Parenthood 4x08: One More Weekend With You
26.11.12
Semana passada Parenthood nos apresentou um episódio onde tudo poderia ter dado certo – só que infelizmente isso não aconteceu. Por mais que esse episódio tenha apresentado algo mais interessante do que semana passada, não há duvidas de que a história de Kristina está começando a ficar desgastante.
Semana passada, colocaram Camille no meio, tentando trazer as duas juntas. Deu certo? Mais ou menos. E outro problema do episódio foi também terem tratado os outros plots com certa indiferença, como se o único plot decente da série fosse o de Kristina.
Concordo que é o arco principal da temporada, e Parenthood não desenvolve vários plots para vários personagens em uma só temporada. O que eles precisam fazer é desenvolver bastante todos os personagens e suas histórias, coisa que já fazem desde sempre, para começarmos a nos importar MUITO com todos eles. Coisa que, obviamente, já acontece.
Porém, por mais que seja sofrível comentar, Parenthood começou a pecar ao se importar só com Kristina. É triste? É. Mas e o impacto que o arco traz para os outros personagens, além de Adam? Onde está o desenvolvimento? Ou ficaremos vendo Kristina lidando com o câncer em uma situação rotineira até o final da temporada?
Perceba, por exemplo, o tanto de tempo de tela que deram para Adam e Kristina essa semana. Sabemos que foi o final de semana inteira com o amigo de Max em casa, e que obviamente o tratamento contra o câncer teria efeitos colaterais, mas mostrar uma Kristina incapacitada, praticamente jogada, é o melhor caminho? Nisso tudo, o único que conseguiu realmente se destacar foi Adam, lidando com todos os problemas da maneira mais calma possível, mesmo que o personagem tenha um temperamento forte.
O único outro destaque, que felizmente foi a situação mais aceitável do episódio – que estava na cara que ia acontecer cedo ou tarde – foi Sidney dando uma de criança do capeta para cima dos pais, reclamando sobre a atenção que dão ao novo filho e não para ela. Sidney obviamente, como toda criança, sente ciúmes. É uma fase normal, e vendo como tudo estava acontecendo, ela estava mais do que certa em tentar ‘sair’ de casa.
Ela, porém, foi a única que brilhou nesse plot. Julia, que já se provou uma ótima personagem, estava completamente apagada. Joel, nem se fala, né? Só está lá pela cota de sensualidade.
O pior, porém, foram os plots de Sarah e Crosby, que literalmente não evoluem. Crosby sempre passou esse ar de irresponsabilidade, e com certeza ao se casar e se tornar um pai isso iria pendurar. Porém, depois de tanto desenvolvimento de personagem, principalmente ao descobrir o que é ser realmente um pai, fica um pouco descontextualizado ele sendo uma CRIANÇA novamente. Achava que já estávamos longe disso.
Sarah, que é a segunda personagem principal da série, está estagnada em seu relacionamento com Cyr, enquanto aquela participação que Ray Romano anda fazendo na série também está começando a parecer somente um filler para que, do nada, os roteiristas tenham que colocá-la com o chefe, quando o ator que interpreta Mark não poder mais participar da série.
O plot da semana, envolvendo Drew, trouxe à tona uma péssima característica da personagem. Ela se preocupa demais com todos à sua volta e se sente na necessidade de sempre ter todos os fatos. Em outras palavras, ela sufoca o próprio filho e ainda fez isso atrapalhando o sentimento de confiança que Drew tinha com Mark e que Mark tinha com Sarah. Convenhamos, porém, que realmente deve ser super embaraçoso o SEU professor acidentalmente te ver fazendo sexo com o filho da noiva.
Nunca tive problema com os arcos de Parenthood, mas o fato da série continuar mantendo os mesmos plots para os mesmos personagens durante toda uma única temporada é o que faz com que a série se torne menos merecida. Porém, mesmo com essa pequena singularidade da série, não há duvidas de que Parenthood continua batendo de frente com outras séries do tipo e o melhor – consegue ultrapassá-las.
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