American Horror Story 3x11: Protect the Coven

18.1.14


Supreme + Voodoo Queen = Um problema que nem Papa Legba nem o dinheiro podem combater.

Eu meio que tinha dado um prazo para American Horror Story semana passada. Ainda tinha esperanças de que três episódios pudessem dar conta de amarrar as pontas soltas e detalhes que parecem ter caído no esquecimento de Titia (como a vagina de ZzzZZoe, por exemplo). A essa altura, Asylum já tinha todos os seus plots secundários resolvidos. Não é o está acontecendo com Coven. O problema é que Titia Ryan quer dar atenção a todos os seus 200 personagens numa temporada de 13 episódios. Ele já deveria ter percebido que isso não dá certo nem com Glee, que tem 22.

Apesar de saber disso, eu simplesmente não consigo odiar Coven. O excesso de estímulos, num certo ponto, acaba causando o efeito reverso. Nesse caso, o excesso de Ryan Murphy ao longo desses anos me tornou imune aos seus efeitos, me tornando completamente addicted, de um modo tal que tudo consegue passar. Talvez seja isso.

Indo ao que importa, Protect the Coven teria sido um ótimo episódio, se fosse há semanas atrás. Para o ponto em que a temporada está, foi fraquinho. O legal é que pelo menos o que diz respeito a Delphi parece ter sido resolvido, com Fiona e Laveau matando os diretores da corporação, com o Axeman fazendo a maior parte do trabalho, sua única contribuição real para a série. Destaco essa parceria entre Fiona e Laveau. As duas são ótimas juntas, com falas cretiníssima e funcionam melhor como amigas do que como inimigas. Isso não significa que eu não gostaria de ver um duelo épico entre as duas no final; pelo contrário, uma aliança agora só tornaria esse duelo mais épico.
Queenie está de volta, com mais uma possibilidade para nova Suprema, trazendo LaLaurie com a cabeça no lugar. O engraçado é que ela chega querendo a atenção de todo mundo, reclamando e humilhando, quando na verdade foi ela quem abandonou a academia e não merece satisfação nenhuma. Quanto a Nan (who fell in the tub), acho difícil que ela volte, já que o Papa Legba levou sua alma com ele. E aguardo ansiosamente o retorno triunfal de Misty.

Kathy Bates foi a dona do episódio. Seu flashback não adiciona nada, apenas reforça sua louca obsessão (tudumpá) por sangue. Essa obsessão é retomada após muito desprezo e humilhação por todo mundo, que inclui ser feita de cachorrinha por Queenie e vários insultos. Tudo bem que ela merece aquilo tudo, mas não vindo de ninguém ali, porque ninguém ali presta. LaLaurie ainda resolve se vingar, servindo o cocô de Madison, o que rendeu na horrível piada da sopa de “coconut”. Spalding ainda engana a coitada fazendo-a acreditar que antialérgicos poderiam ajuda-la a matar Laveau só para que ele pudesse ficar com o bebê, um plot sobre o qual eu me recuso a comentar mais e que sugere algo nojento demais até para os padrões de AHS.

Cordelia também foi um dos pontos positivos. Após ser humilhada, judiada e desprezada, o que toda hora fazia com que eu acreditasse estar vendo a Lana, ela resolve arrancar os próprios olhos, numa cena agoniante, para recuperar sua segunda visão. É outra que espero voltar sambando em geral, assim como Lana fez.

Entre as coisas desnecessárias, a maior delas é o excesso de pegação entre Fiona e o X-man. Eu entendo que Titia quer mostrar ao mundo que Jessica ainda está com tudo em cima (?), que ainda sabe sensualizar e tudo mais, mas já deu. Tão inútil quanto é o triângulo Zoe-Kyle-Madison, que só serve pra explodir os ovários das fangirls com as declarações de amor entre Kyle e Zoe. Quando eles fogem, quase glorifiquei, mas é claro que não vai ser para sempre. Eu só queria, já que é pra ser assim, que Madison estivesse no ônibus, toda diva, fazendo a recalcada que ela é, virando o ônibus de novo ou coisa parecida.

P.S.: Na review passada, cheguei a comentar sobre a possibilidade de Circus para a próxima temporada. Tinha escrito antes de ver a notícia revelando que a próxima se passará em 1950, o que logo nos faz pensar em algo relacionado à Guerra Fria. Se não te faz pensar, isso deverá fazer: “Às vezes eu sinto como se estivesse tentando me livrar do Departamento de Estado dos comunistas”. 


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