, então achei que ele tinha ali criado uma dívida pessoal de vingança, mas depois como ele disse que ele iria preso por um bom tempo por causa da tal bíblia, talvez eu esteja enganada. Mas se a série ainda tiver várias e boas temporadas pela frente (espero que sim!) acho que seria algo interessante a explorar mais tarde para esses episódios mais pessoais e emotivos, afinal o senador vai cansar uma hora..mesmo o plot do pai do Castle ainda tendo muito para dar..
"acredito muito que “The Lives of Others” será memorável. Então, contagem regressiva!" faço minhas as suas palavras! Muito ansiosa pelo 100º episódio!!
Ryan puxou ao "papai" Castle, assim como Esposito tem como puxar a "mamãe" Beckett! Cada dia eu faço uma mini maratona com minha amiga que não pode assistir aos episódios e ela adora a série tanto quanto eu!
ResponderExcluirComenta, gente, é nosso sarálio!