Depois de adicionar alguns elementos para deixar sua história mais interessante, Pan Am finalmente começou a criar um arco central, e acabou entregando seu melhor episódio até aqui – tudo isso no Rio de Janeiro!

Tudo bem que a forma com que nosso país foi retratado na série não foi das mais convincentes. Pelo que eu tenho lido, Pan Am está pecando bastante na ambientação dos países que mostra, mas até que dá pra relevar esse “probleminha”, afinal a série não tem verba suficiente para filmar em vários países, então tem que montar todos os seus cenários em Nova York. Só não dá pra aceitar que os brasileiros falem portunhol (salvas raras exceções) e ouçam ritmos latinos, mas só de a série não ter mostrado nosso país como uma favela ou uma floresta já me deixa bastante feliz.

E finalmente Christina Ricci teve o merecido espaço na série. Foi ótimo descobrir mais sobre o passado de Maggie, e todo o seu esforço para subir na vida me deixou realmente comovido. Se antes eu já gostava da personagem só pelo seu jeito ácido e pela atuação engraçadinha de Ricci, agora ela me conquistou de vez. Fiquei o episódio todo imaginando como Maggie faria para não ser demitida da Pan Am, e confesso que realmente não imaginei que ela fosse entregar o romance de Dean e Ginny para o vice-presidente. Mas ela já lutou muito para se tornar uma aeromoça da Pan Am, e ela não podia deixar a única coisa que lhe resta ir embora. Pelo menos ela se sentiu arrependida pelo que fez.

Quero só ver como essa decisão de Maggie vai afetar o plot de Dean. Ele agora está correndo um grande risco de ser demitido, mas não acho que isso vá acontecer, afinal, se o romance de Ginny com o vice-presidente vier à tona, será um grande escândalo para a Pan Am. E pelo jeito, Ginny está muito apaixonada por Dean para deixar que ele seja prejudicado, como ficou bem claro na cena do jantar, em que ela confronta Colette por ciúmes.

Enquanto isso, Kate ficou em Nova York por livre e espontânea pressão da CIA, e recebeu sua missão mais importante até agora: converter Niko em um espião. Eu sabia que em algum momento a CIA iria tirar proveito da relação entre os dois, e isso pode acabar colocando o romance deles em perigo. Mesmo Niko sendo tão liberal e a favor da luta pelos direitos civis, não vai aceitar tão facilmente que Kate seja uma espiã, e vai ser difícil convencê-lo de que ela não se aproximou dele apenas para convertê-lo. Kate está visivelmente apaixonada por ele, mas precisa enxergar de vez que a espionagem não é um ramo muito indicado para quem tem pessoas com as quais se preocupar.