Arrow 2x09: Three Ghosts

17.12.13


Arrow fechando o ano com chave de ouro.
Em State vs. Queen, vimos que o julgamento de Moira estava fadado ao fracasso. Não tinha como a mulher sair ilesa. De alguma forma, foi isso que aconteceu, mas não tinha como ter sido ao acaso – alguém com muito poder dentro da cidade deve ter mexido alguns pauzinhos para fazer o veredicto acontecer. Logo pensei em Brother Blood, mas ele não gosta dos Queens. Portanto, só mais uma pessoa tinha o poder suficiente para tal ação – e, por isso, não foi nenhuma surpresa ver Malcolm atirando flechas para todos os lados novamente. Mas descobrimos que essas flechas na verdade foram atiradas 18 anos atrás, culminando com o nascimento de Thea, sendo esse outro momento que deveria ter chocado mais, porém, Laurel já tinha jogado todas as cartas na mesa quando conversou com Moira antes do julgamento.

A volta de Malcolm compromete a narrativa da série, uma vez que sabemos que Arrow não lida com plots sobrenaturais. Falo isso porque a cena em que Malcolm morre ainda está bem forte na memória e não tinha como aquele homem sair ileso. O poderoso disse que sabia muito bem fingir estar morto, mas acho que isso não envolve ser atravessado por uma flecha. Sabemos, porém, que nada acontece ao acaso na série e espero que a volta de Malcolm venha com bons plots. Por outro lado, presenciamos a volta do Conde, todo trabalhado em epidemia com seu plano de transformar todos os habitantes de Starling City em viciados em Vertigo. Porém, pra quê isso mesmo? Em nenhum momento isso ficou claro. Além do mais, Conde realmente achava que conseguiria sair ileso e que ninguém descobriria a causa da doença? Outro problema nessa narrativa foi a amplitude do problema. Enquanto fomos informados que a cidade inteira estava sob estado de calamidade, vimos só DUAS pessoas vítimas do Conde.

O episódio The Scientist fez com que quase todos os plots focassem em um só arco – o super soldado. Roy e Thea passaram o episódio indo atrás do amigo de Sin, os flashbacks da Ilha de Lost foram sobre a descoberta do super soro e Felicity, Oliver, Diggle e Barry lidaram com o super soldado nos dias atuais. Primeiramente, devo comentar que os flahbacks da ilha estão bem interessantes – algo que não podia ser dito alguns episódios atrás. Até mesmo a presença de Sara não atrapalha o andamento da narrativa. Porém, sabíamos que nosso eterno Cyrus não iria morrer por causa do soro, inclusive, quando Oliver disse que matou e queimou na Ilha provavelmente deve ter sido Slade. O destino do moço então está selado, mas onde Shado entra nessa equação?

A grande surpresa do episódio foi a primeira aparição de Barry Allen, o Flash dos quadrinhos, todo trabalhado na sensualidade de nerd para cima de Felicity. Os dois, obviamente, mostraram uma química invejável, mas sabemos que os roteiristas só estão se fazendo de difícil até que Olicity aconteça. Esperava uma reação mais ciumenta por parte de Oliver, mas foi ótima a tirada na festa de Mama Queen e todo o trabalho que ele precisou para provar que Barry não é quem ele diz que é. A apresentação do novo personagem foi interessante e Barry se encaixou muito bem na dinâmica, mesmo parecendo ser um adolescente. Já foi anunciado anteriormente que a CW estava desenvolvendo uma série para o Flash e que a aparição de Allen em Arrow seria só uma amostra do que viria a seguir. Se conseguirem manter o personagem da maneira apresentada aqui, tenho certeza que estamos diante de uma nova boa série. Muito irônico, porém, que o futuro Flash é o cara mais lerdo e atrasado do mundo.

O final do episódio trouxe Barry de volta, mas isso não aconteceria se não fosse por Oliver tentando acabar com o super soldado sozinho. Three Ghosts fechou o ano com chave de ouro, e as participações foram pra lá de especiais. Tivemos Cyrus, Shado e até mesmo Tommy. Sem dúvidas, estávamos diante de uma repaginação de A Christmas Carol e isso não é nenhum insulto – os três fantasmas (sendo um não tão fantasma assim) se enquadraram bem dentro do episódio, culminando na grande revelação de que Brother Blood trabalha para alguém muito maior, mas esse alguém não consegue enxergar tudo ao seu redor – Slade.

Com a notícia de que Slade passaria para o elenco regular da série, tudo estava claro. Veríamos Slade, o vilão que todos amam. E para melhorar, ele está em Starling City, com um plano de vingança que envolve acabar com a vida de Oliver só porque ele também gostava de brincar de florestinha com Shado. Independentemente de suas motivações, Slade deixa muito claro que ele não tem planos de simplesmente matar Oliver. Ao contrário, ele quer destruir todos aqueles que Oliver se preocupa. A edição desta breve montagem é significativa: Lance será dilacerado, Roy será destruído e Felicity será corrompida. Será interessante ver esse plano colocado em ação quando a série recomeçar em 2014. Perceba, porém, que Laurel não fez parte da montagem – OU SEJA, até Slade reconhece que a personagem não é importante.

O passado voltou (literalmente) para assombrar Oliver, mas convenhamos que a decisão de proteger Sara foi muito idiota. Primeiramente, Dr. Ivo já deixou claro que a vê como alguém que o ajudará a salvar a humanidade, então Sara não estava tão em perigo assim. Além disso, Shado era alguém que Oliver parecia gostar genuinamente e prova disso foi a decisão de voltar ao acampamento episódios anteriores ao perceber que ela estava em perigo.

Em compensação, a continuação da participação de Barry Allen foi divertidíssima. Mesmo com Oliver gritando na sua cara, Barry nem se abalou e basicamente o chamou de idiota, no começo do episódio. O melhor, porém, foi ele indagando o motivo do herói usar uma tinta nos olhos e não uma máscara, entregando no final do episódio o melhor episódio de natal que o Arqueiro poderia ganhar. Tirando isso, Barry foi usado mais como um personagem sem necessidade nesse episódio, mas as cenas em que ele tenta dar em cima de Felicity também agradaram. Porém, qualquer mau uso do personagem foi perdoado no final, afinal vimos mais um herói nascer, com uma sequência interessantíssima, com Barry em um lugar cheio de substâncias químicas, totalmente vulnerável ao material que estava sendo dissipado pelos ares da cidade. Espero que esse Piloto saia do papel e que a CW dê sinal verde para a produção da série.

É importante ressaltar que Quentin poderia ter sido facilmente a morte divulgada do episódio. Na verdade, seria compreensível que isso acontecesse. Bastante gente acha que quando Laurel perder o pai ou a irmã, ela finalmente se tornará interessante e transformará na heroína que sabemos que vai se transformar. Talvez ainda não tenha chegado essa hora, mas havia muito a possibilidade de Brother Blood terminar o serviço que o super soldado deixou para trás. Felizmente, nada aconteceu.

Por outro lado, Roy finalmente terá uma importância maior na série daqui para frente. Não estava esperando vê-lo se tornando o novo super soldado, mas isso fará com que ele tenha um maior envolvimento com o Arqueiro, finalmente conseguindo aquele tão sonhado encontro. Pena que Thea ainda existe para atrapalhar a consumação.

A série só volta dia 15 de janeiro e com certeza será complicado esperar até essa data – principalmente agora, que Arrow finalmente mostrou seu grande potencial, ao começar e terminar sua temporada de outono com ótimos episódios, plots interessantes e provando que ainda tem muito para mostrar. 

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