Trajetos da Escrita 07: Os sete maridos de Evelyn Hugo

22.5.21


Um dos livros mais comentados dos últimos anos, “Os sete maridos de Evelyn Hugo” inaugura a nova temporada do podcast com muitas tramoias em Hollywood, reviravoltas maritais e drama da melhor qualidade, quando nos juntamos para, tal qual Monique, recapitular a jornada dessa mulher admirável, focada e maquiavélica. O programa tem diferentes níveis e avisos de spoiler, mas já fica aquele alerta de que, se você já tem interesse em ler, faça isso antes de escutar!

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Participantes
Amanda Aguiar
Leo Oliveira

Foto de capa por Pixabay no Pexels

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4 comentários

  1. Uhh foi. Gente, li o livro, adorei Evelyn Hugo. Todas as coisas erradas que ela faz não diminui minha admiração por essa pessoa imaginária. Adoro também Harry. Respondendo àMonique, Harry foi o amor da vida de Evelyn, ou até Connor, não consigo ver Celia nessa posição.

    Sobre Harry, o companheirismo dos dois era presente nos momentos bons ou ruins. Harry foi quem ajudou Evelyn a iniciar e continuar uma carreira foda. Ele foi impecável no cuidado da filha deles, no cuidado com a Evelyn quando a filha era bebê. Evelyn foi a primeira pessoa para quem Harry meio que revelou a homossexualidade dele, e foi aceito completamente. Quando o Harry tava no poço, a Evelyn cuidou dele, arquitetando coisas pra deixar ele mais perto dela e da Connor, Evelyn leu milhões de páginas de roteiros para escolher uma história boa o suficiente para tirar ele da cama, para que ele fizesse algo mais depois que o John morreu. Quando Evelyn fala sobre querer morar fora dos EUA com Celia, e o Harry não tá a fim, ela fala explicitamente que respeitava muito ele para tentar manipular ele a seguir o que ela queria, por isso adiou essa conversa, estando tranquila que iam conseguir chegar num acordo. Eu quero ressaltar isso, porque no podcast Quarta Parede falam muito sobre Evelyn ser manipuladora e Harry um santo. Acho que em maior ou menor grau todo mundo pode ser classificado como manipulador, e como dito em Friends, nenhuma ação é completamente altruísta. Só que a Evelyn é mais direta no que ela quer, é mais honesta sobre ela mesma e se entende melhor nessa parte do que as outras pessoas. E a Connor, né, que desde que nasceu, foi extremamente amada por Evelyn, o que continuou na fase rebelde dela de 13 - 14 anos e seguiu até a morte de Connor. A Evelyn cita que depois do Harry e da Celia morrer, é praticável você continuar vivendo com qualquer coisa que dê pra passar o tempo ou te faça contente. Isso até que sua filha morra. Esse livro é um coração partido atrás do outro, estou atualmente no meu 6º.

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  2. Agora Celie. Eu gostei da história delas, tava torcendo real, foi muito bem desenvolvida. Só que aí a Celie chama ela de vagabunda quando a Evelyn conta que tava grávida. Isso depois daquele capítulo com o roqueiro nojento, a descrição da Evelyn de ter odiado a experiência de transar com esse babaca. Ela falou da camisinha, que sabia que ele não ia usar, um horror. Ela faz isso por ela e por Celie, para proteger as duas, a carreira da Evalyn tava cagada e Celie tava mais em alta, então eu considero que foi um pouco mais por Celie. Ela contou pra Celie que ia arranjar um rolo com o roqueiro lá. Evelyn achou que foi super sincera e Celie, foi inocente, então um erro de comunicação. Evelyn foi sincera mais uma vez sobre a gravidez. Celie surtou por motivos de Celie. E chamou Evelyn de vagabunda. Muito conveniente para Celie ser a idealista enquanto que Evelyn cuida de tudo para manter as duas seguras. Meu problema não foi o xingamento em si. Meu problema é que ali Celie foi igual a todos os outros. Evelyn fala sobre como foi única a reação de Celie ao saber que Evelyn era cubana. E essa filha da puta vem chamar Evelyn de vagabunda, depois da experiência grotesca que ela, resultando na gravidez, logo depois encerrada. A Evelyn nunca teve muito espaço com a Celie para se abrir de verdade, porque a Celie é tão bolada com o fato da Evelyn transar com homens, e, em alguns casos, gostar disso. A Celie fala que não conseguiu ter a Evelyn por inteiro, e a Evelyn é muito cruel consigo mesma nesse aspecto. Mas a própria Celie segmentava a Evelyn. Não tinha espaço para a Evelyn contar sobre o sexo horrível que ela teve com o roqueiro nojento, porque isso era gatilho, não teve espaço para a Evelyn falar sobre estar grávida porque a Celia foi embora. Até na sexualidade de Evelyn a Celie debochava, ou era hétero ou lésbica. E aí acontece a segunda briga delas, sobre a cena de sexo do filme, porque a Evelyn não contou antes sobre gravar ela. Mancada de Evelyn. Mas também se ela é sincera demais, a Celie se magoa e é cruel do mesmo jeito, não abre muita brecha para sinceridade nesse relacionamento delas. Pra mim Evelyn merecia mais. Que bom que Celie entendeu umas coisas quando ficou mais velha. Pra mim, too little too late. A Evelyn mesma defende muito a Celie, que os momentos bons compensavam os ruins. Sendo que pelo que ela conta o de bom mesmo tem só a Celie cuidando da Connor quando a Evelyn tava gravando o tal filme da briga, além da convivência normal delas. De ruim tem esses relacionados a Evelyn se relacionar com homens, e uns aleatório da Celia bêbada ligando pra Evelyn e chamando ela de ser só peitos, gratuitamente, aliás. A vida da Evelyn foi muito difícil. Ela diz que se Don não batesse nela e fosse escroto, não amaria mais ninguém, mas eu acho que a Celie fosse um pouquinho mais escrota, a Evelyn abriria espaço para uma terceira pessoa. Evelyn é muito dura consigo mesma e até tem compaixão demais para os outros (ahh as passagens do Don, que ódio desse desgraçado), ela aguenta muita merda dos outros se agarrando no que ela chama de amor. Celia é muito mimada. Não gosto dela.

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  3. Agora sobre os maridos. Eu não sinto muito pelo primeiro marido não, ele pergunta pra ela se ela tem 16 anos e acredita nisso só pra ser não ser um pedófilo, já que ela tem 14 anos. É como Evelyn falou, ou ela pode ter o corpo dela usado por nada ou por alguma coisa que ela queira. E a motivação da Evelyn, de parar de apanhar do pai e não ser estuprada é suficiente pra eu tá ok com ela usar o primeiro marido.

    Odeio o Don, odeio a leniência da Evelyn com Don. Não só por ele ser um espancador, mas por ele ter sido o primeiro amor dela, e a primeira pessoa com a qual a Evelyn viu o corpo dela como capaz de dar prazer para ela. E aí ele estragou tudo. Desgraça. Eu fiquei um pouco incomodada com a redenção dele também. Fiquei em paz porque Evelyn fala que ele só tá arrependido porque ele tá na merda. Ele não batia nas mulheres porque bebia, batia porque era ruim mesmo. Se ela conseguiu seguir em frente, quem sou eu.

    O Rex foi interessante, pau a pau com o modus operandi de Evelyn, daora. E foi um dos poucos homens não babacas do Evelyn, especificamente. Evelyn super de boas quando ele fala que tá apaixonado lá e pra divorciarem, e super mestre quando descobriu que a mulher que ele amava tava grávida.

    Me recuso falar sobre o roqueiro, o Max é muito o cara artista morto pela última detenta de Cell Block Tango. Robert é daora, amava a irmã, amava Connor. Monique, sinto muito por ela, mas não me importo com a história dela não. Harry falou que tinha uma pequena parte dele que queria transar com Evelyn, meu casal.

    O livro é muito bem escrito, como vocês falaram, as cenas de sexo da Celia e da Evelyn, as amorzinho de Harry e Evelyn, as tensas e emocionantes. Muito bem dosado. A autora escreve muito bem. Meus únicos problemas é a história de Monique, que perto da de Evelyn é nada, e a explicação da frase "você não merece um cara como eu, eu não mereço alguém como você", sendo que a gente tinha acabado de ler ela, então citar de onde ela veio foi desnecessário. Eu também não gostei do artigo da Monique pra Vivant, acho que não precisava ter sido mostrado, até porque Evelyn é muito tridimensional, e resumir o artigo sobre ela a apenas a bissexualidade da mesma é muito reducionismo. Aliás, a Evelyn foi muito clara sobre querer que a bibliografia dele fosse escrita como a verdade da Evelyn, e ela precisava que a Monique entendesse as coisas como elas eram e não a interpretação da Monique dos fatos. Só que ao longo do livro eu não sei se a Monique é capaz disso não, um pouco equivocada ela.

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  4. A Evelyn é um personagem extremamente bem construído. Eu tinha a impressão que ela seria aquele personagem autocentrado, mas ela se doa tanto para as pessoas que ela ama, pro Harry, pra Connor, pra Celia. Ela até fica super feliz por uma realização de Celia, de ganhar o Oscar, que a Evelyn queria tanto. Acho que a Evelyn pega pesado com ela mesma. Eu consigo ver as partes erradas das ações da Evelyn, gosto que a própria Evelyn é consciente disso, mas eu vejo isso como sobrevivência, alcançar objetivos profissionais ou proteger quem ela ama. Não percebo maldade, é o que é. Na história tem diretor dando sexo oral em menor de idade, ou seja, estupro, adolescente de 16 anos forçando uma garota de 13 a beijar ele, homens querendo apenas o corpo ou status da celebridade, amiga de aparências pessoas censurando as atitudes da Evelyn, pai abusivo, marido abusivo, pessoas mimadas, filha aborrecente...Mesmo sem o pano de fundo da dificuldade, a Evelyn é uma das melhores pessoas dessa história. Uma história que só a mãe, o Harry, Connor e Celia (ahhhhh não gosto de Celia) amaram Evelyn. Cujo começo foi ou ser abusada por nada, ou ser abusada por um pirulito. O Harry foi um inconsequente que matou um pai que amava demais a família, e acabou morrendo, deixando a família dele. A Evelyn foi podre por mudar o pai de Monique de lugar, deixando acharem que ele morreu por um erro dele, por não dar a carta pra família, isso pra proteger o legado de Harry. Foi tudo cagado. Eu ainda admiro e gosto demais de Evelyn. Sou podre também. Valeu pelo podcast, gente, se der, anunciem o próximo livro pra dar pra ler. Se o podcast fosse uma versão audiobook seria bom também

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