The Blacklist 1x10: Anslo Garrick: Conclusion

11.12.13




No fim da primeira parte desse episódio duplo, acreditei que os roteiristas da série teriam coragem de matar dois personagens irrelevantes. Aparentemente não, o tiro no final do capítulo anterior na da mais era que uma enganação desnecessária e totalmente sem sentido.

Quando escrevo dessa forma, pode até parecer que assisto a uma série esperando que todos morram apenas pelo choque. Não seria verdade, entretanto. O que espero de qualquer história é que seja capaz de avançar sem medo de abalar sua estrutura básica apenas para permitir que na próxima semana um espectador esporádico possa acompanhar os eventos sem se sentir perdido.

Excetuando-se essa falta de coragem – sendo justo, séries em geral sofrem desse mal já que sempre adiam o máximo possível qualquer evento impactante —, Conclusion é bem melhor que seu antecessor, se aproveitando do sequestro de Reddington para criar um ritmo acelerado, que consegue misturar ação com conspiração de uma forma bastante eficiente.

Ver que a segurança de Reddington vai muito além de Dembe ou do FBI adiciona a imagem de alguém que esta sempre preparado que ele possui. Se até agora parecia que ele andava tranquilamente por ai apenas contando com o FBI para protegê-lo da provavelmente enorme lista de inimigos que ele possui, fica claro que ele tem sempre um plano de contingência, mesmo quando parece perder.

O que me leva aos poderosos e misteriosos inimigos de Reddington que ordenaram o seu sequestro, e que aparentemente sofrem do mal de todo vilão estereotipado: megalomania. O discurso de Fitch, dizendo que poderia pegar Red quando bem quisesse mas que escolheu fazer do modo mais difícil apenas para mostrar que pode é tão cansativo. Ele já foi visto tantas vezes que é fácil prever como aquilo termina: o antagonista será derrotado por uma armação inteligente de Reddington e que ninguém previu por que estavam todos ocupados demais reafirmando o quanto são poderosos.

A conexão entre da invasão da base secreta do FBI com a vigilância da casa de Elizabeth aumentou o clima conspiratório que ronda a série desde o seu começo e também serviu para, mesmo a distância, construir a confiança cada vez maior que ela tem em Red. Apesar de nunca acreditar completamente nele – qualquer pessoa em sã consciência faria o mesmo – ela demonstra uma preocupação por ele nesse episódio que não condiz com o seu discurso, onde ela parece desejar vê-lo o mais longe possível dela. A maior marca dessa ligação é o fato dela finalmente ter suspeitado do óbvio e perguntado a Reddington se ele é o pai dela.

O final, quando Reddington vai embora sozinho, é mais relevante que os eventos anteriores, tendo mais importância do o ataque ao FBI, que deveria ter sido o grande momento de tensão desses episódios. É até paradoxal que um episódio termine numa truque rasteiro para criar um gancho a quarenta minutos depois os mesmos roteiristas terminam a segunda parte com um acontecimento que de fato muda a dinâmica da série. Sem alardes ou exageros superficiais, apenas contando uma boa história.


PS: Eu acho que o Reddington trabalha, ou já trabalhou, para a CIA e esse é um dos segredos do passado dele. Vamos ver se os próximos episódios apresentarão mais evidencias que suportem essa ideia.

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1 comentários

  1. Concordo Diogo, embora a April ainda seja um pouquinho estérica, ela evoluiu! E eu também prefiro ela com o Matthew! Porque pra mim Avery é chato! Sem Sloan, Avery é apenas um cara que ta lá pra ser bonito. E se não focarem novamente na amizade dele com a April, ele vai se tornar mais desnecessário ainda...


    E concordo plenamente com todo o restante da review.
    Agora que a Bailey vai tomar uns remedinhos e ficar boa do transtorno, ela poderia ser a Nazi de novo pra cima desses internos imbecis.

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