Cougar Town 4x14/15 (Season Finale): Don't Fade on Me/Have Love Will Travel

19.4.13


Aquela season finale em que a gente chora e nem é de rir.


Lembro que quando a terceira temporada de Cougar Town acabou, foi aquela incógnita sobre a existência de uma quarta. Também lembro que o Tom era a pessoa mais excluída ever. E que Jules e Grayson vivenciavam o ápice do relacionamento (ah! Bons tempos...). E claro, que Ellie era malvada.
Quanta coisa mudou! Isto é, Ellie continua tão má quanto possível, mas, isso à parte... tudo mudou. E a quinta temporada tá aí, linda, bela e garantida pela TBS. Tim tim! Brindem com vinho.

Como é de praxe, a season finale da quarta temporada foi exibida na mesma data em que o penúltimo episódio. Na verdade, foi uma finale dividida em dois episódios, aquele lance que a gente já conhece.

Nos primeiros vinte minutos o gostinho de encerramento já veio com o planejamento da viagem às Bahamas, e a discussão sobre a ida ou não de Tom (Ellie foi contra, nenhuma novidade, né?). O primeiro título da noite também foi nostálgico: “Bem vindos a Cougar Town! Lembra-se de quando queríamos mudar o título? Ah, bons tempos! Obrigada por permanecer conosco!”.

Já que não eram quaisquer episódios, mas os últimos da temporada, várias crises foram lançadas para serem resolvidas antes do fim. Primeiro, a problemática do primeiro beijo de Laurie e Travis. Se você tava achando que ia ser fácil depois que a loira se declarasse, é claro que estava enganado, tolinho. As tentativas foram engraçadas e frustrantes a ponto de chorar e perduraram pelos 40 e poucos minutos da finale. Não tava fácil pra ninguém.

Aliás, Cougar Town tá boa para virar drama. Dessa vez, o problema-mor de Jules era com o pai. Depois de saber que uma conhecida da Sra. McCormick havia morrido, a protagonista surtada enfiou na cabeça que papai morreria também – e logo. Infelizmente, o lance só foi engraçado enquanto tentavam levar o velho pra um check-up.

Muita coisa mudou mesmo e em quatro anos de série, Grayson Ellis passou de mulherengo pegador de cocotinhas pra marido espezinhado egocêntrico que vive de passado (frustrado). A ideia de montar uma boyband na plenitude dos seus quarenta e as confissões ~nas entrelinhas~ sobre o fracasso em Hollywood quando era novo foram ótimas – alguns dos poucos momentos que não deram vontade de chorar.

E dá até medo de pensar no que vem por aí, mas Grayson e Ellie estão tão grudados que Andy (pessoa mais excluída que o Tom na temporada) já pode ficar esperto e esperar um divórcio – se isso acontecer, Riggs que se cuide! – Destaque pra dupla unha e carne trollando Laurie e Travis, os “lovahs” (na pronúncia irritante da Sra. Torres).

O drama chegou ao ápice em Don’t Fade on Me  com a morte precoce, mas esperada, de Big Lou. (a verdade é que fiquei tão fragilizada que não consegui escrever a resenha antes! Aham.)

E choros compulsivos foram garantidos com a cena mais emocionante de toda a finale: a reconciliação de Bobby e Dog Travis, que vivenciavam uma das maiores crises (o loiro tava dando mais importância pro cachorro que para Riggs, nada condenável quando falamos de Bobby Cobb). Está no top 3 dos melhores momentos.

Na primeira parte da finale, só ri para valer mesmo com a cena final de Tom perdido nas Bahamas quando todos tinham mudado os planos e ido para Los Angeles. O careca sinistro deixando mil e um recados na caixa postal de Jules e dizendo que adorava quando era trollado pela panela foi épico.

Have Love Will Travel, a finale propriamente, começou bem com a chegada de Tom à L.A., seguida da gafe de Jules sobre a calçada da fama – um cemitério de famosos, na cabeça (oca) dela. Como a missão principal agora girava em torno de agradar o pai de Jules, recém-diagnosticado com Alzheimer (é, nada engraçado), e ir para a terra das celebridades não havia se mostrado tão ~empolgante~, a gang ingressou na tarefa de encontrar a musa Tippi Hedren e apresenta-la ao vovô enfermo.

Para Laurie e Travis, havia também a missão do beijo. As melhores cenas do casal foram as passadas em L.A. Inclusive o quase humor negro de Travis pegando fogo. Ah! E até o futuro sogro comentando os peitões da futura nora.

Andy não podia passar ileso e entrou em crise de identidade por não ser visto como latino. Muitos “C’mon!” e sofrimento para quebrar o peso que era a situação de Jules com o pai: não teve como não se divertir com a frustração de Andy.

Enquanto um não conseguia provar ser latino, outro tentava interpretar e com sucesso. Grayson e sua atuação como personagem italiano foi um must do horror. Hilário!

Repito: Cougar Town daria um bom drama. Mas a verdade é que a série consegue jogar questões profundas com uma leveza que o espectador nem sente. Ou até sente, mas logo em seguida é obrigado a rir com uma cena nada a vê e não acha o problema tão ruim assim. A impotência de Jules diante da doença do pai foi um lance muito deprimente, mas situações como a cara de dó do Tom ou o amor-próprio exacerbado de Grayson aliviaram a tristeza.

Porém, não foi a comédia que predominou no desfecho, mas o amor e a amizade. Chick teve o sonhado encontro com a elegante Tippi, Grayson deixou o ego de lado um pouco e tratou de garantir à esposa um luau digno com a panela na praia e... Travis e Laurie beijaram (ela quem tomou a iniciativa, quanto amor!)!! Love was in the air!

Sem quebrar a tradição, a taça de vinho “morta” foi reposta por uma maior: a nova membra da turma é Big Tippie. Tim tim! Desce o vinho!

Para não esquecer que a série ainda é uma comédia, o encerramento com o vídeo de Grayson mostrando seus skills de artista foi de rachar o bico. Quem sabe na próxima temporada, né G-man?

No quarto ano, predominaram as reflexões mixadas aos momentos sem propósito. E isso é positivo: Cougar Town se consagrou como uma série que não faz apenas rir ou emociona, também faz pensar. 

Aguardemos então a garantidíssima season 5! E Penny Can! (o jogo tá quase tão esquecido quanto Andy Torres).

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