Castle 5x19: The Lives of Others
4.4.13
Happy Birthday, Castle!
Em
uma tradicional segunda-feira do dia 09 de março de 2009, o canal ABC trazia ao
seu fim de noite um programa sem qualquer grande pretensão para o preenchimento
da mid season, com apenas 10
episódios e sem grandes objetivos o seriado embarcava com um elenco dividido
entre experientes e novatos, e sem muita certeza sobre sua concretização.
Castle possuía um piloto gravado em fases diferenciadas, com um orçamento
reduzido e para muitos foi considerado um episódio sem grande estrutura e
significado... Porém, não é sempre, que a opinião dos especialistas é a opinião
do público, e este caso é um ótimo exemplo.
Com
11,8 milhões de telespectadores, Flowers
for your grave, indicava o inicio do que pretendia ser um grande sucesso, e
Richard Castle (Nathan Fillion), tornava-se
o escritor mais querido e arrebatador de corações shippers por fãs espalhados em todo o mundo.
Talvez
por apresentar total despretensão, ou por expor uma dinâmica divertida e
totalmente direcionada ao humor no momento mais negro da existência humana (a
morte), Castle surgia para romper com a rotina de Kate Beckett e lhe mostrar a
possibilidade de aproveitar os momentos que a vida lhe proporciona da maneira
mais inocente que possa existir, sobre o olhar de uma criança. E como uma
criança inebriada sob a perspectiva das novas descobertas, este escritor mergulhava
na realidade do universo que ele fantasiou por toda a vida e nos transportava,
em sua companhia, por esta magia de divertimentos, revelações, aventuras e
paixões.
Time to make one last appeal for the life I lead.
Durante
quatro anos e cinco temporadas fomos expostos as mais diversas possibilidades e
formas de se cometer um crime. E assim, nos envolvemos nas mais diversas tramas
recorrentes destas investigações que enraizaram características peculiares ao
seriado, destacando-o em sua categoria. São detalhes, pequenos contextos, que
quando agrupados enriqueceram episódio após episódio, e define uma identidade
singular de Castle.
Inúmeros
são os momentos que transitam a emoção do telespectador e o posiciona em uma
metamorfose de emoções das quais ele não tem real conhecimento do que vai acontecer.
Se durante uma semana estamos embebedados pelo coletivo de gargalhadas ao
assistirmos Richard teorizar que o assassino é um viajante do tempo, na semana seguinte estamos em prantos pelo desespero
de Beckett em matar a única pessoa que lhe daria a chance de solucionar o caso
da mãe.
Estas
evoluções associadas a enredos concretos e ao desenvolvimento do relacionamento
do casal protagonista são a grande razão de reconhecimento do seriado e estabelecimento
do mesmo em uma posição de conforto e equilíbrio perante a audiência durante
todos estes os anos, pois almejamos por mais... Humor, romance, aventura,
suspense, tragédia... Sempre buscamos mais, pois quando estamos diante de tanta
qualidade, nunca haverá o bastante.
...
E
eis que por este caminho traçado, chegamos ao 100º episódio e com ele vieram
todas as expectativas de qual seriam os sentimentos explorados e o que nós,
telespectadores (fãs xiitas), iríamos presenciar durante esta comemoração.
Talvez a maior emoção fosse perceber que este episódio tenha sido embrulhado em
papéis de presente que remeteram às lembranças da trajetória destas cinco
temporadas, e mais ainda, tudo que identificou e particularizou Castle durante
estes quatro anos.
A caneta que
representa o crime escrito com sangue, desta vez escreveu 100 e um coração.
Com
um cronograma bem elaborado da ABC e uma oportunidade oferecida pelo ano de
2013, o dia 1º de abril ocorrera em uma segunda-feira. E o aniversário do
escritor mais querido da TV poderia ser comemorado, pela primeira vez, e em um
momento extremamente especial. E por isso, não bastava apenas ser marcante,
precisava ser memorável. Para tanto, tinha que referenciar tudo o que amamos em
Castle...
O número 100
permeou todos os flashes do episódio.
Para
começar, não poderia ser diferente, todo o episódio é embasado nas referências
de um clássico do cinema Rear Window (Janela
Indiscreta), uma das inúmeras
produções de Alfred Hitchcock, o
filme relata exatamente a circunstância em que Rick se encontra, e que para
romper com o tédio começa a bisbilhotar a vida de seus vizinhos.
Porém
mais do que referenciar um grande clássico, Marlowe desenvolve um episódio onde
seu protagonista depara-se na mesma posição de seus fãs. Afinal de contas, não
somos nós, que há quatro anos observamos com tamanha aflição e obsessão a vida
de Castle e Beckett? E mesmo sabendo que se trata de meros personagens,
deixamos de nos envolver?
E
esta foi a maneira de posicionar o fá e telespectador ao enredo de um episódio
que homenageava todos que auxiliou a estruturar esta série, inclusive, nós.
Em determinado
diálogo com Beckett, Esposito apelida Caslte de James Stewart, para referenciar
o ator que protagonizou a primeira versão do filme Rear Window.
Assim como Alfred
Hitchcock, Marlowe e Terri (sua esposa), escritores do episódio, aparecem em
uma das janelas observadas por Castle, enquanto ele comenta: “Devem ser
escritores”.
E
mergulhando em universo de suspense embasado no humor, temos um episódio
recheado de momentos absurdamente engraçados, retomando claramente aos grandes
ápices das primeiras temporadas da série, e recordando a criança que sempre
existirá no personagem de Richard. Um exemplo destas referências é o momento
onde Castle brinca com seu “novo” helicóptero, assim como “pilotou” outro
modelo no episódio One Man’s Treasure, durante
a segunda temporada. Ou quando ele diz que se Beckett investigar é uma “busca
ilegal”, mas que ele procurando é apenas “ilegal”. Da mesma forma em Hell Hath No Fury, ele diz que Kate é
policial e ele é apenas um rico solitário procurando um encontro, justificando
assim, que ele pode contratar uma prostituta suspeita em um caso...
Mais
do que impagáveis, as cenas de humor em The
Lives of Others, por si só, já seria suficientes para garantir um grande
episódio. Assistir a Castle caminhar comicamente apoiado sobre muletas, ou
tentar se levantar depois de um tombo épico, foram momentos indescritíveis de
pura comédia que só somos capazes de apreciar neste seriado.
Porém...
Iríamos nos deliciar com muito mais, pois o romance entre Castle e Beckett,
seria explorado de maneira romântica e carinhosa. Todos os momentos singelos e
significativos que constroem um belo relacionamento foram abordados de uma
forma ou de outra, além de expor a evolução da relação do casal como foco do
episódio.
E
diante desta perspectiva, temos a oportunidade de conhecer um novo perfil de
Beckett. Uma mulher que se demonstra feliz por estar ao lado de Rick, e que se
posiciona complacente quanto ao momento de “carma astral” do namorado, e se
dispõe a estar ao seu lado auxiliando-o em todas as suas solicitações e
aflições. E é neste cenário que surge os detalhes singelos que comentei
anteriormente, como por exemplo, o fato dela auxiliá-lo a coçar o pé, ou
deixa-lhe com um beijo na perna machucada enquanto precisa sair para trabalhar
em um caso. Neste episódio temos uma Kate descontraída, e perfeitamente
satisfeita com seu relacionamento, e ela demonstra este sentimento a cada
instante em que está ao lado de Richard.
Quando Castle fica
chateado por perceber que Beckett não acredita nele, ela demonstra preocupação
por perceber que seu plano pode seguir por um caminho diferente, mas mesmo
assim, não desiste da surpresa.
A
relação entre Alexis e Castle retomam suas origens depois de todo o drama
sofrido em Target e Hunt. Mais do que
apoiar o pai em uma empreitada sem futuro, a relação entre os dois, ainda que
indiretamente, sem dúvidas define um dos melhores momentos do episódio. Onde um
Rick teimoso e que não desiste da verdade, encontra apoio na filha, (por hora
entediada um tanto quanto ele), para seguir em uma investigação maluca.
Se você for pega, terá
uma ficha criminal e não poderá ser presidente.
Mais
do que perfeito, The Lives of Others consegue
cumprir em roteiro seu maior objetivo: homenagear a todos que construíram e
auxiliaram nesta história de sucesso. Seja com participações extensas, ou
aparecimentos de um simples ato, o episódio conta com todo seu elenco principal
atuante no roteiro. E mais do que uma bela surpresa, assim como aquela
encenação significou para o personagem de Castle o reconhecimento de perceber o
quão grande é a sua presença no coração de Beckett. Para os fás, este episódio
foi símbolo da consideração de Marlowe em todos aqueles que alimentam o sucesso
desta história.
E
parafraseando as garotas da equipe Queens
of the lab: “À mais cem episódios de crimes, mistérios, romance e diversão...
Thank you, Marlowe.”.
Momentos cutes ou absurdamente engraçados:
Kate coçando o pé
de Castle por ele não conseguir, e depois deixando um beijo na perna machucada
antes de sair – Definitivamente
muito cute.
O desespero de
Castle quando o helicóptero quebra é tão grande que não há como compará-lo com
uma criança quando perde seu brinquedo favorito.
Castle entediado
ligando pra Beckett perguntando quando ela voltará para casa, enquanto brinca
com uma lupa, mais engraçado é uma Beckett totalmente sem graça diante de
Esposito e Ryan e ordena que os dois não digam nada.
Quando Beckett
acorda encontra Castle dormindo apoiado sobre o binóculo: “seriously?”.
Castle tentando
filmar enquanto o rapaz carregava o tapete para fora do apartamento, como
detetive ele é um péssimo investigador.
Alexis observa
enquanto o rapaz tira a roupa admirando-o, Castle toma o binóculo de suas mãos,
decepcionado. Então ela pego outro em cima da mesa e continua a observar.
O que dizer do
tombo épico do Castle? Posso dizer que chorei de tanto rir todas a vezes que vi
aquela cena.
Quando Beckett
aceita investigar o armazém, mas não move um dedo para ajudar Castle e enquanto
observa o esmalte da unha ele tenta a todo custo desenrolar o tapete com uma
perna travada, o mais legal é o desespero quando ele percebe que tem que voltar
atrás e pedir a ajuda de Kate.
Mais épico foi ver
o desespero de Castle enquanto tenta correr sobre muletas.
Eu
só percebi que era armação quando a Kate enfatiza a palavra “geladeira”, até
então, eu achei que ele estava certo, e você leitor, quando percebeu que era
tudo armação?
12 comentários
Amei essa review. Perfeita, assim como esse episódio de Castle.
ResponderExcluirRi demais e admito que chorei no final.
Muito amor por essa série.
ótima review.. e que episódio mais fofo, foi perfeito *---*
ResponderExcluirps: eu desconfiei da armação no meio do ep quando a Alexis se junta ao Castle..
Dxo parafrasear Richard Castle, gente. "THAT WAS EPIC!" Que episódio perfeito! Eu simplesmente amei. Tipo, top de epis favoritos. Concordo com o que foi dito na review, "The lives of others" agregou tudo que amamos nessa série: O lado crianção do Rick, sua teimosia em investigar sozinho, o ceticismo de Kate e o desenvolvimento dessa relação, diversos momentos Caskett (o povo do tumblr ta sutando até agora! mtos mtos gifs), momentos pai e filha, Martha e suas respostas espirituosas, a dupla dinâmica em sua melhor forma, ou seja, um episódio delicinha de se ver...Thank you, Marlowe! No one's ever done something like that for us before. A Hundred More. *_*
ResponderExcluirEsse episódio como um todo me fez soltar o maior "ouuun" de todos os tempos kkkkk como a Beckett mudou gente!
ResponderExcluirAmei o review como sempre Sol.
ResponderExcluirEsse episódio foi absurdamente ótimo! E Review perfeita tb. Engraçado tb quando Castle fala que Javi e Ryan poderiam ser "as angels" e ele o Charlie =D. NUUUNCA imaginei que pudesse ser uma pegadinha... Fiquei super aflita no final esperando encontrar o suspeito rendido por Beckett depois do 'apagão' rsrs. Foi muito bem feito, as pontas todas amarradinhas.Conseguiu resumir a série... a sua essência ( o review tb).
ResponderExcluirAh, tb fiquei emocionada no final... principalmente com a frase das Queens.
Marlowe deu tudo o que os fans queriam em um só episódio! Ele é um gênio!!!
ResponderExcluirQue venham mais 100 episódios!!!
Excelente review, obrigada. O episódio foi ótimo e comemorou com humor e qualidade o 100º episódio de Castle.
ResponderExcluirÓtima review Sol!!! Como de costume!!! Esses momentos cutes foram mto bons mesmo, kkkk.
ResponderExcluirComo já foi dito em todos os comentários anteriores: review excelente assim como o episódio!
ResponderExcluirAlém disso, prometeu e cumpriu, a review saiu super cedinho mesmo :) para alegria de nós fãs que mal vemos o episódio ficamos logo loucos de vontade de ir ler a review e comentar! E este episódio teve mesmo de tudo. Daqueles para ver e rever, sem dúvida. Ainda mais porque eu sou muito crente e só me apercebi que era tudo armação quando ele abriu a porta e deu de cara com a festa surpresa.. Em minha defesa, tenho a dizer que assisti alguns dias depois, se tivesse visto mesmo no dia 1 ou logo a seguir talvez estivesse mais atenta a pegadinhas e me tivesse tocado mais cedo rsrsrs
Venham mais 100!!
Galera, agradecimento geral a todos que curtiram esta review, fico feliz e sempre tópico aberto para maiores detalhes que passaram despecibos, hein.
ResponderExcluirObrigada! :)
Mewww em nenhum momento achei q era pegadinha....adoro Castle...aiiii como eu odeio os hiatossss!!!!!!!
ResponderExcluirComenta, gente, é nosso sarálio!