Revenge 3x10: Exodus
17.12.13
Gloria Perez manda lembranças.
Pela primeira vez como reviewer, eu não sei como começar
a escrever. Porque não sei muito bem o que pensar sobre essa Mid-Season Finale.
Meu maior inimigo foi a expectativa. Depois de tantas promessas, Revenge me fez
esperar por algo imprevisível, twists de explodir cabeça. Mas o twist acabou
sendo que não havia twist algum. O samba que tanto amamos estava ausente para
que fizessem um episódio mais “moderado”. Talvez para quebrar um pouco o ritmo
(que não precisava ser quebrado).
Ou talvez seja aquela estratégia idiota (mas funcional)
de fazer um início lento e jogar toda a tensão para os minutos finais, assim
todo mundo acha que o episódio foi maravilhoso, julgando apenas pelo final. Foram
30 e poucos minutos de puro lengalenga e o final, mesmo que um pouco tenso,
está longe de ser imprevisível. Sem contar que isso pode mudar a dinâmica da
série de agora em diante, o que tanto pode acabar levando a um poço tão fundo
quanto foi a segunda temporada, quando tentaram dar uma inovação à série. Falo
por mim e posso até estar enganado, mas um grande ponto de interrogação surge
aqui (principalmente após ver o promo do 3x11). Espero que os roteiristas
saibam o que estão fazendo.
O plano de Emily acabou se revelando bobo e sujeito a
várias falhas. Trancar Victoria para que ela não tivesse álibi, sujar tudo com
seu próprio sangue e sumir. Todo mundo já sabia que não daria certo, só que o
impedimento acabou não fazendo sentido. Aiden deveria trancar Vic. Ele chega,
ouve a conversa dela com Lydia, que finalmente mostra a bendita foto e aí… CADÊ
ELE? Ele simplesmente a deixa sair e se juntar a Emily para mostrar que
descobriu que ela é uma impostora. Aí Victoria joga a pulseira que a
incriminaria no mar, por puro capricho, só pra esfregar na cara de Emily que
sabe que ela é uma gold digger (o que nem é verdade). Tudo muito conveniente,
não? Havia várias outras maneiras de ferrar aquele plano e escolheram a mais
idiota. O que aconteceu foi preguiça por parte desses roteiristas, só pode.
Conveniente também foi essa tentativa de suicídio de
Sara, que não tem função nenhuma além de deixar Daniel putinho, o que
contribuiu, junto com uns goles de álcool e a descoberta de que Emily fingia a
gravidez, para o impulso de atirar nela. Isso até poderia ser bacana e abre
muitas possibilidades, como um Daniel menos idiota e mais Grayson, mas também
poderia ser mais bem pensado. Sem contar que ele diz ter ouvido tudo, mas deixa
passar Aiden pegando a mãe dele e dizendo a Emily o que fazer. Muito estranho.
Jack aparece do nada na praia onde ela deveria encontrar
Aiden e aí o vestido é arrastado pelas ondas até a praia. Porque é SUPER normal
você tirar o vestido após levar dois tiros e cair no mar. Não me digam que foi
pra facilitar o nado porque tirar aquele vestido seria ainda mais difícil que
nadar com ele. Isso tá começando a virar as escrotices que só Pretty Little
Liars sabe fazer.
Resumindo os pontos positivos, devo confessar que algumas
cenas, como o casamento, os flashbacks e o discurso de Emily foram bem bonitas.
A “despedida” de Emily com Nolan e Charlotte foi bacana também, apesar de
Charlotte se mostrar completamente bipolar, numa hora odiando Emily e na outra
amando. Quase gosto também da tensão criada entre Emily e Jack, mas acho que
isso vai dar uma acalmada agora, com os rumos tomados.
Mais uma vez, o confronto de Emily e Victoria estava
ótimo. Isso é algo do qual ninguém pode reclamar. Emily e Madeleine arrasam e
eu amo ver as duas se bicando, ainda mais agora que Vic tem cada vez mais
motivos para querer destruir Emily. Acho difícil ela desmascarar Emily para
todos, pelo menos por enquanto, apesar dela ter a foto como prova. Mas sabe-se
lá que planos essa mulher vai ter; o mesmo vale para Emily. O legal é que agora
o duelo de divas vai ficar mais intenso e Emily tem sua vingança a perder dessa
vez, então ela precisa começar a pensar muito bem antes de agir, ao contrário
da impulsividade que ela está tendo ultimamente.
Entre aquelas coisas avulsas que a gente nunca sabe onde
vai dar, além do lance do vestido, tem Conrad assumindo seu amor por Lydia e
prometendo agitar a vida de todo mundo e Patrick de volta só pra descobrir o
monte de controles e o cofre de Nolan. Será que ele vai descobrir os segredos
sujos da mamãezinha e como Nolan está ligado a ela? O que isso significa para a
vingança de Emily? Se Patrick descobrir tudo, terá de escolher um lado, e não
duvido nada que ele escolherá o de Vic. O pobre Nolan mais uma vez perde a
chance de um amor graças à aliança com Emily. Isso talvez possa significar uma
mudança na storyline do personagem, uma coisa que sempre ameaçam fazer, mas
sempre voltam atrás.
Com tudo isso, creio que pra mim Exodus foi agridoce. Talvez seja minha culpa mesmo, devido a grande
expectativa que eu havia criado. Não vou ser completamente chato, no entanto. Não
nego que o episódio foi muito bonito, desde o título, que foi bem representado,
à ambientação, ao clima que, mesmo festivo, tinha aquela pitada de blood is
coming. Além disso, acho que, depois da sequência de ótimos episódios, Revenge
tem o direito de pisar na bola pelo menos uma vez. O que não pode é isso
permanecer e virar uma bola de neve justo agora que a série havia se
reencontrado, voltado aos eixos.
P.S.: Revenge volta dia 5 de janeiro (meu presente de
aniversário) para mais três episódios antes de voltar de vez para a sequência
final, em março. Não sei o que a ABC pretende com isso, mas me parece certa
insegurança com a audiência.
2 comentários
Falou tudo o que eu penso a respeito do episódio mas não conseguia expressar!
ResponderExcluirMaldito monstro da expectativa!
Como ja havia dito no grupo do facebook. Tudo isso não passou de um Fringe event
ResponderExcluirComenta, gente, é nosso sarálio!