Glee 6x09: Child Star

3.3.15


A vez das novinhas.

A cinco episódios de terminar a série, eis que finalmente temos um episódio de destaque real para os novatos da geração 3.0 e, tirando as irritações habituais, o saldo foi bem positivo. Não canso de dizer que, se os roteiristas tivessem se preocupado em desenvolver personalidades e conflitos diferentes no lugar de tentarem repetir personagens antigos, a série teria sido mais bem-sucedida já na quarta temporada, quando formou a primeira turma, e poderia ter assegurado uma longevidade bem maior.

Os meninos do novo grupo foram o destaque absoluto: Mason, que já é de longe o meu preferido vocalmente dessa leva, teve de lutar para não continuar sufocado pela irmã, com quem aparentemente não mantém nenhuma relação incestuosa, e investir em seu romance com Jane, que é até bonitinho, mas não me convence da parte dela. Tanto Samantha Marie Ware (Jane) quanto Laura Dreyfuss (Madison) são atrizes muito limitadas, o que acaba colocando toda a carga do plot em Billy Lewis Jr. (Mason), que não faz feio atuando e nem se apresentando, e conquista tanto o telespectador quanto o público de pré-adolescentes histéricos na performance cheia de energia de "I Want To Break Free" no bar mitzvah de Myron, a personificação da criança viada – embora seja uma criança viada que dá em cima de Kitty.

Spencer e Roderick também interagem com dignidade, mais o primeiro do que o segundo, embora na minha opinião, o talento musical e de atuação esteja quase todo no gordinho, só o seu conflito de subir ou não na corda é que não foi dos mais interessantes ou inovadores mesmo, embora seja uma barra que muitos sofreram para superar nos tempos de colégio. Para Spencer, sobra a beleza, as caras de bobo apaixonado (que, confesso, estavam uma graça) e a tentativa de flertar, psicoticamente, com um mendigo maconheiro Alistair, mostrando as armas e dizendo que está liberado tocar, pois a trava está acionada. Me diverti demais com a saga do novo casal, da fase de ignorar ao beijo para selar o convencimento à entrada no Glee Club e só fiquei frustrado mesmo com a falta de consistência vocal em "Friday I'm In love", música que adoro, mas as cenas, com Spencer tentando seduzir durante a aula de educação física, foram pura cretinice da melhor qualidade.

Agora, a parte irritante. Sei que tem muita gente aplaudindo de pé e arrancando pelo da retaguarda com pinça por conta de J.J. Totah, intérprete de Myron, que vem fazendo o mesmo papel na TV desde "Back In The Game" e ganhou a chance de ser ainda mais espalhafatoso cantando e dançando na reta final de Glee. Particularmente, não consigo achar tanta graça dessa atitude "diva gritona que esculacha todo mundo" numa criança dessa idade, já me irritava com Mercedes, que era muitos tons abaixo disso, e não sei no que acrescenta ter um personagem que maximiza esse comportamento.

Para os antigos, o tempo de tela foi pouco, mas foram participações certeiras. Will continua seu processo de ensinamentos valiosos para Rachel, Beiste e Sam aprontam todas na coreografia (aparentemente, não é Sam que vira para o lado errado, mas todos os outros) e Sue a gente ignora para evitar a fadiga.

PS: pelo título, esperava que o episódio fosse centrado no finado personagem de Adam Lambert. Mentira, nem esperava, mas seria melhor do que em Myron.

Músicas

"Lose My Breath" - Destiny's Child: Myron Muskovitz with female backup dancers
"Friday I'm in Love" - The Cure: Spencer Porter with New Directions
"I Want to Break Free" – Queen: Mason McCarthy
"Uptown Funk" - Mark Ronson feat. Bruno Mars: Jane Hayward, Spencer Porter and Roderick with New Directions
"Break Free" - Ariana Grande feat. Zedd: Rachel Berry, Myron Muskovitz, Sheldon Beiste, Will Schuester, Sue Sylvester, Sam Evans and New Directions
"Cool Kids" – Echosmith: New Directions

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