Hawaii Five-0 3x19: Hoa Pili

31.3.13


Como tudo deve ser.


Mais do que ficar contente com a renovação de H50 para o quarto ano da série, fiquei contente com o episódio da semana e a esperança de que o voto de confiança que a CBS deu à história de McGarrett e Cia não tenha sido em vão. Isso porque Hoa Pili trouxe muito do que faltou no capítulo anterior: a presença forte de todos os personagens mais cativantes, as cenas verdadeiramente engraçadas e claro, doses necessárias de McDanno para as shippers de plantão.

O começo já foi épico, com a cena do marido traído pegando sua mulher no “vamo vê” com outro e o amante tendo a cara de pau de dizer: “não é o que você está pensando”. Não bastasse, o coitado do chifrudo era melhor amigo do amante. É, amigo da onça o traíra. E como o loiro era corno, mas não estava pra brincadeira, ia acabar com a raça dos dois pombinhos. Claro, era bem previsível que aquele não seria o caso da vez, já que não haveria um assassino a desvendar que o telespectador já não conhecesse. Por isso, a dupla não só pulou a cerca como pulou a chance de morrer. Como a crise do trio se passava dentro de um barco, o problema foi adiado com a (inesperada?) explosão de outro barco ao longe.

E o episódio começou pra valer com Steve e Kamekona jogando videogame. Ou melhor, praticando a direção de helicóptero com um simulador. Pois é, o vendedor de crustáceos não desistiu da ideia de ampliar o comércio oferecendo voos turísticos também. E o bom samaritano e sem noção McGarrett estava lá para ajudar. O presságio de um ótimo episódio: não teve Catherine de biquíni que tenha distraído completamente os dois (só um pouquinho, pois convenhamos...).

O caso da vez se mostrou um pouco mais tenso do que parecia com o início da investigação. Apesar da explosão, a vítima não foi encontrada carbonizada, mas presa em um tanque em que serviria de alimento aos tubarões. E mais, o cara (Jason Brant) já estava morto quando foi jogado lá.

Mais sério que isso, só a ~DR~ de Danny e Steve sobre a questão Kamekona. Estava fazendo falta a rabugentice aguda do detetive Williams e isso não faltou no episódio. Além de argumentar veementemente contra a possibilidade de Kamekona obter a licença para pilotar, Danno só faltou entrar para o Green Peace depois de defender os tubarões quanto às maldades que os caras do turismo que matavam os “peixinhos” faziam. Não bastasse, assim que as pistas conduziram à tribo de Kawika (Kala Alexander), personagem recorrente e conhecido pelo esforço em proteger a ilha, Danny desatou em outra acalorada discussão com McGarrett sobre a possível culpa de Kawika. 

A suspeita sobre Kawika ou os caras da tribo durou pouco, mas foi o suficiente para causar danos. O irmão da vítima, Craig Brant (Mac Brandt) achou que a tribo era responsável e tratou de atear fogo na casa principal. Um tapa na cara do ruivo esquentado saber que Kawika não tinha nada a ver com a morte de Jason.

Enquanto a investigação corria, uma surpresa agradável: Leilani voltou à cena, direta e reta, se jogando pra cima de Chin. É realmente cedo para virar a página sobre Malia, mas o casal tem tudo para dar certo. Foi um momento interessante.

Outra das cenas bacanas com a presença de Chin – e essa com a deliciosa interação com Kono -  foi a da perseguição do suspeito Jimmy Amana (Dennis Lee), que tinha várias passagens na polícia por ter incendiado barcos da mesma forma que fora feito com o de Brant. Amana estava sob a proteção do FBI, mas a dupla de primos não deu a mínima pra superioridade dos Feds e conduziu Jimmy para interrogatório. Lindo de se ver!

Quando Amana foi descartado como suspeito, a culpa recaiu sobre os pescadores Bruce Kaneshiro (Kelsey Chock), que apareceu morto, e Jay Lappert (C. James Victor). Ambos, junto com o colega Hal Lewis, estavam utilizando o turismo marítimo e a pescaria para disfarçar a atividade de roubo de ecstasy de traficantes que estavam fazendo o transporte via barcos. A equipe Five-0 chegou a essa pista com a boa colaboração de Max e Charlie, que estavam muito presentes no episódio. E a coisa ficou séria quando o quarteto fantástico tentou encontrar Jay, que estava negociando a droga com uns bandidos, e todos foram surpreendidos pelo fodão de quem o ecstasy havia sido roubado. Impactante o momento em que o chefão do tráfico disse: “Os budistas têm um ditado: não há como escapar da morte” e Kono derrubou um contêiner na cabeça dele, ilustrando o ditado. 

Quebrando um pouco o clima da ação, Steve deu mérito a Kono por salvar a pele de todos e inaugurou o “Book ‘em Kono”, para o ciúme intenso e não dissimulado de Danno.

O tapa na cara final do caso veio com a descoberta de que Jay matara os colegas por nada, já que o ecstasy estava contaminado e não tinha valor. Sem contar com o assassinato de Jason, que descobrira o esquema do trio. Só restou a Jay responder por todos os crimes.

Faz tempo que não rolam desfechos com happy hour na banca de Kamekona, mas o encerramento de Hoa Pili foi ainda melhor. Primeiro, a equipe Five-0 se dividiu para ajudar na reconstrução do barco dos Brant e da casa de Kawika, uma verdadeira lição de solidariedade. E depois, Steve, Max e Danny (contra a vontade, mas cumprindo o acordo com McGarrett) foram inaugurar a licença de Kamekona como piloto, com um tour pela ilha bem divertido e embalado pela cantoria do tema de Magnum.

Em resumo, receita perfeita para um episódio bem feito.

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