Dexter 8x09/10: Make Your Own Kind of Music/Goodbye Miami

15.9.13


O fim está próximo. De verdade.


Talvez seja prematuro definir Dexter antes do final da série – agora tão próximo, para alívio de alguns e angústia de outros. Mas, arriscarei, resumindo a trama como o desenvolvimento de um psicopata incapaz de se afeiçoar aos demais mortais que, ao longo do árduo caminho de assassinar (outros?) criminosos acabou descobrindo-se capaz de amar.

Será que a finale nos reserva um desfecho calcinha do tipo Dex, Hannah e Harrison vivendo felizes para sempre na Argentina, Debra de volta à Miami Metro e enfim casando com Quinn (porrã!) e Masuka arrumando uma mãe pra filha sem noção que até agora parece sem propósito no enredo? Ou podemos realmente contar com um ponto final com jeito de exclamação, que deixará todos sem ar e lamentando o fato de não haver próxima temporada?

Especulações à parte, entre o levemente monótono Make Your Own Kind of Music, o hiato e o drama de Goodbye Miami, nos aproximamos do 8x12 com algumas questões solucionadas – ou incógnitas reveladas, digamos.

O 8x09 trouxe um pouco mais do conto de fadas dos capítulos anteriores. Muitos momentos lovey dovey entre Dexter e Hannah que me deixam até assustada, passando por um beijo não muito surpreendente entre Deb e Quinn. Se tem uma coisa que ainda não deu para entender é qual o papel da filha de Masuka (se é que terá algum) e o de Elway. Quanto a esse último, está claro que servirá de pedra no sapato na fuga de Hannah, junto com o (mais aleatório ever) cara do U.S. Marshalls. Mas e as interações esquisitas com Deb? Pelo pouco tempo restante, parece que darão em nada se não confusão. E vai dar namoro entre a mocinha Morgan e Quinn, no fim das contas. Oremos. E choremos.

Apesar das pontas soltas, Make Your Own Kind of Music trouxe sentido à existência de pelo menos um dos novos personagens: Oliver Saxon aka Daniel Vogel. O cara parecia suspeito demais para ser culpado, porém, acabou reforçando o papel da própria Evelyn na trama. Que pena para Zac Hamilton, aparentemente promissor... por pouco tempo.

Com a revelação de que o filho pródigo da Dra. Vogel estava vivo, veio mais caçada – e a mostra de que Dexter se apegou até mesmo ao menino Zac, encarando o plano de matar Saxon/Daniel como vingança pessoal. Evelyn, por outro lado, queria defender a cria. O tema família nunca esteve tão em alta na série, lance que veio ganhando relevância ao longo das temporadas, e o 8x09 focou bastante nas relações dos personagens. Dex estava entre armar a cilada para Saxon e proteger Hannah. As perseguições são tantas nessas alturas do campeonato que dá para se perder no quem quer o pescoço de quem.

Assim, o ponto surpreendente do episódio foi a efetivação da mudança de postura de Debra. A personagem foi do inferno ao céu desde o início da temporada final, e está pronta para ser canonizada. Em vias de voltar a ser membro da Miami Metro Homicide, a irmã de Dexter chegou ao ponto de aceitar Hannah e mesmo protegê-la. Isso é que amor por Dex! Agora, pergunto de novo: final calcinha à vista?

Está difícil de saber o que esperar. E, dando um up com relação ao 8x09, veio Goodbye Miami, com o bom e velho sangue que o protagonista gosta tanto. 

O drama na família Vogel estava no limite. A Evelyn sinistra do início da temporada deu lugar a uma frágil idosa em crise na escolha do “filho certo” (e o pobre Daniel estava perdendo também para o irmão espiritual, Dexter).

A caçada do episódio anterior continuava: Dex-Saxon e vice-versa, U.S. Marshalls/Elway à Hannah. Mas, com certas complicações: Dexter resolveu comunicar a Batista que sairia da Miami Metro... e antes do final do episódio a notícia já tinha chegado ao Japão – ou pior, aos ouvidos do U.S Marshall Cooper. E não para por aí: o acidente de Harrison foi o ingrediente perfeito para expor McKay, inclusive na falta de habilidade de cuidar de crianças. Além disso, a questão Saxon não se tornava mais fácil de resolver, já que o assassino estava ciente do ataque iminente.

Nesse meio tempo, rolaram também altas emoções e declarações. As declarações na maioria incluíram Debra: dando mais um passo na recuperação, aceitou bem o aviso prévio do irmão e melhor ainda a confissão de Quinn. E Jamie já é página virada... amém.

A tensão avançou ao longo do episódio, com a proximidade do momento em que Dexter acertaria as contas com Saxon. A cena de Hannah com Harrison no hospital já servira para dar nervoso, porém, a cereja do bolo foi nada menos que a morte de Vogel. Se houvesse próxima temporada, não espantaria se Dexter tivesse Harry e Evelyn personificando as vozes da consciência. A reação do assassino em série ao ver a doutora quase decepada pontuou a ideia de que ele é capaz de ter sentimentos pelas pessoas.

Qual será a conclusão dessa guerra quase ao estilo Freddy vs. Jason? Estamos a dois passos (episódios, no caso) de descobrir. Que seja positivamente surpreendente!

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