Glee 6x02: Homecoming

12.1.15



Mudaram as estações, nada mudou. Agora tanto faz, estamos indo de volta pra casa.

Que diferença um episódio faz. Bastou deixar de lado o drama excessivo dos personagens principais, trazer alguns velhos amigos de volta e focar em diversão descompromissada para Glee melhorar consideravelmente. Obviamente sou suspeito pra falar, já que troco qualquer ênfase em Kurt, Blaine e Sue por Tina sendo esquecida enquanto estaciona o carro alugado, Artie reencontrando Kitty, a unholy trinity recrutando alunos com a velha chave de crica e Sam falando da experiência lésbica de Quinn na frente de um clube de extremistas preconceituosos, acompanhado de uma gargalhada gostosa e natural que obviamente foi obra da própria Didi Agron, fugindo do roteiro como foge de sincronia nos passos de dança. O entrosamento do elenco das antigas é impressionante e, seja nas reuniões pontuais da 4ª temporada (quase sempre sem Rachel e Kurt, vale ressaltar), no episódio duplo da 5ª ou agora, a impressão que fica é que eles não passaram um dia sequer separados.

Preferências à parte, é importante notar que o pessoal do "centrão" também teve histórias muito mais interessantes envolvendo o que chamo de novatos 3.0.  Jane, candidata a primeira Warbler mulher, rendeu momentos brilhantes de Blaine questionando se os rouxinóis não eram todos gays após o argumento absurdo sobre tensão sexual no coral e mostrou desenvolvimento de personagem em sua decisão de lutar contra a tradição e arriscar a própria demissão para que aceitassem Jane. Rachel e Kurt mantiveram um paralelo bacana entre o estrelismo que sempre dominou suas personalidades e a necessidade de trabalharem realmente como iguais para reerguer o clube, e fizeram o melhor que podiam perseguindo Roderick (que não estava nos chuveiros, diferente da dica de Sam) e convencendo-o a fazer uma audição.

Completando o primeiro time com Jane e Roderick, Ryan e Sharpay Mason e Madison McCarthy não fizeram feio, pelo menos musicalmente, já que por enquanto não tiveram tanto a mostrar. Os novatos 3.0 causaram boas impressões e dá para entender perfeitamente o porquê. Diferente de Marley, Ryder, Jake, Unique e Véia, eles não estão ali para substituir ninguém, cada um parece ter uma motivação própria e uma história para acrescentar. A única exceção sendo Spencer, que apesar do discurso "gay pós-moderno que não gosta de Lady Gaga e nunca sofreu preconceito graças a Modern Family", é obviamente a nova Véia / Quinn / Santana, agindo contra o New Directions a princípio, apenas para ser convencido e abraçado por toda a aura de solidariedade e companheirismo dos colegas.

Por falar na véia Véia, nossa querida Kitty foi a única dos novatos 2.0 a permanecer no colégio e tenho esperanças de que, como Spencer, reprise o seu próprio papel de vilã arrependida, numa Inception de si mesma enquanto pessoa individual. Becca Tobin superou a rejeição inicial dos fãs e mostrou que é muito mais do que um rostinho feio, merecendo o título de sole survivor entre os novatos, humilhando Santana de uma maneira que só Kitty sabe fazer e reacendendo a chama da esperança nos coraçõezinhos daqueles que ainda têm esperança de que ela se reconcilie com Artie. Além disso, Becca se tornou BFF de Mãe Lea Michele nos bastidores, o que indica que terá alguma importância na temporada. Ainda me entristeço por Melissa Benoist e Blake Jenner, que são puro carisma e foram sabotados de todas as formas possíveis com o roteiro de seus personagens andando em círculos, mas bola pra frente e sorte para os dois na carreira fora de Glee, porque parece que Ryley não acontece mais. Para fãs de Unicão, é lógico que ele/a vai voltar para uma última barra do banheiro.

Musicalmente, o episódio também colocou o primeiro no chinelo. Se as performances de "Loser Like Me", com exceção de Let It Go, tinham sido no mínimo esquecíveis, as de "Homecoming" alcançaram um nível que a série já não experimentava há tempos. Take On Me ficou abaixo do que eu esperava musicalmente, e quando vi o clipe solto pela primeira vez, achei uma atrocidade, mas no contexto do episódio ficou bem bonitinho e redimiu um pouco o crime que foi ter Mercedes estragando uma das minhas músicas favoritas. Problem foi pura sedução, com Brittany, Santana e Quinn fazendo o que sabem fazer de melhor, enquanto Artie acompanhava com os sussurros da canção de Ariana Cabeça Grande, atual do ex de Naja Rivera na vida real (#climão). Os solos de Jane e Roderick, Tightrope e Mustang Sally, foram boas introduções para os personagens. Já Home, encerramento do episódio com os formandos e o novo novo New Directions, me deixou de boca aberta. As imagens estavam lindas e o simbolismo do momento depilou até o mais peludo dos corações. Que os próximos 11 episódios continuem fazendo com que nos sintamos em casa.


PS: como não amar Brittany dizendo que o nome de Véia é Quinn, sendo que ela foi a única das cheerios a conviver com a dita cuja por quase um ano? Trollagem define.

Trilha sonora
Take On Me - A-ha: New Directions de raiz
Tightrope - Janelle Monáe feat. Big Boi: Jane Hayward e Warblers machões
Problem - Ariana Grande feat. Iggy Azalea: Artie, Brittany, Quinn e Santana
Mustang Sally - Wilson Pickett: Roderick com figuração da unholy trinity
Home - Edward Sharpe - New Directions 1ª e 3ª geração

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4 comentários

  1. Poxa, tava esperando aquela avaliação das performances. Era uma das melhores coisa da review .-.

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  2. "Becca Tobin superou a rejeição inicial dos fãs e mostrou que é muito mais do que um rostinho feio"
    SOCORRO.
    DUHSDUHSUDHSDUHSDSHDUSHDSUDHSUDHSUDHSDUHSDUSHDUHSDUSHD

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  3. Leózio eu te amo de um tanto!

    Eita review maravilhosa! (Mas senti falta da analise das performances)

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  4. haabshahsh porque odeiam tanto a Mercedes ?

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