Glee 5x15: Bash

13.4.14


Um crime de ódio contra os fãs.

Poucas reações cabem tão bem a esse episódio quanto à de "estão de brincadeira com a minha cara". Desde que começou a degringolar, com a ida de Cory Monteith para a rehab no fim da temporada passada e sua trágica morte durante o hiatus, Glee entrou numa sequência de altos e baixos, com ênfase nos baixos. Aqui, no entanto, chegaram ao buraco que havia no poço, me remetendo ao tenebroso início da 3ª temporada, quando chamei a série de "Gleexo".

Não me entendam mal, entendi perfeitamente a "pegada social" pretendida para esse plot de espancamento e acho mais do que digno que toquem no assunto, especialmente considerando que a série já se apoiou em muitos outros aspectos da luta contra a homofobia e que é trágico que em qualquer canto do mundo ainda tenha gente batendo e quebrando lâmpadas em outras pessoas que não têm o menor dever de dar satisfação de suas vidas particulares. A execução, no entanto, foi simplesmente preguiçosa, sonolenta e digna de anular qualquer interesse pela mensagem. E digo mais: feia, boba e cara de mamão.

Primeiro, abro o questionamento sobre a abertura com quase todo o elenco fazendo a procissão para um vizinho aleatório que nunca foi mencionado da série e que abriu a discussão sobre crimes de ódio do episódio. Ok, entendo que o tema tinha que surgir de algum lugar, mas começou tão de repente e de uma maneira tão descabida que não dá pra comprar. Se ao menos o personagem tivesse morrido, já que não é alguém que tinha sequer sido citado na série antes e não me parece alguém com potencial para voltar, todo o drama pareceria natural. Com a abertura dessa forma e um comentário de "ele vai ficar bem" no final, pareceu que não fazia diferença se esse personagem estivesse na história ou não, já que podiam discutir o tema só com Kurt.

 

Até aí, tudo bem (não). Eis que, dando o prosseguimento mais óbvio possível, Kurt também se mete em uma briga para ajudar a defender alguém e leva uma surra que o leva para o hospital. Tudo muito mal coreografado, com direito a sequência de filme indie pra todo mundo receber a notícia pelo telefone e muitas atuações cafonas, tirando, é claro, a de Burt. É difícil errar com esse homem em cena, mas mesmo assim, nem ele foi capaz de tirar o ar de barra forçada nessa trama.

Trocando o sujo pelo mal lavado, continuamos Samerda com um plot muitíssimo interessante (não) de como Mercedes se preocupa com sua imagem caso namore um homem branco, influenciada por suas backing vocals. Encheção de linguiça das mais cretinas apenas para nos torturar com duas músicas de Merda, sendo que uma delas é "Colorblind", novo single de Amber Riley na vida real, e os roteiristas acharam que seria muito esperto fazer essa pseudo-análise do racismo nos dias de hoje para encaixar essa canção no final. Apenas uma palavra: não.

Antes que me acusem de implicar de graça, só porque estou no time dos que não curtem Merda na TV, pensem bem no histórico da personagem e me digam se ela agiria dessa forma. A mesma Merda que se recusou a tirar fotos sensuais para a capa do CD, dispensou o produtor porque não se sentia confortável com as imposições dele, obrigou a equipe da gravadora a deixá-la respirar novos ares em NY, ia simplesmente deixar pra lá sua chance de dar mordidas em Chocolate Branco porque se preocupa com o que as pessoas vão pensar disso? Não, não, milhões de vezes não.

Não também à insistência sobre a induvidável química que existe entre Sam e Mercedes, trollada com maestria por Kurt, que pode ter tido um plot tão ridículo quanto o do casal, mas pelo menos descreveu a falta de desenvolvimento e sentido deles em uma única fala. Sinceramente, a única esperança que tenho de que alguma coisa saia daí é a reação de Rachel, nitidamente abalada ao saber que Samerda vai continuar. Me prendo à esperança de que a insistência em Samerda é apenas um obstáculo colocado no futuro de Sam e Rachel, o casal do qual somos fãs desde criancinhas – perdão, se não temos Tina, vou de Rachel mesmo, porque Sam precisa ser resgatado.

Inclusive, Rachel foi a única com uma trama decente no meio de toda essa monotonia, ainda que tenha sido tudo apressado e digno de odiar as atitudes da personagem. Continuam apostando nos paralelos entre a personagem e a própria Lea Michele, que desistiu dos estudos para se dedicar à Broadway bem cedo, e dá para perdoar os exageros na condução da história por sabermos que vai sair algo interessante daí. Kurt não estava errado em ameaçar e aposto que surgirão imprevistos dignos de Smash na produção de "Funny Girl", obrigando Rachel a pedir perdão para madame Tibideaux de joelhos.

Músicas do episódio:

"No One Is Alone" - Into the Woods: Rachel (Lea Michele), Kurt (Chris Colfer), Blaine (Darren Criss) e Sam (Chord Overstreet)
Se a cena tivesse contexto e não fôssemos obrigados a entender do que se tratava depois da explicação didática que seguiu a música, talvez fosse melhor. Mesmo assim, versão esquecível para abrir aquela que é provavelmente a pior lista de canções em um episódio de Glee.
Cotação em Merdas: 

"(You Make Me Feel Like) A Natural Woman" - Aretha Franklin: Mercedes (Amber Riley)
Merda sozinha num carrossel, fazendo o dia virar noite e depois dia de novo, numa música que tem 3 minutos, mas parece demorar 3 horas? Obrigado, produtores de Glee, é exatamente disso que precisamos para melhorar a audiência. Sinceramente, me arrependi de não ter pulado.
Cotação em Merdas: 

"Broadway Baby" – Follies: Blaine (Darren Criss) e Rachel (Lea Michele)
Tá aí, o número que não devia ter acontecido foi o que mais valeu a pena. Não é extremamente chata e Dadá e Mãe Lea estavam muito bem. Ganha uma merda porque não um dueto não era a tarefa pedida! #CarmenTibideauxFeelings
Cotação em Merdas: 

"Not While I'm Around" - Sweeney Todd: Blaine (Darren Criss)
Não me ofendeu e provavelmente foi o único momento de alguma (pouca) emoção no meio da trama de Kurt. Quando as duas músicas de Darren Criss são a salvação de um episódio, alguma coisa está definitivamente errada. Actor 1 e Actress 1 que se preparem porque Costar vai acabar puxando o tapete dos dois! (entenda)
Cotação em Merdas: limpinha.


"Colorblind" - Amber Riley: Mercedes (Amber Riley)
Sinceramente, a música não é das piores e o fato de Amber não gritar já ajuda muito. Mesmo assim, perde pontos por ter causado um plot sem sentido apenas para encaixá-la.
Cotação em Merdas: 



"I'm Still Here" – Follies: Kurt (Chris Colfer)
Encerramento de merda digno do episódio. Chris Colfer não faz um solo realmente emocionante desde "I Wanna Hold Your Hand" e sua voz é notoriamente a pior do elenco, perdendo até para Heather Morris, que aprendeu a cantar. Dito isso:
Cotação em Merdas: 

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12 comentários

  1. VALERIANA BARROSdomingo, 13 abril, 2014

    Camis, concordo totalmente com o que vc falou sobre GoT, não vi nada de novo. As vezes penso até em largar esta bagaça.

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    1. Não larga não ! O episodio inicial só foi pra preparar terreno, vai melhorara daqui pra frente ! ;) (Glee estão tão legal que estamos fazendo comentários avulsos u.u )

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  2. Simplesmente amei as cotações em Merda. Ainda bem que pulei as músicas de merda, ja não basta ser torturada com o fato de ela estar no episódio, não serei tbm escutando ela cantar.

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  3. Totalmente a favor de um cast só para my mad fat diary! Pq essa série é muito amor.

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  4. Eu gostei dos episódio.. Rachel me surpreendeu, não esperava aquilo da parte dela.
    Não sei, é estranho, gosto de Sam + Merda. Gosto mesmo! Não é nada de cor, nem por tanquinhos aleatórios, etc. Só gosto mesmo. Acho que é porque não gosto do Sam sozinho. Merda equilibra a situação.
    Trocaria Blaine e Kurt por Tina e Quinn. E estou esperando Sue e Will o mais rápido possível. Assim como uma história para o Artie, de preferência com Raquel. Não amoroso, só amizade.
    Ah! Gostei das músicas! E espero que essa surra do Kurt leve o personagem para algum lugar...

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  5. Oi, amigos do S.A.!!

    Que saudades já estávamos de vocês... sim.. quaisquer 3 dias
    sem vocês já fazem falta!

    Primeiro vamos ao mais polêmico de todos: How I Met Your
    Mother! Eu pessoalmente gostei muito do episódio final! Acredito, sim, que foi
    corrido, mas raros são os episódios finais que não têm uma urgência em encerrar
    todas as pontas soltas, mas se pensarmos bem, no episódio anterior HIMYM já
    havia encerrado o ciclo de várias personagens secundárias e terciárias, o que é
    algo que poucas são as séries como tantas “pequenas”personagens fazem!
    Sinceramente, não me surpreendi com a morte da mãe, na verdade, acho que como
    alguns, eu já imaginava que ela estava morta, pois, pensemos, que filho aguenta
    9 anos ouvindo uma história contada por seu pai de como ele conheceu sua mãe,
    ao invés de simplesmente largar o pai falando e ir perguntar para mãe como
    aconteceu! Concordo com a Camis, how i met contou a história da vida, é assim,
    as amizades vêm e vão, e aqueles que mais importantes sempre estão conosco nos
    momentos mais importantes mesmo que não mais diariamente!

    Agora é esperarmos para ver como será o final alternativo do
    Box de DVD!

    FRIENDS WITH BETTER LIVES: começou bem devagar a atriz que
    faz a Zoe (a solteira) faz um papel muito parecido com o que ela fazia em
    Whitney! Talvez seja o tom de atriz dela... mas venhamos e convenhamos... a
    série não engrenou, mas tem o Dawson, não tem como ignorar!

    MY MAD FAT DIARY: Como eu havia comentado em alguns podcasts
    atrás, fiz a maratona completa! Muito bom mesmo! Mas tenho que confessar,
    demora um pouco a engrenar (Camis, não briga comigo), mas eu só comecei a
    gostar a partir do quarto da 1ª temporada. O seriado vai muito além de um seriado
    para adolescente, a discussão sobre aceitação é muito boa (apesar de em alguns
    momentos ter sido difícil, para mim, entender totalmente os dilemas da Rae).
    Recomendo, com ctz a todos que vejam, e dedos cruzado para mais uma temporada!

    Abraço a todos, e já ansioso pelas histórias do Karaocast!

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  6. Ok, o plot do Kurt foi jogadasso. Mas a conversa entre Burt e Kurt em que o Kurt disse que ele fez o que fez porque é seu filho, e o homem que Burt criou, foi foda.

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  7. ♪ Eu voltei e agora é pra ficar... ♪
    Oi galera do S.A cast, tava com saudades de comentar aqui. Ultimamente tá foda pra ver séries, tô com quase tudo atrasado exceto as prioridades como Gleendo, TGW, Arrow, Nashville e outras. Tá tão difícil que não vi nenhuma das séries novas que comentaram pois estou levando os ensinamentos de Camis em Descargability: "Não quero acrescentar mais nada, só quero descartar."
    HIMYM: Não acompanhava a série e só vi episódios avulsos (leia-se episódios da Robin Sparkles) então não tenho o que falar do final pois nem vi. Erika, também fiquei revoltado que cortaram a música do shopping no series finale, esse era meu único motivo para assistir o episódio. :(
    TGW: A série tá de parabéns por ter feito o que fez, apesar que ainda estou de luto por Will não posso deixar de elogiar por ter coragem de ter feito aquilo. Ansioso pra ver Louis Canning sendo cretino as always novamente.
    MMFD: Olha, foi uma das minhas melhores coisas dessa Mid-season. Concordo com a Camis, também queria mais Chop, Archie <3 e Izzy. Espero que tenha uma terceira temporada pois quero ver mais Finchel.

    PS: Tô adorando as tirinhas S.A. Quero já nas bancas!!
    PS2: Acho que o hype que fizeram com Turn foi por que é do titio Craig Silverstein de NikitAAAAAAA!!!
    PS3: Jura que você gostou de Merda em Glee, Camis? Que merda!
    PS4: Erika, e a Aurora?

    Beijo no ombro a todos e tenham um bom Karaocast.

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  8. Olá pessoal, primeira
    vez que comento aqui (nesse 5x13, porque né?) e já gostaria de dizer que não
    comentei nos posts anteriores p̶o̶r̶
    ̶v̶i̶n̶g̶a̶n̶ç̶a̶ ̶d̶e̶ ̶n̶ã̶o̶ ̶t̶e̶r̶e̶m̶ ̶l̶i̶d̶o̶ ̶e̶l̶e̶s̶ ̶p̶o̶r̶ ̶u̶m̶
    ̶b̶o̶m̶ ̶t̶e̶m̶p̶o̶ porque infelizmente não tive tempo *sadface*, mas farei umas observações abaixo só para não passar batido:


    - Que bloco de amenidades de Merda foi esse? O melhor da temporada facilmente
    - Sobre How I Met Your Mother, estou do lado da Erika e gostaria de ler que Leo e Camis estão errados U_U q
    - Sobre GoT, não achei "ahan!" de boa, mas também não achei que foi a première mais fodástica dos sete reinos. Serviu apenas para mostrar com competência ft. coerência como ficou a situação dos personagens após a finale da temporada passada.

    - Sobre My Mad Fat Diary, concordo com Camis, prefiro a 1ª temporada como um todo, achei que essa correu um tanto no episódio final para corresponder a expectativa do "final feliz" e teria feito isso de forma mais orgânica se tivesse um ou dois episódios a mais, porém isso não interfere na minha visão de que essa é a melhor série "teen" no ar.
    - Que rebeldia é essa de assistir série pelo NETFLIX? Como os tempos mudaram!!!!

    É isso, abraço a todos vocês e boas séries \o/

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  9. Venho por meio desta - todo pnc - defender GoT. A grande sacada do primeiro episódio foi justamente desacelerar - apresentar e reapresentar, localizando os personagens naquele mundo para que a verdadeira ação começasse, vide o segundo episódio. Uma coisa que percebi é que, para os leitores, os episódios estão sendo considerados muito bons por causa da fidelidade, mas ainda mais pela divisão do tempo de tela que, como disse, ficou mais fluida por ter desacelerado. Aí entra a insatisfação ou a não compreensão de todo o amor que os leitores possuem: os não leitores muitas vezes se perdem com tantos personagens, ou até mesmo não se importam, por haver tantos personagens. Então desacelerar foi benéfico porque quem sabe agora todos passem a se importar mais com as pequenas coisas do show, que fazem as cenas de impacto serem bem mais apreciadas.

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  10. Concordei totalmente com vcs sobre himym, achei q iria ficar com raiva ao ouvir mas n, com exceção da Erica '-' rs Eu amei o fim da série sempre amei Ted e Robin juntos e o Ted sempre foi o protagonista, cego foi aquele q n quis ver, o Ted sempre foi o melhor aquele pelo qual eu via, chorava, sorria e sofria. Então para mim foi perfeito eu n acreditava mais, porém quando a filha do Ted diz ''Pai essa é a história de como vc é totalmente, totalmente apaixonado pela tia Robin'' eu apenas sorri e pensei, eu sabia mesmo com todos dizendo ''ela é só é a tia Robin'' é ela só é a tia Robin :) Muitos fãs ficaram irritados com o fim, porém sabemos q a grande maioria desses, sou capaz até de dizer 99% foi apenas em questão de Barney e Robin '-' E para esses gente, n apaguei a série só por causa do final. se fosse diferente eu ainda amaria a série, pq como o Ted disse n importa o fim o q importa é o caminho até ele...

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  11. olar. Tudo azul?
    Como recebi double kiss on shoulder logo no meu primeiro comentario, venho aqui tirar o atraso e falar de coisas dos dois podcasts passados

    HIMYM: mal assisti e já considero pacas. As vezes, a melhor parte da viagem é o caminho (lema de companhia aerea). (e o nome da série é How I Met Your Mother e não How I Met My Wife, desculpa Erika(com K de nikitaaaaaa). O final não foi errado, só desagradável .

    D 100: legal a CW investir em comédias sci-fi.

    Um dia eu assisto MMFD, Raising Hope e FWBL

    GoT: mesmo estando no 1x02, amei o Joffrey(?) ter morrido.

    OB: (vão falar mesmo,né?) Pretinha voltou com tudo e mais um pouco. Pq eu n consigo elaborar planos como os de Sarah.
    Tô com pena da Alisson. Mas ela deu a dica pra enfrentar encoxadores.
    Cosima, abra mais o olho
    Art ficou inteligente como?
    Fee sendo Fee
    E #boooooom na Shakira espelho( percebi pela trilha)

    P.S.: Amei os "projetos de séries" do podcast 5x12. "AHS: Mãe Lea - A Rainha da Macumba" (gravada em Salvador) #boom e (agora o povo me mata,mas lá vai:
    "Breaking Torraxana: A Quimica... (tô com vergonha de por o resto. Imaginem...)

    PS2:pq n falaram da atriz de Reign q XINGOU O BRASIL

    PS3: gostei das S.A Strips (Teasers)

    Ps4: amo os titulos e os teXticulo( textos pequenos) q vem em cada podcast

    PS5: #VoltemAVerShield. Um ep melhor q o outro

    bjs e abraços

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